GP Espanha F1: Pneus duros não deram “vantagem decisiva” em termos de degradação

Por a 24 Junho 2024 15:16

A Pirelli reconheceu que o composto mais duro disponível para o GP de Espanha não ofereceu vantagem, em termos de degradação, relativamente aos pneus médios.

Na 61.ª vitória de Max Verstappen, a quarta nesta pista, onde há oito anos obteve a sua primeira vitória na Fórmula 1, e a vitória número 120 para a Red Bull, não se registaram desistências, com 11 dos 20 pilotos a completarem a distância total da corrida espanhola, enquanto nove foram dobrados.

Todos os 19 pilotos na grelha de partida começaram com os pneus macios C3, que foi o composto duro na Emilia-Romagna, Mónaco e Canadá, além de ter sido o médio na prova chinesa e em Miami, por exemplo. Por seu turno, Alexander Albon, que teve de começar a partir da via das boxes, optou pelo composto C2, o pneu médio na Catalunha. 

As paragens nas boxes começaram logo na volta 9 com Yuki Tsunoda, mas os pilotos que rodavam na primeira metade da classificação esperaram até à volta 15 – Carlos Sainz e George Russell – para trocarem para médios, com Lando Norris e Charles Leclerc a prolongarem os seus ‘stints’ o máximo possível, até à volta 23 no caso do primeiro e 24 no caso do segundo. Para o terceiro ‘stint’, os pneus duros também entraram em ação, sendo utilizados pela maioria dos pilotos. No entanto, entre os líderes, os pneus macios, escolhidos por Max Verstappen, Lewis Hamilton, Leclerc e pela dupla da McLaren, prevaleceram na parte final da corrida. Apenas Sainz e Russell optaram pelos duros.

Apenas dois pilotos, Sergio Pérez e Yuki Tsunoda, fizeram três paragens, enquanto 12 usaram todos os três compostos disponíveis.

Valtteri Bottas completou o ‘stint’ mais longo da corrida, realizando 37 voltas com os duros, enquanto Zhou Guanyu  liderou a lista de voltas realizadas com os pneus médios (32 voltas) e Leclerc com os macios (24).

Além de considerar ter sido “uma corrida muito intensa e por vezes espetacular”, Mario Isola, diretor da Pirelli Motorsport, aponta para uma “corrida entre os líderes, como um jogo de xadrez entre as quatro equipas que preencheram os oito primeiros lugares, com movimentos e escolhas estratégicas e, claro, ao nível da gestão de pneus.”

Isola destacou que, do lado da Pirelli “foi realmente uma corrida muito linear. Todos os três compostos registaram um bom desempenho, tanto em termos de desgaste como de degradação, apesar das temperaturas terem sido significativamente mais altas do que as previstas ontem [sábado]. O mesmo pode ser dito das estratégias, no que diz respeito ao uso dos pneus e às janelas de paragem nas boxes. Os pneus macios e médios ofereceram o melhor desempenho.”

O italiano explicou ainda que “apesar das temperaturas mais altas, os pneus duros tiveram um pouco de dificuldade em termos de desempenho geral, não oferecendo uma vantagem decisiva no que à degradação diz respeito”.

Foto: Philippe Nanchino/ MPSA

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