GP HUNGRIA F1: TERÁ A CHUVA OFERECIDO A VITÓRIA À MERCEDES?
Contas feitas às três sessões de treinos livres, a melhor possibilidade de vitória para a Mercedes era a… chuva! Não sei se alguém fez a dança da chuva, ou se as preces de alguns dos responsáveis da equipa germânica foram escutadas perto do divino, mas a verdade é que os céus sobre o Hungaroring abriram as comportas e desabou um pequeno dilúvio que deixou alguns nomes importantes de fora.
E a verdade é que Lewis Hamilton não se fez rogado e com o talento que Deus lhe deu e um Mercedes sem problemas com a temperatura dos pneus, conseguiu bater tudo e todos cumprindo uma volta com a pista em alguns locais molhada, noutros encharcada, em 1m35,658s. Mas ainda mais importante que a “pole position” de Hamilton, foi o segundo lugar de Valteri Bottas que, desta forma, pode assegurar que o quatro vezes campeão do Mundo possa ser o 21º piloto em 33 corridas a ganhar saindo da primeira fila da grelha de partida. O finlandês bateu o seu compatriota da Ferrari que, por sua vez, ficou na frente de um anormalmente calmo Vettel. Depois do erro na Alemanha, o piloto da Scuderia tem tentado mostrar forte mentalidade e depois de chegar à última prova antes da pausa de verão a 17 pontos de Hamilton, viu-se batido de forma inapelável, pelos dois McLaren e pelo SF71H de Raikkonen.
Em declarações aos jornalistas presentes no final da qualificação, Vettel lembrou que “naturalmente desejava ficar na frente, mas nestas condições tudo pode acontecer e saiu.me o quarto lugar. Temos de ver o que podemos fazer amanhã e penso que com uma boa largada e uma boa estratégia, é possível algo mais.”
Deitando mão à estatística da Fórmula 1 e, particularmente, do Grande Prémio da Hungria, apenas por três vezes alguém saiu do quarto lugar e ganhou em Budapeste, pelo que a deusa da sorte terá de beijar o alemão para que ele possa levantar o troféu de vencedor. Embora como as coisas estão neste momento da Fórmula 1… tudo possa ser possível!
Mas ainda maior surpresa que a primeira linha da Mercedes, é a derrota brutal da RedBull. Clara favorita à chegada ao Hungaroring, viu esse favoritismo esbater-se devido á performance dos Ferrari e deverá ter baixado os braços quando percebeu que de força principal na luta pela “pole position” e pela vitória, caiu para a terceira força. E nem o motor Spec B da Renault, no carro de Verstappen, permitiu veleidades face aos modos mais potentes dos Ferrari e Mercedes.
A equipa de Milton Keynes viu a serenidade arrastada pela chuva e no meio da qualificação, o desnorte era evidente. Daniel Ricciardo esteve quase a ficar na Q1 devido a ter usado pneus macios e na Q2 ficou mesmo de fora. A RedBull não acreditou nos pneus intermédios com que Vettel foi para a pista – aqui a culpa foi de todos pois ninguém acreditou, nem mesmo Raikkonen! – e quando lançou o australiano para a pista, esta estava tão mal que Ricciardo ficou-se pela segunda ronda de qualificação.
A pista, nessa altura, estava tão má que tivemos direito a mais um episódio de amor-ódio entre Alonso e a McLaren. Quando o seu engenheiro lhe perguntou se “será melhor fazer o tempo com pneus intermédios ou de chuva intensa”, o espanhol retorquiu “acho que devemos para a garagem! Até podes escolher uns pneus de chuva intensa, mas com a pista está vamos andar 25 segundos mais lento. Nem com um foguetão chegamos à Q3!” Momento hilariante da qualificação que determinou, também, uma excelente prestação do Renault de Carlos Sainz, no quinto lugar, e dos Toro Rosso com Pierre Gasly em sexto e, depois, encontramos o primeiro RedBull, o de Max Verstappen. Apenas sétimo com Ricciardo a sair do 12º lugar. Uma profunda desilusão para a RedBull, batida pela Toro Rosso. O top 10 foi fechado pelos dois Haas-Ferari de Magnussen e Grosjean.
Mais atrapalhada esteve a Force India, mas isso acabou por ser uma situação normal, pois como Robert Fernley, responsável desportivo da equipa que esteve nas bocas de toda a gente na Hungria, “esta pista não serve o nosso carro que tem uma distância entre eixos muito longa.” Também a Sauber esteve uns furos abaixo, mas acreditam na equipa suiça que a corrida será outra conversa.
Corrida de amanhã que será disputada com calor e sem chuva, pelo que as premissas que estavam em cima da mesa antes da qualificação perturbada pela chuva, se mantêm. Ou seja, a Ferrari está mais à vontade que a Mercedes e em pé de igualdade com a RedBull. Porém, o demónio está nos pormenores, e depois da qualificação, quem está na frente é a Mercedes e quem largou da primeira fila da grelha ganhou em 20 das 32 corridas disputadas no Hungaroring e quem largou de quarto só ganhou em três ocasiões. Estão lançados os dados para mais uma corrida, acreditamos, muito interessante como foram as anteriores onze provas já disputadas.
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