GP Japão F1: tudo em aberto, até a meteorologia, corrida é às 6h00 da manhã…

Max Verstappen assegurou uma pole que não conseguia há muito, mas tendo em conta o que os McLaren têm vindo a fazer, o neerlandês tem pela frente – ou melhor por trás – muito trabalho para suster os seus adversários.

Max Verstappen assegurou mais uma pole position com uma volta de qualificação soberba, superando os dois McLaren de Lando Norris e Oscar Piastri por margens mínimas — apenas 0,012s separaram o neerlandês de Norris, e 0,044s de Piastri. Apesar das expectativas que colocavam a McLaren como favorita, foi Verstappen quem brilhou no momento decisivo. Ainda assim, a equipa de Woking parte numa posição estratégica forte, com os seus dois carros logo atrás do Red Bull, o que poderá permitir táticas divididas para pressionar Verstappen logo desde o arranque.

Imagine-se o cenário: basta rodarem ambos atrás do homem da Red Bull, esperar que este tenha que ir às boxes primeiro, e com pista livre tentarem abrir uma margem que lhes permita regressar na sua frente. Com, outros, ou os dois…

Em teoria, parece bem, mas a prática é que interessa…

Na luta pelos lugares cimeiros, George Russell parte da quinta posição com ambições claras de conquistar o seu terceiro pódio consecutivo. À sua frente está Charles Leclerc, e a batalha entre os dois promete ser também intensa, especialmente se surgir a oportunidade de desafiar Verstappen. A Mercedes tem mostrado consistência e bom ritmo nas últimas corridas, e este duelo poderá ser decisivo para aproveitar qualquer falha dos líderes.

Outro destaque da grelha é Isack Hadjar, que se qualificou em sétimo e está bem posicionado para conquistar os seus primeiros pontos na Fórmula 1. Depois de uma corrida anterior sem resultados entre os dez primeiros, a Racing Bulls tem agora motivos para acreditar, embora Hadjar tenha ao seu lado um adversário experiente como Lewis Hamilton, o que certamente aumentará imenso o grau de dificuldade.

Mais atrás, Yuki Tsunoda e Liam Lawson enfrentam desafios adicionais. Ambos estão a adaptar-se a novas equipas e, apesar de sinais positivos nos treinos, não conseguiram um resultado forte na qualificação — Tsunoda ficou-se pelo 15.º lugar. A missão de alcançar a zona de pontos será difícil, mas não impossível, sobretudo numa corrida que promete ser imprevisível.

E é precisamente a meteorologia que poderá baralhar as contas. A previsão aponta para possibilidade de chuva, o que pode alterar estratégias, afetar desempenhos e transformar completamente o rumo da prova. As equipas estarão de olho no céu, prontas para reagir a qualquer mudança, num cenário que poderá trazer surpresas e oferecer oportunidades inesperadas.