Grande Circo da F1 vai começar: Quais serão os ‘palhaços’ ricos e pobres?
Arranca na próxima madrugada com os treinos livres o GP da Austrália de Fórmula 1, primeiro evento de uma época em que se espera muito da Fórmula 1 e bem mais equilíbrio do que sucedeu até aqui, nos últimos três anos. Nas linhas a seguir pode ficar a conhecer o que pode acontecer com cada equipa, sendo certo que o plantel se deverá dividir em três partes, a Mercedes, Red Bull e Ferrari na luta pela frente das corridas, um segundo grupo liderado pela Williams ou Force India, grupo esse que vai contar ainda com a Toro Rosso, Haas e Renault. Só se desconhece a ordem e esse é um dos pontos animadores desta competição. Por fim, e se nada mudar, a McLaren Honda e a Sauber vão ‘decidir’ o lanterna vermelha…
MERCEDES
Quando só não se vencem oito corridas em três temporadas de Fórmula 1, têm que existir muito boas razões para isso, e é também por isso que a Mercedes é a favorita a renovar os títulos 2017. Até podemos dizer que a dupla de pilotos é mais fraca este ano, que Valtteri Bottas não vai ‘picar’ Lewis Hamilton o suficiente para isso ajudar a alavancar as prestações da equipa, mas isso para já são apenas conjeturas, pois nada garante que, passado o período de adaptação, o finlandês não ande ao nível de Nico Rosberg.
Vencer na Fórmula 1 é muito mais do que ter um bom carro e uma boa dupla de pilotos, e vencer 51 em 59 Grandes Prémios, só mesmo com uma estrutura à prova de bala. Pode dizer-se que a Mercedes tem mais gente, para fazer mais coisas, e todos esses pequenos pormenores contribuem para o sucesso, que tem mais orçamento, tem um piloto tricampeão, um excelente motor e uma excelente equipa técnica, mas a verdade é que não há nada perfeito. É possível sempre melhorar e o que vimos em Barcelona diz-nos, por exemplo, que este novo monolugar de 2017 parece fugir um pouco de frente. Neste momento não sabemos se a Mercedes escondeu algum ‘jogo’, mas se olharmos para o que foram os três anos anteriores, sabemos que, sempre que pode ‘arrasou’ a concorrência, quanto mais não seja em termos de fiabilidade, como sucedeu o ano passado. E isso não sucedeu desta vez, pelo menos com tanta evidência…
Nos últimos três anos a grande pergunta que se tem feito é: o que leva a este domínio, o motor ou o chassis? Até aqui sempre parece que o motor era excelente mas o chassis não ficava atrás, mas esta temporada o motor parece melhor que o chassis. Simples. Existe também a mudança na liderança da equipa técnica. A perda de Paddy Lowe não vai ser fácil de colmatar embora a chegada de James Allison seja, em teoria, suficiente. Reparem que muitos dos progressos positivos que vemos na Ferrari este ano ainda se devem a ele, mas a personalidade é muito diferente, por isso veremos como se encaixa.
O que será interessante ver é como a Mercedes reagirá se estiver sob pressão, o que parece poder acontecer este ano. A mudança de regras este ano e as mudanças internas podem dificultar um pouco a luta pelo título. A Mercedes vai continuar a vencer, a questão é apenas saber se com um domínio semelhante, ou a Ferrari e Red Bull vão exercer bem mais pressão.
RED BULL
A Red Bull tem sido um caso muito estranho nesta pré-época e finalmente vai perceber-se na Austrália se o que aconteceu em Barcelona é mesmo assim ou há ali gato escondido com o rabo de fora…
De qualquer modo, a preocupação quanto à Red Bull poderá ser a mesma velha história, um bom monolugar com um motor que não está à altura. Ainda não se sabe o que vale este novo motor Renault, no ano passado as declarações foram no sentido de arrancar cautelosos e ir ‘abrindo a goela’, mas em Barcelona não se viu grande coisa. Esperam-se, no entanto, desenvolvimentos aerodinâmicos no monolugar para este Grande Prémio da Austrália, mas mesmo assim parece que a Red Bull não vai estar numa posição tão forte como todos esperavam durante o inverno. Baseado nos testes, a Red Bull parece estar alguns décimos atrás do Mercedes e da Ferrari.
