GP Japão F1: Só meio dia de trabalho em pista deixou muito para fazer amanhã
Apenas uma das duas sessões de treinos livres do primeiro dia do Grande Prémio do Japão teve alguma utilidade significativa para todas as equipas, uma vez que a segunda hora foi afetada por chuva intermitente, com a superfície da pista demasiado seca para os pneus intermédios e, nos minutos finais, não suficientemente seca para os treze pilotos que passaram pela pista retirarem todo o desempenhos dos pneus slicks. No entanto, quem saiu da box pôde, pelo menos, realizar um treino de arranque de corrida com baixa aderência.
O primeiro dia do Grande Prémio do Japão, realizado pela primeira vez no mês de abril, foi marcado pelo frio e pela chuva. A temperatura do ar nas duas sessões nunca ultrapassou os 20 °C, segundo os dados da Fórmula 1, enquanto a pista desceu para 17°C no final do segundo treino livre, com pouca ação em pista.
No entanto, os tempos da primeira hora foram representativos, com Max Verstappen a fazer a volta mais rápida em 1:30.056s, à frente do companheiro de equipa Sergio Pérez (1:30.237s) e do Ferrari de Carlos Sainz (1:30.269s). No entanto, a sessão da manhã também não foi fácil, já que houve uma interrupção de 11 minutos depois de Logan Sargeant ter batido com o Williams. Não que tivesse acabado por fazer muita diferença, mas os “danos significativos” – como disse James Vowles – sofridos no FW46, obrigaram o norte-americano a ficar de fora do segundo treino.
Todos os três compostos trazidos pela Pirelli foram usados no treino de abertura da prova nipónica. Cinco pilotos (Verstappen, Pérez, Charles Leclerc, Carlos Sainz e Kevin Magnussen) usaram um conjunto de pneus duros e outro de macios, enquanto dois (Valtteri Bottas e Zhou Guanyu) usaram dois conjuntos de médios e os outros 13 pilotos um conjunto de macios e apenas um de médios.
Apenas 13 pilotos saíram para a pista na segunda sessão, completando 71 voltas entre eles: seis deles (Hamilton, Leclerc, Sainz, Lando Norris, Esteban Ocon e Nico Hülkenberg) rodaram apenas com pneus para piso seco – todos à exceção de Hamilton rodaram apenas com os macios, enquanto o britânico foi para a pista com um jogo de médios -, os outros sete (Oscar Piastri, Alexander Albon, Daniel Ricciardo, Yuki Tsunoda, Bottas, Zhou e Magnussen) usaram intermédios.
Dado que existe a probabilidade de mais chuva durante este fim de semana em Suzuka, pode presumir-se que as equipas optaram por minimizar a utilização de pneus de chuva no primeiro dia, porque o Regulamento Desportivo de 2024 inclui uma alteração à atribuição e gestão dos pneus para piso molhado, tendo cada piloto disponível cinco jogos de pneus intermédios e dois jogos de chuva, mas sem a possibilidade de os trocar por novos na sexta-feira à noite.
Como a primeira sessão foi interrompida quando o Williams de Logan Sargeant se despistou na curva 7, provocando bandeiras vermelhas, e as condições da pista no segundo treino, todas as equipas devem cumprir um programa intenso no TL3 amanhã, antes da qualificação. Parece evidente que as equipas não puderam trabalhar como previam no regime de corrida, nem validar as alterações relativas a uma volta rápida, com base nos dados adquiridos durante a sessão inaugural, pelo que a preparação para a qualificação e para a corrida terá agora de ser feita na terceira e última hora de treinos livres, que começa amanhã às 3h30, antes da qualificação às 7 horas, em Portugal continental.