São poucos os grandes construtores automóveis com o historial tão rico na Fórmula 1 como a Honda. A marca japonesa apresentou-se no círculo eurocêntrico da F1 em 1964, mas foi no ano seguinte que toda a gente passou a olhar para a Honda com outros olhos, quando Richie Ginther venceu o GP do México. Em 1967, graças a John Surtees e às suas ligações à Lola, o piloto britânico conquistou um segundo triunfo. Mas
1968 foi o último ano da aventura japonesa, quando Jo Schlesser morreu nos treinos do GP de França. Seriam precisos 15 anos para voltar a ver o nome Honda na F1 outra vez. A pouco competitiva Spirit foi escolhida para testar o novo motor V6 Turbo, mas foi a Williams a beneficiária do mesmo. Com Nigel Mansell e Nelson Piquet venceram o Mundial de Construtores em 1986 e 1987, com Piquet a sagrar-se campeão neste ano.
1987 foi também um ano de viragem para a Honda, que passou a fornecer motores a uma segunda equipa, a Lotus, onde militava Ayrton Senna. A Honda seguiu o brasileiro para a McLaren, e a ligação à equipa de Ron Dennis deu-lhe mais quatro títulos de pilotos e outros de construtores. Em 1992, a Honda voltou a desaparecer, até que, em 2000, regressou ligada à BAR, equipa que viria a adquirir no final de 2005. A mudança de nome era mesmo o que a marca precisava para regressar aos triunfos.
É verdade que as coisas não correram como a marca esperava, mas em 2006 Jenson Button ofereceu mais um triunfo à marca nipónica, ao triunfar no GP da Hungria. O último da marca como equipa oficial na F1.
Como se sabe, a história recente foi bem mais complicada, quando em 2015 se ligaram novamente à McLaren. As coisas não correram bem e até 2017, o melhor que conseguiram foram dois quintos lugares. Em 2018, a Honda equipou a Toro Rosso, conseguindo um quarto lugar no Bahrein e em 2019, já também com a Red Bull, a regressou aos triunfos, com Max Verstappen, na Áustria, vencendo mais duas vezes, na Alemanha e no Brasil, sempre com o holandês.