GP Portugal Fórmula 1: O que esperar de cada piloto?

Por a 21 Outubro 2020 10:32

A confirmação do título é uma questão de tempo, mas para lá do 3º lugar há uma interessante luta no 2º pelotão, entre nove pilotos. Saiba o que pode esperar dos 20 pilotos em competição no GP de Portugal de Fórmula 1.

Lewis Hamilton (1º classificado, 230 pontos)

Campeão do Mundo está perto de fazer história, igualar os sete títulos de Michael Schumacher e suplantar o número de vitórias. Lidera o campeonato com 69 pontos de avanço depois de sete vitórias em 11 corridas. Está quase imparável e em Portugal é o claro favorito a vencer.

Valtteri Bottas (2º classificado, 161 pontos)

Quando está num dia bom, pode bater Lewis Hamilton, mas para que isso suceda tem que ser perfeito e isso é-o poucas vezes. Venceu duas vezes em 2020 e está a perder 8-3 em poles para Hamilton. Essa é a diferença entre ambos. Falta-lhe consistência para desafiar mais vezes Hamilton.

Max Verstappen (3º classificado, 147 pontos)

É o único piloto que pode atualmente medir forças com Hamilton, super-confiante e quando sente que o carro tem os ‘mínimos’ vai à luta e com isso já venceu este ano em Silverstone. Em 11 corridas, foi oito vezes ao pódio e desistiu nas outras três. Em Portugal pode ‘chatear’ Hamilton, especialmente se chover.

Daniel Ricciardo (4º classificado, 78 pontos)

É quarto no campeonato, está em claro ascendente, há 5 corridas que não faz pior que 6º, foi ao pódio pela primeira vez este ano, e pode levar a equipa ao ‘colo’ até ao 3º lugar. Está num excelente momento de forma e como o carro está a corresponder, espera-se muito dele. Novo pódio em Portugal é possível.

Sérgio Pérez (5º classificado, 68 pontos)

Já sabe que vai sair da equipa, mas o seu brio permite-lhe ser 5º do campeonato apesar de duas corridas de fora devido à Covid-19. Três Top 5 nas últimas corridas indiciam mais do mesmo em Portugal e é ele que tem sabido tirar melhor partido do competitivo RP20. Está a ‘cheirar’ o pódio e na luta pelo ‘título’ de melhor dos outros, no campeonato, atrás de Verstappen.

Lando Norris (6º classificado, 65 pontos)

Foi uma das estrelas de 2019, é o melhor na McLaren, já foi ao pódio, mas a McLaren está a perder terreno aos poucos para a Racing Point e a Renault.

Teve uma fase boa nas corridas italianas, mas está a perder gás. É 6º no campeonato. E hora de reagir e Portimão é a pista ideal. Se acertar bem o carro é candidato ao top 5 em Portugal..

Alex Albon (7º classificado, 64 pontos)

A Red Bull foi buscá-lo a meio do ano passado para o lugar de Gasly, prometeu muito, mas este ano, a tempo inteiro, tem sido uma enorme desilusão. Devia estar na frente dos pilotos do 2º pelotão e está a meio da lista. Demasiado inconstante. 15º em Monza, 3º na Toscânia, 10º na Rússia. Nervos, está prestes a perder o lugar.

Charles Leclerc (8º classificado, 63 pontos)

Ao contrário do seu colega de equipa, está a fazer bem melhor do que o carro que tem nas mãos. É oitavo no campeonato, já foi duas vezes ao pódio, mas não fez melhor que 6º nas três últimas corridas. Em Portugal não será fácil brilhar já que a pista ‘pede’ tudo o que o SF1000 não tem, mas se as evoluções resultarem é candidato ao top 5.

Lance Stroll (9º classificado, 57 pontos)

Os ‘azares’, leia-se acidentes, e a ausência nas últimas três corridas atiraram-no quase para a cauda do 2º pelotão. É apenas 9º no campeonato, foi ao pódio em Monza mas depois disso não terminou uma única corrida. Tem alternado resultados brilhantes com corridas mais ‘apagadas’. Não está a ‘encher o olho’, mas cumpre.

Pierre Gasly (10º classificado, 53 pontos)

Está bem classificado fruto da oportunidade que aproveitou bem em Monza, corrida que venceu, mas não só pois sendo verdade que esses 25 pontos lhe permitem estar no meio do 2º pelotão, essa é uma classificação que não espelha o ‘resto’ da temporada. Nem sempre tem batido Kvyat, mas a espaços mostra a rapidez que o tinha promovido à Red Bull. Não parece estar a fazer o suficiente para voltar à Red Bull.

