GP Hungria: “Maior falha informática da histórica” afeta também equipas de F1

Uma falha informática global está a afetar vários setores, incluindo banca, companhias aéreas, meios de comunicação social e a F1.

Segundo o Expresso, a causa ainda é desconhecida, mas muitos setores associam o problema aos sistemas da Microsoft que utilizam a plataforma de cibersegurança Crowdstrike. Em Portugal, há falhas nos serviços de telecomunicações da Vodafone, Meo e NOS, e nos serviços Microsoft365, Teams e Azure. O banco Santander Portugal também foi afetado.

O problema está relacionado com um antivírus da Crowdstrike, que está a bloquear os computadores. A empresa, segundo a Sic Notícias, terá encontrado o problema numa atualização para o Windows, com servidores Mac e Linux fora de perigo. A Microsoft está a adotar medidas de mitigação para restaurar os seus serviços.

Há mais serviços a serem afetados. Na Austrália, voos foram suspensos e há falhas nas telecomunicações e terminais de multibanco. A Ryanair está com problemas e companhias com a United Airlines e a Turkish Airlines pararam as suas operações. Há canais de TV que deixaram de transmitir, como a Sky News e a ABC. Em Berlim, o tráfego aéreo foi interrompido até às 8h, e em Espanha, vários aeroportos também foram afetados. Nos EUA, os serviços de emergência estão fora de serviço em alguns estados. Há quem já lhe chame a “maior falha informática da histórica.”

A Mercedes, que tem como parceira a Crowdstrike, também está a ser afetada. Segundo a Racefans.net, um porta-voz da Mercedes confirmou que estão a reparar manualmente cada computador e que esperam operações normais durante os treinos a partir das 13h30, hora local. O problema também afeta os clientes de motores da Mercedes, McLaren, Aston Martin e Williams.

As equipas de F1 dependem fortemente dos seus sistemas informáticos para as operações dos carros e para a partilha de dados. A transferência de dados do carro para a garagem e da garagem para a sede é fundamental para o trabalho das equipas. Sem sistemas informáticos, as equipas não conseguem trabalhar.

Foto: Philippe Nanchino/ MPSA