Do lado positivo, a conversa ao longo dos últimos meses tem sido a referência que a equipa pode ficar mais forte ao longo da temporada, por isso vamos acreditar que assim será. Mas quantas vezes vimos equipas começar atrás e recuperar com o avanço da temporada? Mercedes e Ferrari não ficarão paradas. Mas para o bem da F1, precisamos que a Red Bull esteja bem. Eles têm uma excelente dupla de pilotos, para muitos a melhor da grelha, com Max Verstappen a provar ao longo dos últimos dois anos que a idade é apenas um número, e Daniel Ricciardo sempre a mostrar que é forte. Outro ano sem ser capaz de lutar por vitórias todos os fins de semana de corrida seria um desperdício para ambos. Nos testes, os motores não pareceram perfeitos, o que é uma preocupação, mas que parece, para já, ser essa a única fraqueza óbvia na equipa.
Se a Renault conseguir melhorar o motor e se Adrian Newey conseguir mais alguma coisa com a aerodinâmica, por exemplo com evoluções de última hora, como provavelmente acontecerá em Melbourne, então a Red Bull estará em boa forma. Se os ganhos não forem suficientes, então a equipa estará numa posição semelhante à que tem tido nos últimos anos. Mas se o monolugar está perto da frente, sabemos que Red Bull trabalhará o suficiente para dar o próximo passo e lutar por vitórias e pelo campeonato. Esperemos para ver se a equipa pode contribuir para uma luta de três. Uma batalha entre Hamilton, Vettel, Ricciardo e Verstappen seria excelente para a F1…
FERRARI
O que se viu da Ferrari durante os testes foi muito animador. Depois da péssima temporada de 2016, o trabalho feito nos bastidores de Maranello, ao que tudo indica, foi bom, e agora resta esperar pelo arranque do Mundial para se confirmar se o que se viu nos testes é mesmo ‘verdade’. O que a Ferrari fez, é, sem dúvida, mas o que é preciso saber é se chega, face à Mercedes. Até ver, chega. Depois de domingo, já não sabemos…
De qualquer forma, o ritmo visto em pista é uma recompensa para a abordagem agressiva no desenho do carro, com uma aerodinâmica ‘agressiva’, mas só agora vai saber-se se as entradas de ar muito altas nos flancos vão aguentar as temperaturas mais altas que encontrarão em comparação com os testes de Barcelona. Para já há mais dúvidas do que certezas mas a verdade é que tudo indica que a Scuderia fez realmente um bom trabalho.
O ano passado vimos a Ferrari a cometer alguns erros estranhos e perder James Allison, e isso não é bom. Basta ver para onde foi Allison. Apesar disto continua a haver gente boa em Maranello, que precisa de poder fazer o seu trabalho, sem o tipo de pressões vistas o ano passado, mais movidas pela emoção do que razão, e este tem sido talvez o principal problema nos dois últimos anos. É preciso que exista um líder forte, disposto a estabelecer as regras e não apenas responsabilizar os indivíduos, e é possível que a liderança da Ferrari seja o que poderá deitar a baixo uma boa base técnica. O ano passado chegou dizer-se que na Ferrari havia medo de arriscar, o medo de falhar, mas quando se bate no fundo (no contexto, claro) a partir daí só se pode subir, e é isso que está a acontecer, e a uma velocidade que poucos esperaram. Agora, é esperar para ver…
FORCE INDIA
Depois do quarto lugar do ano passado as aspirações da Force India dificilmente poderão ser melhores do que em 2016. É muito difícil, para não dizer impossível, alcançar as três equipas da frente, principalmente devido aos recursos limitados, mas se existisse uma ‘classificação’ para a relação entre orçamento e posição, então a Force India era claramente a campeã. Este ano, até manter o quarto lugar será difícil, pois existe um grande equilíbrio entre as equipas do meio do pelotão e a luta não vai ser nada fácil. Só depois de realizados dois ou três Grandes Prémios será possível ter uma ideia se a Force India se mantém pelo quarto lugar ou piora…
Andrew Green tem ajudado muito a equipa a crescer com o seu trabalho, tem conseguido tirar o máximo possível dos poucos recursos disponíveis. É este trabalho que torna possível equipas como a Force India baterem equipas como a Renault ou a McLaren, devido ao contexto que é conhecido. O que ainda falta melhorar é a consistência. É preciso ocupar a quarta linha da grelha na qualificação o maior número de vezes possível, e os dois pilotos garantirem sistematicamente pontos. Têm melhorado nos últimos anos, mas ainda precisam de mais. Quanto aos pilotos, manteve-se Sergio Perez, entrou Esteban Ocon, no global a dupla parece ser um pouco pior do que o ano passado (Nico Hulkenberg é um excelente piloto), mas Ocon promete muito e pode ajudar a equipa a manter-se onde ficou o ano passado.
