Mike Hawthorn: Cruel destino de um Campeão


John Michael Hawthorn é provavelmente o Campeão do Mundo de F1 menos conhecido. A façanha conseguia-a em 1958, saindo vencedor de um duelo com Stirling Moss, o eterno “vice” da F1. Filho de Leslie, garagista e piloto de motos em Brooklands, antes da II Grande Guerra, estreou-se em 1950, em corridas locais, com o sucesso suficiente para, três anos mais tarde, estar já na categoria principal.

Com 1,88m, louro e sempre impecavelmente vestido, numa indumentária que incluía um laço, a primeira vez que pilotou um monolugar foi em 1952 – um Cooper-Bristol de F2, propriedade de Bob Chase, um amigo da família.

Com esse carro, terminou os GP da Bélgica e Holanda no 4º lugar. No ano seguinte, já na Ferrari, venceu a sua primeira prova de F1, o GP da França, em Reims, batendo num “sprint” final nada mais nada menos que Juan Manuel Fangio. A alegria foi tão grande que, nessa mesma noite e nos festejos de comemoração, engravidou uma jovem local, que lhe deu um filho que nunca conheceu. Para Hawthorn, 1954 e 1955 foram anos dramáticos. No primeiro, um acidente no GP de Siracusa deixou-o gravemente queimado, semanas depois de seu pai ter morrido num acidente de circulação, quando vinha de uma corrida em Goodwood. Em 1955, venceu as 24 Horas de Le Mans – o que quase ninguém recorda, pois o seu nome ficou para sempre envolvido no pior acidente de sempre numa corrida de automóveis. Os três anos seguintes foram bem mais interessantes com Mike integrado na equipa oficial de Maranello.

Porém, em 1958 viu morrer o seu amigo das noitadas Peter Collins, mesmo na sua frente, quando discutiam a liderança no GP da Alemanha. Nesse mesmo dia, disse que penduraria o capacete no final do ano. Fê-lo, de facto – para perder a vida três meses mais tarde, durante corrida de improviso com outro seu amigo, Rob Walker, numa estrada molhada de Guildford, ao volante de um Jaguar 3.4.

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