A última edição do International Trophy teve lugar em 1978, na pista de Silverstone. Nessa altura – e durante mais alguns anos, acrescente-se – podiam-se fazer corridas de F1 extra-campeonato do Mundo. Houve mesmo, durante o final dessa década e na década seguinte, uma coisa chamada Campeonato Aurora de F1, uma competição para monolugares desta categoria e que depressa se tornou num refúgio para ex-pilotos do Mundial, que aqui nunca tinham conseguido dar nas vistas.
Mas vamos ao International Trophy. Em 1978, desenrolou-se debaixo de uma intensa chuva, que tornou quase impraticável a pista de Silverstone, naquele mês de Maio. Numa grelha de partida onde estavam alguns dos “monstros” da F1 de então, ninguém apostaria no piloto que, 40 voltas depois, surgiu como vencedor.
Estava na sua primeira temporada na F1 e o seu nome era praticamente desconhecido: Keke Rosberg. Ao volante de um Theodore, o primeiro carro “desenhado” pelo milionário de Hong Kong Teddy Yip – mas que mais não era que um velho Ralt RT1 de F2 “reconvertido” – o finlandês discutiu a vitória, taco a taco, com um tal de Emerson Fittipaldi, então ao volante de um carro da sua própria equipa. E saiu vencedor.
O terceiro classificado, Tony Trimmer, com um McLaren, ficou já a três voltas e os três restantes classificados foram Brett Lunger (McLaren), Rupert Keegan (Surtees) e Hans-Joaachim Stuck (Shadow). Pelo caminho, vÃtimas das armadilhas causadas por uma chuva inclemente, ficaram, por exemplo, Mario Andretti e Ronnie Peterson, então a dupla da Lotus, Patrick Depailler (Tyrrell), James Hunt (McLaren), Niki lauda (Brabham) , Clay Regazzoni (Shadow) ou Jacky Ickx (Ensign). Só! Quatro anos mais tarde, Rosberg venceu o seu tÃtulo mundial de F1 – sendo o único campeão que, na temporada anterior ao seu tÃtulo, não conquistou nenhum ponto. Além das cinco vitórias no Mundial de F1, o finlandês
venceu ainda as últimas edições do International Trophy (1978) e da Race of Champions (Brands Hatch, 1983).