GP Itália F1: ‘Machado de guerra enterrado’ na Force India?

Quis a ironia do destinou (ou não) que os dois pilotos da Force India fossem escalonados para a conferência de imprensa de antevisão do Grande Prémio de Itália, embora sentados separados apenas pelo líder do campeonato, Sebastian Vettel. À ‘baila’ veio naturalmente o incidente de Esteban Ocon e Sergio Perez na Bélgica. Algo a que ambos não se furtaram.

Perez quis deixar claro que os momentos de tensão são coisa do passado, explicando o que se passou em Spa: “Estávamos muito próximos na corrida. Houve alguns incidentes nas últimas corridas. Tivemos uma longa conversa cara a cara esta manhã. Cada um na equipa tem a sua própria opinião mas o mais importante é que possamos avançar. Não nos podemos permitir a perder pontos. Estou certo que isto não vai acontecer mais”. O mesmo discurso teve Ocon, que nas redes sociais já tinha dado ideia de que estava mais calmo: “Lutamos pelas últimas décimas, na qualificação como na corrida. É sempre muito equilibrado entre nós. O passado pertence ao passado. Não vamos mudá-lo, por isso é melhor olhar para o que aí vem. Falamos do assunto esta manhã e é tempo de esquecer isso tudo e trabalhar para a equipa e de nos comportarmos como profissionais”.

Este discurso, que parece resultar de uma forte pressão da equipa Force India, é ‘politicamente correto’. Mas Vettel foi instado a fazer uma comparação do incidente com os tempos em que corrida pela Red Bull e tinha Mark Webber como companheiro de equipa, tendo inclusivamente tido um acidente entre ambos em 2010: “Penso que há um ponto de não retorno. Na pista há momentos que não correm como queremos. É ainda muito intenso com o nosso companheiro de equipa. Queremos ficar à frente dele. Depois a equipa não quer saber disso, pois quer os dois carros à chegada. Acho que quando estas coisas acontecem não há muito a fazer. Hoje em dia, por exemplo, dou-me bem com Mark. Falamos às vezes do passado e rimo-nos disso”.