GP Canadá F1: Meteorologia poderá condicionar estratégia das equipas

Por a 9 Junho 2024 16:50

Com George Russell a garantir a primeira pole position do ano para a Mercedes e a sua primeira desde a Hungria em 2022, numa sessão de qualificação dramática, em que terminou com a mesma marca que Max Verstappen, podemos estar prestes a assistir a um Grande Prémio do Canadá emocionante. 

A marcar todo o evento, desde sexta-feira, está a meteorologia. A previsão meteorológica indica 60% de hipóteses de chuva no início da corrida, que tem início às 19 horas em Portugal continental, aumentando para 80% na segunda metade. Percebemos pelos treinos, que o piso torna muito complicada a vida para os pneus slicks quase imediatamente à chuva, mas também seca rapidamente quando para. Um verdadeiro quebra-cabeças para os estrategistas que terão de comunicar com os pilotos e perceber o que estes sentem ao volante de cada monolugar. 

Em termos de estratégia, uma abordagem de duas paragens parece provável devido ao desgaste e degradação mais elevados do que o esperado no composto médio observado no treino livre 3. A estratégia preferida poderá ser começar com pneus médios, trocar por duros até final da corrida, com as paragens ideais nas voltas 15 a 21 e 41 a 50. 

Outra opção é começar com pneus médios, trocar para duros no ‘stint’ intermédio da corrida e terminar com médios, embora isso dependa da distribuição dos pneus, uma vez que algumas equipas só têm um conjunto médio e dois duros. Uma estratégia de uma paragem parece marginal, mas pode ser tentada por quem gosta de correr riscos. O melhor cenário para uma paragem única envolve começar com os médios e mudar para os duros entre as voltas 26 e 35, oferecendo flexibilidade no caso de um Safety Car na fase inicial da prova canadiana.

O pneu duro mostra-se robusto com um mínimo de granulação, tornando-o a escolha preferida para os ‘sints’ mais longas. O pneu médio, embora ofereça uma vantagem de aderência inicial, apresenta um desgaste significativo, tornando-o menos ideal para uma utilização prolongada. O pneu macio (C4) não é atualmente o preferido para as condições de corrida, mas pode tornar-se viável se houver mais borracha em pista.

O Circuito Gilles Villeneuve é conhecido pelos frequentes Safety Cars e bandeiras vermelhas, o que pode influenciar significativamente a estratégia. As equipas têm de se manter adaptáveis a mudanças súbitas, que podem alterar o equilíbrio entre uma estratégia de uma ou duas paragens, contando ainda com a necessidade ou não, de trocar para pneus intermédios ou chuva. 

Mais atrás do que os restantes pilotos que costumam discutir os primeiros lugares e a partir da 16.ª posição, Sergio Pérez pode apostar numa estratégia de paragem única ou tirar partido dos primeiros Safety Car para subir na classificação.

Em caso de Safety Car ou Virtual Safety Car, os pilotos que parem podem “poupar” cerca de 7 segundos comparativamente a um pitstop realizado em condições de bandeira verde.

Foto: Philippe Nanchino/ MPSA

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