Kevin Magnussen pouco interessado em fazer amigos na Fórmula 1

Por a 14 Novembro 2017 18:17

Kevin Magnussen tem construído nos últimos tempos uma imagem cada vez mais fria e pouco dada ao dialogo com os adversários. Uma postura que se reflete dentro e fora de pista com vários pilotos a queixarem-se da forma mais agressiva como se defende.

Para Magnussen é um assunto que não o perturba minimamente. O piloto afirmou que não está na F1 para fazer amigos e que as reações nas redes sociais não o incomodam.

“Uma coisa que fiz há algum tempo foi deixar de ver as redes sociais. Estamos constantemente a receber mensagens de todos os tipos e chega a ser frustrante, como tal parei de ligar a isso. Não me importo que as pessoas falem negativamente de mim e se houver quem o faça, saberei pelos jornalistas quando me fizerem perguntas.” “O meu objetivo não é ser pouco popular, mas estou focado nos resultados e apenas isso me interessa. As vezes em pista é preciso adotar uma postura mais agressiva. Vários pilotos se queixaram de mim este ano, mas apenas por uma vez fui penalizado pelo meu estilo de condução por isso acho que não estou mal.”

A acrescentar a esta nortada bem gelada, acrescentou “tenho amigos no paddock mas não entre os pilotos. Nunca funcionaria bem. Por isso não me importo.”

Kevin Magnussen confirmou por palavras o que já tínhamos visto em pista. Os episódios com Alonso e com Hulkenberg, que deu origem a frase do ano (suck my b**ls), foram apenas amostras do que o dinamarquês é capaz de fazer para defender a sua posição.

Kevin Magnussen está na F1 desde 2014, ano em que entrou na McLaren para substituir Sergio Perez. Apanhou a equipa numa fase descendente e com um chassis pobre. Terminou a época em 11º, com 55 pontos e um pódio na primeira corrida do ano. O golpe nas suas aspirações chegou no final desse ano em que soube que o seu lugar iria ser ocupado por Alonso. Ficou como piloto de reserva em 2015, mas cortou a ligação com a McLaren em 2016 para poder seguir o seu rumo. Um desfecho pouco abonatório para a McLaren que por um lado não podia deixar escapar a oportunidade de ir buscar Alonso, mas por outro não cuidou de um piloto que veio do seu programa de jovens pilotos.

2016 foi um ano mau para o piloto, que chegou a uma Renault também numa fase complicada, com a entrada em cena da marca, aproveitando o que restava do trabalho da Lotus, já longe da competitividade que mostrou antes da era dos Turbo-Híbridos. Fez apenas 7 pontos num carro nada competitivo e não convenceu os responsáveis da Renault, algo demonstrado pelos responsáveis depois de ter acordo com a Haas (azia?). Foi este ano para a equipa americana e tem até agora 28 pontos contra 35 do seu colega de equipa.

Nas camadas jovens notabilizou-se pelos sucessos na Formula Renault 2.0 NEC (2º lugar), Formula 3 germânica (3º) e britânica (2º) e a Formula Renault 3.5 (campeão), onde defrontou Félix da Costa.

Ainda não mostrou o que se esperava dele na F1, mas tem a atenuante de não ter participado nas corridas com o melhor material do paddock. Terá de fazer mais para conseguir nova vaga numa equipa de topo. E num negócio que cada vez mais depende do marketing e da imagem, a postura que assume não o ajuda. Kimi há só um.

 

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ernie
ernie
7 anos atrás

Tem a atenuante de não ter participado nas corridas com o melhor material do paddock, que por mero acaso é igual ao do seu colega de equipa, que também não é, nem nunca foi flor que se cheire, mas KEV MAG não parece muito à altura de bater.

Pity
Pity
Reply to  ernie
7 anos atrás

Nunca percebi essa do “Kev Mag”. Não vejo esse tipo de abreviatura com mais nenhum piloto.
Quanto ao dito cujo, tem sido uma desilusão, atrás de desilusão, e esta linguagem também não ajuda. É um facto que ele não está lá para fazer amigos, mas também não devia querer fazer inimigos.

ernie
ernie
Reply to  Pity
7 anos atrás

Quanto à abreviatura, não é produto meu, e nem sequer nacional. Na verdade é muito usada e há bastante tempo pelos media, principalmente britânicos, e se ele a considerasse desagradável, seguramente já teria reagido, como fez Sainz por lhe chamarem Jr. Quanto ao resto, estou completamente de acordo, e quanto a fazer inimigos, ele deveria pensar que um dia pode ter que mudar de equipa, e já lá estar um desses inimigos que lhe pode complicar a transferência. De qualquer forma, nunca me tinha apercebido da sua exagerada agressividade em pista antes de ele estar na HAAS, enquanto Gorsjean já… Ler mais »

Pity
Pity
Reply to  ernie
7 anos atrás

Eu sei que a abreviatura não é de sua autoria. Fartei-me de a ouvir, o ano passado, ao João Carlos Costa. Quanto à agressividade dos homens da Haas, o Grosjean é agressivo mas consegue resultados, enquanto o Magnussen, o que melhor sabe fazer, é prejudicar os adversários.

so23101706
so23101706
Reply to  Pity
7 anos atrás

Os brutânicos (não, não é erro) gostam de chamar ‘Dan Ric’ ao Daniel Ricciardo…

Pity
Pity
Reply to  so23101706
7 anos atrás

Não lia a palavra “brutânico” desde os tempos do Mansell 🙂 Digamos que eles têm uma forma peculiar de arranjar abreviaturas.

ernie
ernie
Reply to  Pity
7 anos atrás

Eu crio que o João Carlos Costa foi buscar a abreviatura aos media britânicos tal como eu, no entanto uso pouco (até porque não me refiro ao Magnussen com muita frequência, mais quando estou mais preguiçoso para escrever. Quanto ao resto, plenamente de acordo.

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
7 anos atrás

Este tenta compensar o pouco que vale em pista sendo mauzão fora dela, a ver se os pilotos têm medo de o ultrapassar. Depois é passado a ferro por quase todos (só não o é por quem tem monolugares inferiores) e basicamente fica visto como um piloto ridículo e mau desportista.

Continua assim Magnussen que de futuro brilhante só se for pelo cabelo.

Pascassio
Pascassio
7 anos atrás

Mais um, que ficará pouco tempo! Ce nulle à chier !

2fast4u
2fast4u
7 anos atrás

Uma coisa é ser agressivo, outra é ser anti-desportista e claramente mau perdedor. Ainda agora no Brasil acabou por conseguir prejudicar a corrida dele, do Vandoorne e do Ricciardo. Ainda bem que abandonou, pode ser que fique a pensar no assunto.
Eu acho que a postura do Max é legítima, ele força os limites e por vezes faz daquelas manobras que requerem colaboração do outro, mas isso é completamente diferente de estar constantemente a mandar com os adversários para fora de pista.

MiguelCosta
MiguelCosta
7 anos atrás

Não percebo a insistência do Haas neste tipo, será que leva algum patrocínio chorudo? “Kimi há só um.” brilhante!

so23101706
so23101706
7 anos atrás

Que se podia esperar de um piloto baptizado em homenagem ao Kevin Costner e – provavelmente – concebido ao som da musiquinha da Whitney Houston?

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
7 anos atrás

O título deveria ser “Kevin Magnussen pouco interessado em deixar de ser estúpido”.

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