WILLIAMS
Depois de ter dado um bom passo em frente aproveitando bem a motorização da Mercedes, em 2014, quando se deu a última grande mudança nas regras, a Williams tem vindo, a partir daí a perder gás, e este ano apesar de aparentar ter um bom carro, a questão está mais do lado dos pilotos. Será que Felipe Massa ainda tem motivação para andar na luta pelos primeiros lugares? Em segundo lugar, o que conseguirá fazer Lance Stroll no seu ano de estreia.
Embora não esteja – claramente – ao nível dos três primeiros, a Williams continua a parecer a equipa mais forte na luta pelo quarto lugar. Existiram muitas mudanças durante o inverno na equipa, por exemplo, Pat Symonds saiu e entrou Paddy Lowe para o cargo de Diretor Técnico e estas mudanças causam sempre alguns distúrbios, sendo certo que a ‘mão’ de Paddy Lowe não vai imediatamente notar-se. Para além disso, vai ser interessante ver os progressos da equipa na forma como vai tentar tirar o melhor do seu monolugar, ou seja, como irá ser o desenvolvimento que este ano é perfeitamente possível ser grande tendo em conta a grande mudança das regras. De resto, pareceram existir problemas com o interpretar as regras dos apoios aerodinâmicos nesta que é uma área sensível. Este parece ser o ponto onde a Williams teve mais problemas, apesar de uma boa taxa de desenvolvimento.
O monolugar parece bem e a equipa deve conseguir estar regularmente no top10, mesmo que numa luta que não a das vitórias. Com Filipe Massa e o estreante Lance Stroll será que vão conseguir tirar o melhor do monolugar? Ambos têm habilidade, mas estão em extremos das suas carreiras. O que uma equipa precisa é de pilotos que possam tirar o máximo dos monolugares todos os fins de semana de corrida, veremos se a dupla é capaz disto. No ano passado, a Williams terminou atrás da Force India, que parece ser mais eficaz a definir as estratégias certas para maximizar os resultados. Esta é outra área que precisam melhorar. Com um grupo potencialmente muito equilibrado, esses dois possíveis pontos fracos podem fazer a diferença entre o quarto e o oitavo lugar no campeonato.
MCLAREN
A volta mais rápida de um McLaren-Honda nos testes de Barcelona foi 2.714 segundos mais lenta que a volta mais rápida dos testes, realizada por Kimi Raikkonen. Este é apenas um número dos muitos que podiam ser aqui colocados para mostrar que a as coisas não estão nada bem para os lados de Woking, mas isso hoje em dia já é mais ‘bater no ceguinho’. É que apesar de ser claro que existiram muitos problemas em pista, não pareceu somente ser um bom carro com um mau motor, pareceu ser tudo mau… Existem problemas quer do lado da McLaren quer do lado da Honda.
Estamos à espera desde 2015 que a parceria entre a McLaren e a Honda dê resultados, mas a não ser que exista algum milagre entre o final dos testes e o Grande Prémio da Austrália ainda vamos ter de esperar muito mais tempo. A Honda foi culpada por muitos dos problemas – e existem mesmo muitos problemas – mas e a McLaren, que tem feito para resolver isto? É preciso reunir e ver o que está a ser feito de mal, para poder dar a volta por cima. A McLaren não vence um GP desde 2012. E em 2014, o último com a Mercedes, mesmo tendo o melhor motor, ficou atrás da Williams e pouco à frente da Force India, também equipadas com motores Mercedes. Portanto, não tiremos deste filme a McLaren. Simplesmente tem o benefício da dúvida. A McLaren precisava de este ano andar na luta pelo quarto lugar. Se não for este ano que recuperam, fica a dúvida se alguma vez o farão…
TORO ROSSO
O ponto alto da história da Toro Rosso é, e provavelmente vai continuar a ser por muito tempo o GP de Itália de 2008 e apesar da ‘luta’ dos homens de Faenza ser essencialmente pela formação de pilotos para a Red Bull, o facto de Max Verstappen ter pegado de estaca na equipa principal permite que os homens de Milton Keynes estejam seguros para os próximos anos. Mesmo que Daniel Ricciardo fosse seduzido por outra equipa, está lá Carlos Sainz para dar sequência.
