GP Grã-Bretanha F1, Lewis Hamilton até de pneu furado ganha
Como se esperava, os Mercedes dominaram (quase) por completo a corrida, e Lewis Hamilton (Mercedes F1 W11) só não venceu facilmente porque a roda esquerda dianteira do monolugar do inglês furou na última volta e Hamilton passou a meta com o pneu dianteiro esquerdo furado, muito devagar e com Max Verstappen (Red Bull RB16/Honda) a aproximar-se a grande velocidade.
Depois duma corrida morna, fruto do domínio total dos Mercedes, um furo numa das rodas do Mercedes W11 de Valtteri Bottas, a duas voltas do fim levou-o a perder imenso tempo, ir às boxes e a cair para 12º, a Red Bull percebeu que era melhor não arriscar e mandou o holandês às boxes para colocar pneus novos, mas isso acabou (provavelmente) por se revelar um erro, já que também o outro Mercedes, o de Hamilton furou uam das rodas, e se não tivesse ido às boxes, Max Verstappen tinha ganho esta corrida. Ou furado, também…
Antes disso, Max Verstappen fez, provavelmente das corridas mais solitárias da sua carreira. Só até aos dois Safety-Car que entraram em pista, devido aos acidentes de Kevin Magnussen e Daniil Kvyat, o holandês teve alguma luta, mas desde que se desenvencilhou de Charles Leclerc, na fase inicial da corrida, não mais teve adversários. E por pouco ganhava, portanto, emoção, só no fim.
Valtteri Bottas acabou por terminar fora dos pontos, em 11º, Max Verstappen foi novamente segundo classificado e terminou a 5.8s de Hamilton. Antes, Bottas fez várias tentativas quando rodava atrás de Hamilton, mas nunca conseguiu chegar-se muito ao seu colega de equipa, que teve sempre na manga mais ritmo para controlar a corrida. Assim sendo, terceira vitória do ano para Hamilton e a quarta vitória em quatro corridas para a Mercedes.
Também Carlos Sainz furou uma roda perto do fim da corrida, Hamilton, Bottas, como já percebemos também, pelo que a Pirelli terá provavelmente rever a ideia de trazer pneus ainda mais macios para a segunda corrida de Silverstone, dentro de oito dias. Fazer esta corrida com pneus ainda mais macios é bem capaz de ser um risco, mas vamos aguardar primeiro para saber as razões dos furos.
Quem também ganhou com isto tudo foi Charles Leclerc (Ferrari SF1000), que terminou em terceiro, depois de ter sido um solitário quarto classificado durante grande parte da corrida. Sem andamento para lutar com Verstappen, o monegasco passou a maior parte da corrida sozinho no quarto lugar, sendo que a melhor luta da corrida se desenrolou entre o quinto e o nono lugar. O piloto da Ferrari conseguiu fugir deste grupo, que foi ‘ganho’ por Daniel Ricciardo (Renault R.S.20), depois duma fabulosa luta durante dezenas de voltas, que envolveu
Lando Norris (McLaren MCL35/Renault), Esteban Ocon (Renault R.S.20), Carlos Sainz (McLaren MCL35/Renault) e Lance Stroll (Racing Point RP20/Mercedes).
O inglês da McLaren voltou a terminar em quinto, mas desta feita perdeu a luta com Ricciardo, que fez uma corrida muito inteligente. Por pouco mais de um segundo ia ao pódio, pois chegou-se muito a Leclerc nos metros finais, pois o piloto da Ferrari foi avisado pela sua boxe dos furos.
Grande corrida de Esteban Ocon (Renault R.S.20), que fez aqui o seu melhor resultado do ano, depois de ter sido oitavo na Áustria. Esteve sempre na luta entre o quinto e o nono lugares, mas não descansou enquanto passou Lance Stroll (Racing Point RP20/Mercedes), o tal piloto que o fez ficar um ano sem correr na F1 e que foi ocupar o seu lugar na Force India. Por acaso sabemos que são bons amigos, mas essa ultrapassagem deve ter sabido bem ao francês.
Outra grande corrida fez Pierre Gasly (AlphaTauri AT01/Honda), que nas voltas finais ainda foi a tempo de passar Lance Stroll, que fez uma corrida da frente para trás. Deu luta, mas foi caindo posições, terminando em nono, porque ainda ganhou duas posições perto do fim quando Bottas e Sainz furaram. O candiano perdeu nono lugar para Gasly na volta 49, recuperou-o pelos motivos que já explicámos, tendo também sido ultrapassado por Alexander Albon (Red Bull RB16/Honda), que andou bem, mas teve um resultado pobre para quem tem um Red Bull nas mãos, oitavo. Sebastian Vettel (Ferrari SF1000) fechou o top 10.
Destaque ainda para Romain Grosjean (Haas VF-20/Ferrari) que não foi às boxes aquando do segundo Safety Car, mantendo-se em pista, subindo com isso até ao quinto lugar onde andou muito tempo. Deu boa luta, mais do que se esperava, mas quando ‘perdeu’ os pneus, perdeu posições de ‘enfiada’. Terminou em 16º, até porque teve ainda que cumprir uma penalização devido a mover-se em travagem, levando, mais do que uma vez longe demais as suas lutas em pista.
