Lance Stroll: O ‘super’ rookie
Lance Stroll está prestes a estrear-se na F1 com a Williams, mas até aqui tem sido muito fustigado pela imprensa devido a um simples facto. O Pai é muito rico. Não é justo. Não fará mais sentido esperar pelo que fará o jovem do que criticá-lo, só porque sim?
Lance Stroll veio recentemente a público falar sobre o seu programa de testes privado que lhe tem permitido evoluir aos comandos de um Williams com dois anos, preparando-se dessa forma para a sua época de estreia na Fórmula 1, que como se sabe se vai dar com a Williams e o jovem refuta algumas insinuações que tem sido alvo. Relativamente a quem escreve a evidência que o seu pai Lawrence é muito rico, Lance responde de forma lógica: “Claro que isso é importante , sem ele não teria sido possível mas a verdade é que neste desporto são necessárias duas coisas, talento e dinheiro. Outros têm patrocinadores, mas eu tenho o meu pai, pois o dinheiro tem que vir de algum lado”, referiu o jovem de 18 anos. Isto é totalmente lógico, pois não há piloto na F1 que chegue à F1 sem apoios, e sendo verdade que alguns lá chegam com menos talento que outros, a partir daqui não é o dinheiro do pai que vai fazer a diferença, mas sim a qualidade do piloto. E para já, o currículo que apresenta é semelhante ao de Esteban Ocon – a quem todos auguram um bom futuro – que também venceu o Europeu de F3 com a Prema. É verdade que Lawrence Stroll comprou arte da equipa e tudo tem feito para que a evolução do seu filho seja a mais célere e bem feita possível, mas sem o talento do jovem Lance nada disto seria possível.
Alguma imprensa refere também que Lance Stroll, sendo filho de pai rico, a quem nunca faltou nada na vida, pode não ter a mesma fome de vencer que outros pilotos que tenham tido raízes mais humildes, mas quanto a isso Stroll é claro: “Eu sempre quis ganhar. Quanto estou no cockpit com a viseira fechada, não importa de onde vim” disse Stroll. Efetivamente, as coisas também podem ser vistas doutra forma. Todos sabemos o dinheiro que Lawrence Stroll tem, mas a verdade é que o jovem Lance, tendo uma enorme paixão pelas corridas, troca uma vida que lhe pode ser proporcionada pela riqueza do pai, por exemplo, por horas e horas fechado num simulador a preparar-se da melhor forma possível para as corridas quando podia, se calhar, estar com raparigas de férias no iate do pai. É preciso grande paixão pelo desporto automóvel para trocar tudo pela paixão das corridas e parece-nos também muito injusto atribuir o facto de Lance Stroll estar onde está só porque o pai tem dinheiro. Claro que ajuda, seria hipócrita dizer o contrário, e o melhor exemplo é o programa de preparação para a F1 2017, com o jovem canadiano a rodar em diversos circuitos de F1 com um Williams de 2015 a aprender tudo o que pode, a evoluir, a queimar etapas da sua evolução, mas isto está longe de ser pioneiro na F1, Jacques Villeneuve fê-lo e há outros exemplos: “Estou grato pelas chances que tive, mas a verdade é que a super licença não se compra, obtém pelo mérito do que se faz em pista” disse Stroll que revelou o que tem feito na F1: “No Natal, fiz quatro testes de dois dias e um shakedown em Silverstone, depois Monza, Spielberg, Budapeste, Barcelona e Abu Dhabi. Acho que Hamilton e Villeneuve também fizeram muitos quilómetros. Todos têm a sua forma de se adaptar à F1. Valtteri (Bottas) fez as sessões de treino de sexta-feira” disse o jovem. Houve quem, na imprensa até se tenha insurgido pelo facto do programa ter sido ‘secreto’, mas Stroll foi claro: “Não havia qualquer razão para tornar algo grande pois simplesmente quero concentrar-me no meu trabalho” concluiu o jovem.
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Muitos pilotos chegam à F1 por estes meios e depois fazem a diferença, imagino o talento de alguns daqueles que não conseguem lá chegar.
Este piloto comprou o seu lugar. Está no seu direito. Pilotos que compraram o lugar sempre houve e sempre haverá (bem vistas as coisas são quase todos!). A maioria compra o lugar com dinheiro de patrocinadores (todos os portugueses que passaram pela F1 fizeram isso, claro), no caso dele comprou o lugar com base na fortuna pessoal . Num mundo ideal devia ser apenas o talento a mandar, mas isso não existe na realidade. Noutros desportos sim,não no automobilismo,que é tecnologia e de ponta.Tudo muito caro. Agora resta saber o que ele fará : se andar a arrastar-se e der… Ler mais »
Concordo com a ideia da notícia e o que diz. Acrescento até que no início a F1 era ainda mais restrita aos lordes, depois passou por uma era onde com “pouco” se conseguia montar uma equipa, onde surgiram as equipas “garagistas” que hoje permanecem, e dão nome e sustento à F1, e agora é tudo muito profissional, os lugares podem estar mais limitados do que há alguns anos, mas o nível de pilotos para mim nunca foi tão elevado.
É verdade que sem dinheiro ninguém lá chega (que o digam o AFC e o Albuquerque, por exemplo), mas este menino teve as equipas montadas pelo pai e não só o “… Toma lá 10 milhões em patrocínios e o lugar é do meu puto…”, engenheiros e mecânicos com experiência na F1 pagos pelo pai, logo não é o apoio convencional de dinheiro, é sim dar todas as condições e mais algumas para ele brilhar (coisa que nem fez por aí alem, tendo em conta as ferramentas que dispunha). Dou o beneficio da duvida, até ver o que fará nesta… Ler mais »
Há uma diferença entre o Stroll e o Esteban Ocon: este último foi campeão na época em que se estreou, ao passo que o Stroll foi-o à segunda. (E depois de, na primeira, ter contribuído com acidentes que levaram os comentadores a concluir pela falta de qualidade do plantel de 2015.) No entanto, se a Ferrari acolheu o Lance aos 12 anos foi certamente por que viram qualidades nele. Vamos ver, sem preconceitos, aquilo de que ele é capaz.
Super rookie?
Diria mais… Super Bolso! Hahahaha!