A verdade é que a segunda equipa da Red Bull tem feito um bom trabalho nos últimos anos com os recursos limitados que tem; a sua grande fraqueza de 2016 – usar motores de 2015 – foi eliminada, os motores deste ano são os Renault de 2017, mas mudar dos motores Ferrari para os Renault pode trazer problemas. O monolugar do ano passado sofreu com o atraso dos motores Ferrari, mas a mudança para a Renault também tem os seus desafios.
Nos testes o motor Renault deu problemas. James Key, diretor técnico, tem tomado boas decisões, e é por isto que em algumas ocasiões no início da época vemos os Toro Rosso mais perto dos Red Bull do que era esperado. O Toro Rosso é relativamente forte a nível aerodinâmico, e isto, combinado com a capacidade de Key em ir na direção certa, além de um pouco de sorte, pode fazer da equipa a melhor fora das três grandes. Pode parecer estranho, mas o registo de conjunto da Toro Rosso não foi por acaso…
Mas os testes também não foram perfeitos, e viram-se alguns problemas. Mesmo estando no grande grupo atrás dos quatro primeiros, não se viu nada que conseguisse diferenciar muito uns dos outros; como tal as expetativas para o início a época é começar na luta do meio do pelotão. A Toro Rosso tem uma equipa com experiência, algo raro por ser a equipa júnior da Red Bull. Apesar de ainda novos, a dupla de pilotos já soma cinco temporadas no total. Como tal espera-se que Daniil Kvyat e Carlos Sainz Jr. consigam ser consistentes e reduzir os erros ao mínimo. Se a equipa continuar a melhorar ao longo da temporada, algo que será mais fácil esta temporada por ter um motor atual, então será uma equipa que pode conseguir estar nos pontos regularmente, principalmente através de Carlos Sainz.
HAAS
Depois de um bom primeiro ano em 2017 vem aí o verdadeiro desafio da Haas. Preparar um monolugar para entrar na F1 é uma coisa, outra coisa é o segundo ano em que existe menos tempo. O pior que pode acontecer a uma equipa que se estreia na Fórmula 1 após uma época é uma revolução nos regulamentos. Se o ano passado tudo foi novidade, este ano não será muito diferente.
Contudo, a Haas tem agora já alguma bagagem, resultante de um ano que tem que ser considerado positivo, ainda que para isso muito tenha contribuído a parceira com a Ferrari, que se repete. Mas o novo desafio é grande, quase tudo é novo e isso pode ser um problema. De qualquer modo, a nova dupla de pilotos, Romain Grosjean e Kevin Magnussen, parece ser mais equilibrada, mas para isso é também preciso que o carro ajude, e pelo que se viu em Barcelona, nos oito dias de testes, não há grandes sinais que as coisas melhorem muito face à época transata em pista. Aliás, continuam os mesmos problemas de travões, e esse é só um exemplo. Esse é um dos desafios da equipa, não ter os mesmos problemas do ano passado. É muito a aprender numa equipa nova, e é preciso ser mais rápido a encontrar as respostas aos problemas, como os de travões que Romain Grosjean tem referenciado. Num primeiro ano é aceitável, mas num segundo ano com a experiência tem de ser mais eficaz.
Este será um dos casos curiosos, perceber como uma equipa nova se vai dar com uma tão grande mudança nos regulamentos apenas um ano depois da sua chegada, mas as parcerias com a Ferrari e a Dallara permitem à equipa focar-se em aproveitar ao máximo o que estas ligações lhes dão. Não deixam de ser surpreendente as parecenças entre o Haas e o Ferrari em alguma aerodinâmica. Se Haas igualar ou melhorar o seu oitavo lugar no campeonato de construtores, será uma boa temporada para o ano ‘2’.
