GP México F1, Max Verstappen: “e outra época incrível, o carro tem sido fantástico de conduzir”

Apesar de partir atrás dos dois Ferrari, ninguém, por um segundo que fosse, duvidou que seria Max Verstappen a vencer pela 16ª vez esta época, embora a luta que Charles Leclerc e depois Lewis Hamilton deram não tenha sido de descurar. Seja como for, desta feita e ao contrário de Austin, a questão da liderança estava ‘resolvida’ na primeira curva, embora o resto da corrida não tenha sido tão fácil quanto muitas outras que ficaram para trás.

Ainda por cima, eventuais problemas que pudesse ter com os pneus, terminaram com a bandeira vermelha, pois a verdade é que a primeira paragem, muito cedo, poderia criar alguns problemas ao neerlandês para o fim da corrida: “acho que aquela largada facilitou um pouco as coisas para mim no primeiro stint. Além disso, como ia fazer duas paragens, isso deu-me aqueles segundos extra que ficariam muito bem no gráfico, se o tivéssemos feito. Portanto, sim, os pneus aqui são sempre muito difíceis de gerir, mas acho que tínhamos um ritmo bastante bom. E depois optámos por ir às boxes um pouco mais cedo e penso que também no pneu duro fomos bastante competitivos.

Por isso penso que teria sido bastante interessante no final, ver quão mais rápido poderia ter sido com um novo conjunto de pneus duros. Sim, acho que a estratégia estava a ser ótima. Mas depois, claro, tivemos a bandeira vermelha. Por isso, basicamente, tudo o que fizemos, podíamos deitar para o lixo e começar de novo. Mas, mais uma vez, era tudo uma questão de ter um bom arranque e tentar manter a liderança na Curva 1, o que fizemos. Depois disso, foi só gerir o ritmo até ao fim para manter os pneus vivos, cuidar do carro, dos travões, de tudo”, começou por explicar Verstappen destacou o facto dos seus adversários terem estado bem na primeira curva: “não é a primeira vez que entro aqui na Curva 1 com dois ou três carros lado a lado, mas todos nós confiamos uns nos outros. E, claro, estamos todos no limite, a travar na curva, mas acho que correu tudo bem. Depois, sim, claro, vi do meu lado de fora que tinha acontecido alguma coisa. Mas, felizmente, por dentro, conseguimos manter-nos afastados dos problemas”, disse.

Com mais um triunfo, mais um recorde, a 16ª vitória da época: “tem sido outra época incrível, o carro tem sido fantástico de conduzir na maioria dos circuitos e quando, como equipa, trabalhamos muito bem em conjunto e tentamos não cometer muitos erros ao longo de toda a época, podemos conseguir algo assim. É claro que estou muito orgulhoso deste feito, porque acho que depois do ano passado, quando ganhei o 15º, pensei: “Bem, se alguma vez conseguir repetir algo assim, ficarei muito feliz” e agora estamos aqui com o 16º. Por isso, sim, estou muito contente com o desempenho de todos na equipa, durante todo o ano, por não ter cometido muitos erros”, disse, falando depois da mensagem rádio em que disse que o carro não estava “amoroso” naquela zona: “foi só um lancil. Tentei também cortar o lancil como as pessoas à minha volta estavam a fazer, mas às vezes parecia um ‘autocolante’. Tentei, apenas tentei linhas diferentes. O Giampiero (Lambiase) é o meu engenheiro de corrida, mas acho que, a certa altura, ele estava a tentar ser o piloto. Às vezes temos essa discussão, às vezes eu sou o engenheiro de corrida e depois ele é o piloto. Apenas trocamos de papéis, de vez em quando…”