Carlos Sainz (11º classificado, 51 pontos)

O espanhol é apenas 11º no campeonato, já que teve vários abandonos recentemente. Teve também oportunidade de vencer em Monza, mas não conseguiu, foi segundo atrás de Gasly. Foi quinto no Nurburgring e se tudo lhe correr bem pode fazer um bom resultado em Portugal. Mas vai depender como o McLaren se portar com os pneus no AIA.

Esteban Ocon (12º classificado, 36 pontos)

No pólo oposto do seu colega de equipa. Está a desiludir, e a ‘acusar’ o ano de 2019 em que esteve parado. 12º no campeonato o melhor que fez foi 5º na Bélgica, mas erros e azares não o têm ajudado. Está longe do meio do pelotão e é ele que está a impedir que a Renault esteja no 3º lugar do campeonato. Tem de melhorar rapidamente.

Sebastian Vettel (13º classificado, 17 pontos)

Vettel chega a 2020 depois de temporadas dececionantes com demasiados erros, mas o que está a mostrar este ano é ainda bem pior. Não se entende com o carro e a motivação também não o deve ajudar muito. É apenas 13º no campeonato, e o melhor resultado que conseguiu foi um sexto lugar na Hungria.

Daniil Kvyat (14º classificado, 14 pontos)

Foi recuperado para a Toro Rosso o ano passado, depois de ter sido despedido, esteve bem, mas este ano tem 14 pontos face aos 53 de Gasly. Continua demasiado inconstante, e o melhor que fez foi um 8º lugar na ‘sua’ Rússia. Provavelmente, o seu ‘Grito do Ipiranga’ na F1. O carro ‘chega’ para sextos lugares, mas isso o russo nunca conseguiu este ano.

Antonio Giovinazzi (16º classificado, 3 pontos)

O simples facto de estar à frente de Raikkonen no campeonato prova as melhorias que teve este ano, mas teve azar com a enorme quebra competitiva da equipa em 2020, fruto do mau motor Ferrari, e nesse contexto não tem armas para mostrar se merece ficar na F1 ou não. Foi aos pontos no Nurburgring, começou o ano nos pontos na Áustria, e pouco mais.

Kimi Raikkonen (17º classificado, 2 pontos)

Raikkonen é o piloto mais velho em pista, mas com a melhoria de Giovinazzi este ano, recentemente, nem o seu colega de equipa tem conseguido bater. Não pode fazer milagres com aquele carro, mas já teve nos últimos anos, melhores dias. Foi aos pontos na Toscânia, a única vez que isso sucedeu este ano.

Romain Grosjean (18º classificado, 2 pontos)

Foi aos pontos pela primeira vez este ano no Nurburgring, mas o francês continua muito errático, como tem sido ao longo de toda a sua carreira. Mostra rapidez a ‘espaços’, mas cada vez menos. Já ‘olha’ para fora da F1, e também ele será ‘vítima’ do mau momento do motor Ferrari. Queixa-se demais para o que produz em pista. Nem tudo é culpa do carro e da equipa.

Kevin Magnussen (19º classificado, 1 pontos)

Se a temporada de 2019 do dinamarquês sofreu com os problemas da Haas, este ano a situação repete-se e com bem maior gravidade. É de longe o piloto que mais vezes desistiu, 5, somou um único ponto, na Hungria, mas ao não estar a ser claramente melhor que Grosjean pode estar a ‘condenar-lhe’ a presença na F1. O carro e a equipa não ajudam nada, mas podia estar a fazer melhor.

Nicholas Latifi (20º classificado, 0 pontos)

Está naturalmente a ser batido por Russell, mas tem conseguido nos últimos tempos inverter de algum modo a situação o que é o melhor elogio que lhe pode ser feito. Chegou à F1 bem preparado, e estando a aproximar-se das performances do inglês é um bom sinal. O melhor que conseguiu este ano foi um 11º lugar em Monza.

George Russell (21º classificado, 0 pontos)

O jovem protegido da Mercedes teve uma temporada de estreia na F1 muito positiva na F1, mas ultimamente, tem ‘perdido’ para Latifi em corrida o que não pode acontecer. Já esteve muito perto de alcançar pontos, mas falhou. Nas últimas duas corridas em que os dois pilotos da Williams terminaram, foi batido por Latifi, e isso é o pior que lhe pode acontecer.

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