RENAULT
Já se sabia que o primeiro ano depois do regresso seria complicado, mas ninguém imaginava que um construtor como a Renault somaria menos 21 pontos que a Haas, que se estreava na F1. É verdade que a equipa norte-americana era quase uma Ferrari B, mas podemos olhar para a questão doutra forma. Atrás da Renault só ficaram a Sauber e a Manor…
Depois de um ano de transição, a Renault surge este ano com um objetivo ambicioso e ponta para o quinto lugar do Mundial de Construtores. Este é que tem que ser considerado o primeiro ano a ‘sério’ desde o regresso, mas a verdade é que com um ano de trabalho, não há desculpas…
O novo monolugar e toda a estrutura que se divide entre Enstone e Viry-Chatillon está agora bem melhor integrada e desta feita houve tempo e por isso não há como não chegar aos bons resultados. A Renault tem uma história de sucessos na F1, e este trabalho visa regressar a esse patamar, e por isso o crescimento da equipa face a 2016 tem que ser notório. O chassis é importante, mas muitas das esperanças da Renault estão suportadas na nova unidade motriz que equipa o R.S. 17, estando aí boa percentagem do eventual sucesso ou insucesso da equipa, e como se sabe, também da Red Bull.
Pelo que se viu em Barcelona, ainda não é possível perceber grandes evoluções, mas os responsáveis da Renault já tinham avisado que ia levar algum tempo até que o potencial do novo motor pudesse ser despoletado em todo o seu esplendor. Mas é já claro que o carro é um grande salto, mas não havia como ser doutra forma.
Muito importante saber é o que vale a nova unidade motriz. Durante a pré-época a Renault (incluindo aqui a Red Bull e a Toro Rosso) teve todo o tipo de problemas com o ERS, portanto não convém apostar muito dinheiro nos seus carros terminarem muitas corridas na fase inicial do ano. De qualquer modo, sendo uam equipa de fábrica, não há como não estar rapidamente a lutar logo a seguir às três ‘grandes’.
Agora, resta aguardar pelos resultados de todo o trabalho que Cyril Abiteboul e a sua equipa produziram e para já não há razões para desconfiar.
SAUBER
Novos investidores salvaram a Sauber perto do final da época passada, e também Felipe Nasr, contribuiu, e bem para o feliz desfecho. Para já, o que se percebe é que a equipa está mais sólida, mas ainda longe de completamente desafogada. E isso vai refletir-se em pista. O grande desafio da equipa vai ser mesmo fugir ao último lugar, e depois do que se viu o ano passado nem isso será fácil, ainda menos sem as mesmas ‘armas’ financeiras de todos os seus adversários. Marcus Ericsson e Pascal Wehrlein não vão ter vida fácil…
Mas depois de vários anos difíceis, a Sauber está a tentar reerguer-se e o investimento da Longbow Finance é um dos responsáveis por isso. A época passada não vimos ainda muitas melhorias, mas o novo investidor pode trazer a Sauber de regresso aos resultados consistentes do passado. Veremos durante a temporada.
Por outro lado, usar o motor de 2016 da Ferrari apenas vai atrasar a equipa durante a temporada, mas quanto a isso não há muita volta a dar, pois não há dinheiro para mais. De qualquer modo, a escolha deste motor é algo polémica. A equipa revelou que é para se poder focar no design do monolugar, mas o tempo ganho num bom design será sempre menor do que ter um bom motor de 2017. Portanto, espera-se um ano complicado.
Nos testes o monolugar pareceu globalmente bem, mas como se espera de um carro da cauda do pelotão, há uma grande diferença para os restantes monolugares, especialmente em curvas rápidas, em que a falta de aderência é notória. Enfim, será uma temporada para tentar ganhar o máximo de pontos, ou apenas alguns, mas em que o mais importante será o de reunir as pessoas certas para os próximos anos, mas no ano em que celebra a sua 25ª temporada na F1 o mais certo é não sair da causa do pelotão, a não ser que algo de muito diferente do que foi visto em Barcelona suceda. Desde a separação da BMW em 2009, tem sido difícil para a equipa crescer e também não ajuda nada perder pessoas como Mark Smith, que saiu o ano passado. Talvez, Jorg Zander, vindo da equipa de endurance da Audi ajude neste particular.
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