Luis Vasconcelos em Barcelona: Kevin Magnussen “O carro tem uma boa base mas sente-se alguma falta de carga aerodinâmica e potência”
Correu melhor que o esperado?
“Tendo em conta os problemas que tivemos nos primeiros dias, eu diria que sim. Estava preocupado em não conseguir fazer todas as voltas que queria, mas consegui. O mais importante é que o meu regresso tem sido perfeito e tenho conseguido fazer muitas voltas, está a correr muito bem.”
Estás confortável com o carro?
“Sinto-me bem. Temos muito a aprender em toda a equipa sobre o carro, como é óbvio, mas já consegui entrar no ritmo de pilotar um Fórmula 1.”
O que aconteceu ontem no final?
“Fiquei sem combustível.”
Ressentes-te fisicamente depois de um ano parado?
“Sim, sinto-me bem dorido. Normalmente ficas com mais força nos ombros e agora tenho algumas nódoas negras. Simplesmente estar na pista num F1 é uma coisa que não consegues treinar no ginásio.”
O pescoço está a ser um problema?
“Na verdade, não. Tenho tido mais problemas com a zona inferior da coluna. Mas depois mudámos a posição do banco e fiquei melhor. Consegui fazer 150 voltas num dia depois de ter estado 11 meses sem conduzir, por isto muito satisfeito com a minha preparação física.”
Deu para trabalhar na performance do carro?
“A maior parte das coisas que temos andado a fazer foram verificações, por isso na próxima semana é que vamos começar a trabalhar mais na afinação e na performance. É por isso que temos tido uma boa evolução, conseguimos verificar tudo e agora vamos ter mais tempo para trabalhar na afinação.”
Como está a base do carro?
“Tem uma boa base, conduz-se bem, tem alguma falta de carga aerodinâmica e de potência, mas é importante termos uma boa base de trabalho. Não estamos à procura de um equilíbrio diferente ou de outras características, só precisamos de aumentar a carga aerodinâmica. É um trabalho difícil fazer isso sem alterar as características do carro, por isso temos que trabalhar aí.”
Quais são as vantagens do carro?
“É difícil dizer. Ainda só tivemos quatro dias com o carro e temos muito a aprender. A aerodinâmiac é importante e o carro tem uma aerodinâmica estável, não perde eficácia a meio da curva, quando passas por cima dos corretores. É muito fácil para o condutor, agora só temos que aumentar a carga aerodinâmica.”
Trazes alguma coisa da tua experiência com a McLaren?
“Não, tento não fazer muitas comparações porque confio nestas pessoas e eles demonstram que sabem o que estão a fazer. Agora também têm os recursos para trabalhar, por isso não vale a pena [falar na McLaren]. Só mencionei uma coisa outra, mas eles têm outras maneiras de fazer e eu confio neles.”
Dentro da garagem, o trabalho é parecido ou diferente?
“É parecido. No geral é tudo muito igual, só temos alguns pormenores e procedimentos que são um pouco diferentes, não são melhores e piores, são só diferentes.”
Como está o manuseamento do carro?
“O volante é diferente e tenho que me acostumar à posição dos botões e dos nomes deles. Preciso de algum tempo [de adaptação]. É aqui que o simulador é bom, posso habituar-me aos comandos, aos nomes e às transmissões de rádio. Assim já sei onde tudo está.”
Experimentaste três motores diferentes, quais eram as diferenças?
“Eram muito diferentes, foi essa a sensação que tive. Não só em potência, mas também se eram fáceis de utilizar, no som, modo de funcionamento, controlo. Muito diferentes.”
Quais eram as forças e fraquezas de cada um?
“Bem, não é segredo nenhum que a Mercedes tem o motor mais forte atualmente, mas tenho a certeza que a Renault tem boas hipóteses de os apanhar.”
Como é que te sentias mentalmente nos turnos mais longos?
“Sentia-me bem. Fiz uma corrida completa, por acaso, a distância completa com paragens nas boxes. Ouve uma bandeira vermelha pelo meio, mas consegui 65 voltas e gostei muito. Mesmo depois, quando entrei novamente no carro, senti-me bem, gostei muito de voltar a estar no carro. Tem sido fantástico.”
O que tens de novidades para a semana? Mais aerodinâmica?
“Não sei quais vão ser as mudanças, vamos ter algumas, mas não temos nenhuma grande modificação prevista para o futuro.”
E quanto aos pneus novos? Muitos pilotos preferem os antigos.
“Bem, é difícil dizer por dois motivos. Não só não conduzo há quase um ano, como também as temperaturas na corrida aqui vão estar muito diferentes. Além do mais, estamos com pneus macias que nunca usámos aqui antes, a degradação é muito má, mas o macio também não foi pensado para esta pista. Acho que o pneu médio tinha muito para gastar e há uma nova camada interna mais dura que é um pouco estranha. Altera muito o equilíbrio, mas é o mesmo para todos e vamos ter que lidar com isso.”
Luís Vasconcelos
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