Será que os pilotos podem desmaiar com as novas forças G na F1?
O diretor da Pirelli Motorsport, Paul Hembery está convencido que as forças G que estes novos regulamentos da Fórmula 1 permitem os monolugares atingir vão requerer dos pilotos uma condição física muito acima do que era habitual, e é também de opinião que em determinados contextos que podem ser alcançados nas corridas, os pilotos podem entrar em ‘blackout’ e ‘desligarem’ por momentos. Em declarações à ESPN, o inglês diz que as forças que os pilotos vão ter que suportar este ano são “chocantes. Estamos a falar em algumas curvas de 5G. Reparem que um super desportivo de estrada, pode gerar no máximo, 1.2G, 1.3G, mas na F1, podem atingir os 5G. Não sei… Talvez alguns médicos possam dizer se estamos perto do ponto de ‘blackout’. Eu não sei qual é. Mas quando estive a ver os carros na curva três foi bastante impressionante. Tenho a certeza de que alguém que não seja um super-atleta não suporta aquilo…”
As palavras de Hembery suportam-se no facto das corridas quase certamente passarem a ter apenas uma paragem nas boxes, com os novos pneus e aerodinâmica, a velocidades de 300 km/h em curvas rápidas, combinadas com tempo quente, tudo isso vai testar ao máximo a preparação física dos pilotos: “Penso que um stint em Silverstone de 30, 40 voltas vai ser bem cansativo para um piloto. Será mesmo muito cansativo e penso que mesmo em Barcelona, com 20 graus não vai ser fácil. Em termos físicos acho que esta época vai ser um enorme desafio para os pilotos. Claro que todos são grandes atletas hoje em dia, fazem muita preparação, mas vamos ver…”
NOTA: Explicação sucinta do que são as Forças G
Força G. Em português simples é a força da gravidade. Está estudado, em aviões, este valor pode chegar a valores sobre-humanos e sem preparação física, o desmaio é inevitável cerca dos 6G (seis vezes a força da gravidade) para quem não tenha preparação adequada. Essa força é a que nos empurra para trás quando um carro acelera, ou quando um avião comercial acelera para descolar. Onde as forças G se fazem notar mais é numa mudança rápida de direção vertical, e como entre os que lerem isto, provavelmente não haverá pilotos do caças ou aviões muito rápidos, a melhor forma de perceber é quem já tenha andado numa montanha russa alta ou num avião de acrobacias. Aquelas primeiras descidas e subidas são um bom exemplo das forças G. Cada valor ‘G’ a mais exige maior pressão sanguínea para ser bombeada, do coração para o cérebro e simplesmente, o nosso corpo não consegue cumprir essa função acima de 6G. Daí, o breve desmaio. Segundo Michael Goulian, piloto do Red Bull Air Race, o segredo nesse caso passa por “Respirar fundo e deixar as pernas e coxas tensas, contraídas, para ajudar a manter o sangue na parte de cima do corpo, no cérebro”.
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Não me parece muito boa ideia desmaiar em eau-rouge ou na maggots/becketts.
It’s a Bird? NO It’s a plane? NO It’s a F1 car? YES
Acho lamentável no artigo não ser utilizada uma linguagem mais exigente e que explique de forma simples, mas rigorosa, a que tipo de solicitações estão sujeitos os pilotos de fórmula 1. Se o autor não tem conhecimentos de Física, Mecânica, Biofísica ou Bioquímica socorra-se de ou consulte alguém que os tenha. O Autosport devia publicar artigos com outro nível e que permitissem à generalidade dos leitores melhorarem os seus conhecimentos, mas infelizmente prefere manter-se na mediania e por vezes na mediocridade.
Subscrevo
Bem, nas simulações de GP feitas em Barcelona por várias equipas (Merc, Ferrari, Sauber) o problema não se colocou. Mas não há problema que a Sparco faz um fatinhos anti-G, como os dos pilotos de caça, para juntar às multi-asinhas que proliferam na F1
Francamente não faz qualquer sentido. Se nem com os wing cars puros e duros sem suspensão, com tubos venturi a todo o comprimento dos flancos e com tudo selado com as saias móveis,como eram os carros dos finais dos anos 70 e princípios dos 80 isso aconteceu, não seria agora com estes carros que tem efeito de solo sim senhor mas nada comparável com o que eram esses tempos, que isso iria acontecer. As forças Gs que os pilotos desses anos suportavam eram comparáveis às dos pilotos de caças. Note-seque esses carros nem tinham asas à frente – não precisavam,tal… Ler mais »
Se fosse um gajo qualquer dentro do carro em velocidades máximas, sim, era capaz de desmaiar. Agora um piloto de F1, é suposto ter uma preparação fisica para aguentar as forças G.
Tanta coisa mal explicada neste artigo. O grande problema dos Gs poderem levar ao black-out ou ao red-out (a diferença é no sentido em que os Gs se fazem sentir) é apenas para forças verticais. De uma forma muito simples, o black-out faz-se sentir quando as forças Gs aplicadas a uma pessoa se fazem sentir na vertical de da cabeça para os pés, esta força dificulta o afluxo de sangue ao nosso cérbero e com isso provoca o desmaio, nos aviões de combate são utilizados uns fatos especiais que tentam ajudar o piloto a resistir melhor a este fenómeno (o… Ler mais »
Não estou a ver porque é que eles vão desmaiar durante as corridas, mais tudo bem… Podem sim ver-se aflitos com o pescoço, que é onde sofrem mais. Agora desmaiar, dúvido muito, têm um treino intensivo de resisitência para isso mesmo.
Seria realmente interessante saber se 2017 é sim finalmente um campeonato interessante, pois já muitos anos que este ex pináculo com as suas regras burocráticas entre eletrônicas castradoras de um piloto fazer qualquer diferença, isso sim deixou milhares adeptos em blackout fugindo para outras disciplinas…
“Noticiar” supostos pilotos a desmaiar nesta altura,é algo que roça o desespero de atenção ou estamos novamente sem assunto sério e assim é normal a produção da RTP dar voz aos gritos das futiLboyadas…
Assim vamos ver quem são os meninos e os homens…porque os F1 do ano passado eram pura PlayStation…agora veremos se os gammer boys têm kit de unhas para as novas máquinas… Não me lembro nos anos 80 os pilotos desmaiarem por causa da forcas G…só prova que a F1 é para homens…
O único que me lembre que desmaiou foi o Nigel Mansell, e não foi forças G de certeza.
https://www.youtube.com/watch?v=6W6OswDJZJ8
Teria sido bom que o AS tivesse explicado que “força G” é o equivalente ao peso do corpo sujeito à força da gravidade. Se um piloto pesa 60 Kg, G=60. O que quer dizer que, quando sujeito a uma força lateral de 4 G (o que acontece facilmente numa curva de alta velocidade), o piloto está a ser empurrado por uma força centrífuga de 240 quilos. Sim, é necessária uma boa preparação física para suportar estas forças, o que explica os pescoços larguíssimos que alguns pilotos adquiriram durante o defeso.