Valtteri Bottas foi 11º na frente de George Russell (Williams FW43/Mercedes) que assegurou o segundo melhor resultado do ano para a Williams. Com o furo na última volta, Carlos Sainz (McLaren MCL35/Renault) ainda caiu para 13º, com Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo C39/Ferrari), Nicholas Latifi (Williams FW43/Mercedes) e Grosjean a terminarem atrás de si. Kimi Räikkönen (Alfa Romeo C39/Ferrari) terminou a uma volta depois de danificar a asa dianteira do seu monolugar já muito perto do fim da corrida. Nico Hulkenberg, afinal, nem sequer correu. Problemas mecânicos com o Racing Point RP20/Mercedes nem sequer permitiram que partisse do pitlane.
Filme da corrida
Nico Hülkenberg nem sequer arrancou para o GP! Os mecânicos da Racing Point detetaram algo no RP20, mas não conseguiram resolver a tempo do alemão iniciar a quarta ronda do campeonato de Fórmula 1 de 2020.
quando a corrida começou, depressa entrou o Safety-Car em pista. Kevin Magnussen ficou fora do GP Grã-Bretanha depois de um toque com Alex Albon, o Haas do dinamarquês perdeu uma roda e ficou preso na gravilha, trazendo o Safety-Car à pista. Na volta 4 de 52 com o Safety Car em pista devido ao acidente de Magnussen com Albon; Hamilton segurava-se na primeira posição na frente de Bottas, Verstappen repassou Leclerc depois de perder o terceiro lugar por momentos; Sainz e Ricciardo eram quinto e sexto.
Pouco depois, Daniil Kvyat bateu forte com o AlphaTauri. O piloto, que teve um bom arranque estava já na 13º posição, mas não conseguiu controlar o AT01 e bateu forte no muro. Kvyat está bem e disse, via rádio, à equipa, que lamentava “muito”. A partir do recomeço, após o Safety-Car provocado por Kevin Magnussen, pode ter havido um furo no pneu traseiro esquerdo antes da curva em que o russo bateu.
Após as primeira 15 voltas do Grande Prémio da Grã-Bretanha, grande arranque por parte de Lewis Hamilton. O britânico colocou-se logo na dianteira, seguido de Valtteri Bottas e Max Verstappen. Alex Albon teve de ir às boxes, consequências do toque com Magnussen, ficando no fim do pelotão. Carlos Sainz e Daniel Ricciardo também tiveram um bom arranque, conseguindo ganhar duas posições cada um, com Lando Norris e Lance Stroll a serem os prejudicados, ao perderam essas posições.
Mais atrás, Daniil Kvyat que arrancou do fim já conseguiu recuperar algumas posições. Estava na 13º quando teve um acidente forte, que colocou novamente o Safety-Car em pista.
Com o Safety-Car em pista, a Mercedes levou Hamilton e Bottas às boxes ao mesmo tempo, enquanto a Red Bull fez o mesmo a Max Verstappen. Os três mantinham nesta altura a sua ordem, de um-dois-três, na frente da corrida.
Com o Safety-Car em pista pela segunda vez, Romain Grosjean era o único piloto que ainda não tinha ido às boxes. O Haas estava nos cinco primeiros a meio de uma corrida e procurava, através desta estratégia, chegar mais à frente, tal como já sucedeu na Hungria.
Carlos Sainz era sexto pois quando o espanhol foi às boxes, Grosjean passou. Charles Leclerc continuava na quarta posição.
Cerca da volta 30, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas continuam a batalhar na frente da corrida. A dupla da Mercedes estava separada por cerca de um segundo. Bottas acabava nesta altura de definir uma nova volta mais rápida corrida, mas nunca conseguiu aproximar-se de Hamilton. Mais atrás, seguia Max Verstappen em terceiro a mais de 7s, com Leclerc em quarto, a mais de 12s. Na luta pela quinta posição, Carlos Sainz e Lando Norris já tinham conseguido ultrapassar Romain Grosjean. O francês, aquando do segundo Safety-car, não parou, beneficiando assim em várias posições. Pouco depois o francês recebeu a bandeira branca e preta, um aviso por comportamento incorreto numa situação com Carlos Sainz.
Atrás de Grosjean, grande batalha entre Daniel Ricciardo, Lance Stroll e Esteban Ocon também, com os pilotos a rodarem muito próximo. Lance Stroll defendeu-se muito agressivamente para se manter à frente de Ocon, mas esperava-se que o canadiano estivesse a lutar com Leclerc e com quem vai à frente do monegasco e não tão atrás.
Sebastian Vettel estava fora do top 10, tendo perdido a posição para Esteban Ocon na 18º volta deste Grande Prémio. O alemão estava mesmo no ‘comboio’ de carros que se formou atrás de Grosjean. Cinco segundos cobriam Grosjean, em sétimo, até Alex Albon, em 14º. Albon recebeu uma penalização de cinco segundos, devido ao acidente que tirou Kevin Magnussen da corrida.
O resto do filme, explicamos logo no início deste texto…