GP Japão F1: Hamilton vence e tem campeonato na ‘mão’

Lewis Hamilton venceu o Grande Prémio do Japão com alguma facilidade – a 61ª vitória da sua carreira na F1 – apesar de um forcing final de Max Verstappen, controlando sempre a margem para o Red Bull do holandês, que na fase final da corrida se aproximou, mas já não teve tempo para mais. Verstappen chegou ao segundo lugar depois duma bela ultrapassagem no arranque da corrida ao seu colega de equipa, fruto da sua já habitual agressividade em pista…

O facto de Sebastian Vettel ter tido problemas ainda na pré-grelha, vindo depois a abandonar nas primeiras voltas da corrida, deixaram o inglês bem mais relaxado, e apesar da tentativa pressão da Red Bull, Hamilton nunca deu grandes hipóteses de reação, últimas duas voltas à parte, conseguindo uma margem que foi crescendo a pouco e pouco, podendo dessa forma poupar pneus quando mais jeito lhe dava, nunca vendo a sua estratégia ‘contestada’. Um triunfo fácil – com frisson final – do piloto inglês, que aliado ao abandono de Vettel o coloca com 59 pontos de diferença, a quatro corridas do fim do campeonato.

Neste contexto, o piloto inglês está perfeitamente alinhado para conseguir o seu quarto título, e daqui para a frente nem sequer precisa de vencer, bastando-lhe ir controlando os resultados. A completar o pódio ficou Daniel Ricciardo, oito segundos atrás do seu colega de equipa. Valtteri Bottas foi quarto na frente de Kimi Raikkonen, que recuperou depois de ter caído para 15º na primeira volta, depois de ter sido ’empurrado’ por Hulkenberg na curva ‘Spoon’.

Acabou por ser uma corrida bem mais descansada do que o esperado para a Mercedes. Primeiro pelo facto de Vettel ter abandonado, e depois quando se percebeu que em Suzuka os Red Bull não conseguiram estar ao nível do Mercedes de Hamilton, que controlou a corrida facilmente, tendo só alguma pressão de Verstappen nas duas últimas voltas, devido a já ter pneus muito desgastados, notou-se alguma dificuldade, mas nunca sequer teve que arriscar muito, pois Verstappen também nunca esteve verdadeiramente em posição do ultrapassar. Curiosamente, foi o próprio Bottas, que se manteve mais tempo em pista que atrasou um pouco Hamilton e permitiu que Verstappen se chegasse um pouco mais ao piloto inglês. já perto do final da corrida este apanhou Alonso pela frente, e Verstappen chegou a estar a 0.8s, quando faltava apenas uma volta…

Corrida morna

A corrida não foi muito intensa na frente e logo após a partida, nas duas primeiras voltas, Max Verstappen ainda andou por perto, mas depressa o inglês se distanciou e cedo se percebeu que dificilmente o Mercedes de Hamilton seria contestado, o que aconteceu, pois só mesmo na parte final Verstappen se aproximou, mas sempre controlado por Hamilton.

O Safety Car entrou cedo em pista, devido ao despiste de Carlos Sainz, Vettel abandonou, depois foi a vez de Marcus Ericsson sair de pista. Pouco depois, Ocon perdeu posições para Ricciardo e Bottas enquanto um pouco mais atrás, Raikkonen recuperava posições. Hamilton construiu uma margem de cinco segundos, parou na volta 23 e continuou na frente depois de todas as trocas. A margem de Hamilton para Verstappen estabilizou em 2.5s, Ricciardo era um solitário terceiro classificado, e assim ficou até ao fim.

Bom sexto lugar de Esteban Ocon (chegou a rodar muito tempo em terceiro), que voltou a bater Sergio Pérez, que foi sétimo. A fechar o top 10 ficaram os dois Haas de Kevin Magnussen e Romain Grosjean, algo muito pouco habitual, que só aconteceu no Mónaco. Em décimo ficou Felipe Massa, precisamente depois de um ataque ‘musculado’ de Magnussen, que Grosjean aproveitou. É nestas situações que se percebe que a combatividade do brasileiro já não é a mesma. Fernando Alonso colocou o McLaren-Honda à beira do top 10, na frente do Renault de Jolyon Palmer e do Toro Rosso de Pierre Gasly.

Stoffel Vandoorne foi 14º depois de cair para último na primeira volta. Pascal Wehrlein foi o único Sauber a terminar, em 15º, Lance Stroll desistiu perto do fim quando algo se partiu no Williams, livrando-se de um forte acidente.

Agora, com 100 pontos pela frente, correspondentes a quatro corridas, Hamilton tem 59 pontos de avanço para Vettel, e a questão já é mais quando Hamilton vai confirmar o título e se Bottas, que está apenas 13 pontos atrás de Vettel, aguenta o segundo lugar. Com ‘esta’ fiabilidade é difícil…

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