Logan Sargeant: a segunda (e pouco habitual) oportunidade na F1

Por a 3 Dezembro 2023 10:21

James Vowles, Chefe de equipa e a Williams, decidiram dar nova oportunidade a Logan Sargeant, pelo que o piloto norte-americano vai ter uma segunda oportunidade ao lado de Alex Albon.

Não é habitual, com um nível de prestações como a que apresentou o piloto, ser reconduzido, mas há várias razões que levaram a equipa britânica a manter o americano…

Sargeant marcou um único ponto durante o ano, enquanto Albon fez 27, uma diferença abismal num carro que não tem muitas hipóteses de pontuar.

Chegados a Itália, pista onde o Williams tinha tudo para brilhar devido à boa velocidade do carro em pistas de alta velocidade, Albon já tinha conseguido 21 pontos nessa fase. Mas Sargeant não conseguiu pontuar novamente e isso fez aumentar muito a pressão sobre o norte-americano.

O Diretor de Equipa, James Vowles continuou a apoiar Sargeant, mas não deixou de dizer que precisava de melhorar o seu jogo para manter o seu lugar, e deu-lhe até ao final da época para provar que o merecia.

Curiosamente, Sargeant lidou bem com a pressão, embora tenha tido algumas fortes saídas de pista como no Japão, mas também foi demonstrando andamento como ainda não tinha feito até esse momento. E isso rendeu-lhe um primeiro ponto, em casa, em Austin. Foi o primeiro ponto marcado na F1 por um norte-americano em 30 anos.

A partir daí, a sua confiança aumentou, tendo o jovem de 22 anos atingido o pico com um brilhante sétimo lugar na qualificação para o Grande Prémio de Las Vegas. Embora não tenha conseguido transformar isso em pontos, as fontes dizem que os dados internos mostraram que ele estava a reduzir a diferença para Albon em termos de ritmo de corrida.

Em última análise, era isso que a equipa lhe tinha pedido para fazer – e Sargeant provou que era capaz de suportar a enorme pressão que advém de competir na Fórmula 1.

A equipa também estava interessada em provar o valor da sua academia de pilotos, pela qual Sargeant passou para conseguir o lugar na F1. Ao apoiá-lo durante um primeiro ano difícil – depois de terem ficado impressionados com o que ele demonstrou no programa anterior – a equipa mostra o seu compromisso com os seus objetivos de desenvolver jovens talentos e ter uma visão a longo prazo.

A equipa olhou para as opções, terão falado com o campeão de F2 de 2022, Felipe Drugovich – que tem sido reserva da Aston Martin esta época – mas decidiu que o brasileiro não era a escolha certa para o lugar. Mick Schumacher, que cumpriu as funções de piloto de reserva da Mercedes esta época, nunca foi considerado uma opção genuína. E o campeão da F2 deste ano, Theo Pourchaire, também não era um candidato. E com tudo isso em mente, manter Sargeant fazia mais sentido.

E foi o que fizeram. Pelo meio a Williams arriscou ao parar de desenvolver o seu carro depois de introduzir uma evolução no Canadá, para se concentrar no carro de 2024. Mesmo assim, conseguiram manter a sétima posição no campeonato de construtores – uma melhoria de três posições na classificação em relação a 2022 – apesar de seus rivais continuarem a adicionar atualizações até a última corrida, e a Williams a trabalhar no carro do próximo ano, que eles esperam que gere outro bom passo em termos de desempenho. Agora, ao manterem Sargeant, têm um piloto que conhece bem a equipa e que, com uma boa pré-época, deverá estar em boa forma para tirar o máximo partido do novo carro.

Para além disso, dão uma forte motivação ao piloto, que percebeu ter-lhe sido dado uma segunda oportunidade pouco habitual neste mundo competitivo que é a F1.

Como é óbvio, o segundo ano de Logan Sargeant é fulcral para a sua carreira mas a Williams entendeu que apresentar resultados no primeiro ano, com tão poucos testes, é difícil, mesmo sabendo que Sargeant tinha que ter feito melhor. Agora está nas mãos do piloto aproveitar, ou não a segunda oportunidade, e é aí que se vai ver a sua real valia. Ou sim ou sopas…

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Pity
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1 ano atrás

Se esquecermos a dificuldade do Sargeant em manter o carro dentro dos limites de pista em qualificação, as últimas corridas até nem foram más, atendendo ao lugar donde largava. Até deixou de destruir carros.

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