Panthera Team Asia é a primeira equipa candidata à F1 a responder à FIA
Depois de Mohammed Bin Sulayem ter anunciado que a FIA vai abrir a possibilidade de novas equipas entrarem no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 tem existido silêncio da parte de alguns dos interessados mais vocais, mas um projeto confirmou em primeira mão ao AutoSport a sua intenção em responder ao desafio da entidade federativa.
Nos últimos meses a Andretti Autosport tem vindo a vocalizar o seu interesse em ingressar na categoria máxima do desporto automóvel, assegurando ter todas as condições para poder fazer parte da grelha de partida, apesar do seu interesse ter sido recebido com ampla resistência no paddock – apenas a McLaren, Zak Brown é amigo dos Andretti, e a Alpine, que pretende que a formação americana receba os seus motores, mostraram abertura para o projeto.
Também Calvin Lo, um milionário de Hong Kong da área dos seguros, mostrou interesse em estar presente na Fórmula 1 com a sua própria equipa, muito embora neste caso não coloque de parte entrar no capital de uma das estruturas actuais de modo controlá-la.
No entanto, nos últimos anos outros candidatos mostraram a intenção de ascender ao mundo dos Grandes Prémios, uma delas a Panther Team Asia.
O projeto é liderado por Benjamin Duran, conhecido no desporto automóvel por ter sido o diretor de gestão da BR Engineering e da SMP Racing, e Michel Orts, um antigo piloto de endurance, tendo nascido em 2019 com o intuito de se estrear em pista em 2021, para quando o regulamente debutado o ano passado estava originalmente planeado estrear.
No entanto, durante a presidência de Jean Todt nunca foi aberta a possibilidade de avaliar possíveis novas equipas e o projecto nunca avançou definitivamente, apesar de se ter mantido activo com o intuito de poder responder assim que a FIA abrisse o processo de selecção de novas estruturas para a Fórmula 1.
No início do ano passado, Paul Fleming juntou-se ao projecto na capacidade de CEO e membro do conselho de administração com o intuito de encontrar o financiamento para a estrutura, o que inclui duzentos milhões de dólares para o fundo de anti-diluição, obrigatório para qualquer estrutura que pretenda ingressar no mundo dos Grandes Prémios – este fundo destina-se a distribuir pelas equipas actuais e poderá ser desactivado caso estas concordem unanimemente… Algo altamente improvável.
Fleming é ex-director global de parcerias estratégicas do Barclays, o décimo sétimo maior banco do mundo, o que parece garantir à Panthera Team Asia o acesso a contactos capazes de financiar todo o projecto.
Duran garante que a estrutura está pronta para responder ao desafio lançado por Bin Sulayem. “A Panthera Team Asia pretende responder a expressão de interesse e apresentar uma inscrição”, afirmou o francês ao AutoSport.
A face mais visível do projecto assegura que tem estado bastante activo de modo a reunir as condições necessárias para que seja escolhido pela entidade federativa, mas sublinha que ainda não recebeu o caderno de encargos da parte dos homens de Paris. “Mantivemo-nos a trabalhar neste projecto durante o ano passado para poder responder positivamente à exigência da FIA para apresentar uma inscrição. Estamos à espera dos detalhes do processo e os elementos finais que a FIA exigirá”, assegurou-nos Benjamin Duran.
A Panthera Team Asia é, assim, a primeira entidade a demonstrar interesse em tomar parte no processo de expressão de interesse que será aberto pela FIA, mas não deverá ser a única a fazê-lo.
Recusam a inscrição da Andretti e depois recebem candidaturas destas.