GP do Bahrein F1: Antevisão da prova

Por a 8 Abril 2025 12:15

A segunda prova desta primeira sequência de três corridas em fins de semana consecutivos tem como palco o Bahrein, com o Grande Circo a regressar à pista onde foram feitos os testes de inverno, uma semana depois da vitória de Max Verstappen no Japão.

O Circuito Internacional do Bahrein, localizado em Sakhir, oferece vários traçados de pista. O traçado utilizado atualmente mede 5,412 quilómetros e inclui 15 curvas – nove para a direita e seis para a esquerda. Este circuito é conhecido por ser especialmente duro para os pneus devido às zonas de travagem pesadas e às elevadas exigências de tração. Embora a superfície seja bastante antiga, o asfalto continua a ser muito abrasivo, proporcionando uma boa aderência. No entanto, o ambiente desértico significa que é frequente a entrada de areia na pista, o que pode reduzir a aderência de forma inesperada.

Que desafios para este fim de semana

O desgaste dos pneus em si não é normalmente a maior preocupação, mas a degradação térmica, especialmente nos pneus traseiros, desempenha um papel crucial no desempenho geral. A gestão da temperatura dos pneus é a chave para o sucesso neste domínio. Existem oportunidades de ultrapassagem, sobretudo nas curvas 1, 4 e 11, onde uma travagem forte permite aos condutores fazer manobras ousadas.

Há dois tipos principais de degradação dos pneus que as equipas devem ter em conta. O primeiro é o sobreaquecimento da superfície, que acontece quando o pneu desliza demasiado na pista (graining). Isto aumenta a temperatura da superfície e reduz a aderência, mas pode ser revertido se o piloto ajustar o seu estilo ou se o tempo arrefecer. O segundo tipo, a degradação térmica, é mais grave. Ocorre quando as temperaturas internas do pneu sobem tanto que quebram as ligações químicas dentro da banda de rodagem. Uma vez que isto acontece, a aderência do pneu perde-se permanentemente e não pode ser recuperada, tornando-se necessário ir às boxes para um novo conjunto. Estes dois processos de degradação estão interligados e ambos conduzem, em última análise, a uma diminuição do desempenho do pneu. Quando o desempenho desce abaixo de um nível competitivo, considera-se que o pneu atingiu o fim da sua vida útil.

Estatísticas do GP do Bahrein

O Grande Prémio do Bahrein já se realizou vinte vezes desde a sua estreia em 2004, quando Michael Schumacher conquistou a vitória para a Ferrari. Essa corrida marcou a primeira vez que a Fórmula 1 visitou o Médio Oriente. Em 2020, o local acolheu duas corridas em fins-de-semana consecutivos. A primeira utilizou o traçado tradicional, enquanto a segunda – denominada Grande Prémio de Sakhir – utilizou um traçado muito mais curto de 3,534 quilómetros com apenas 11 curvas, proporcionando um tipo diferente de espetáculo de corrida. Em 2010, foi utilizada mais uma variante da pista, com 6,229 quilómetros.

Entre os pilotos, Lewis Hamilton é o mais bem-sucedido no Bahrein, com cinco vitórias, seguido por Fernando Alonso, com três, Max Verstappen, com duas, e Charles Leclerc, com uma. Em termos de pole positions, Hamilton, Vettel e Verstappen têm três cada. Hamilton também lidera em termos de pódios, com um impressionante registo de onze. Quanto às equipas, a Ferrari detém o recorde de mais vitórias neste circuito, com sete, bem como o maior número de pódios, com dezassete. A Mercedes, por outro lado, tem o maior número de pole positions, também com sete.

Compostos para o fim de semana

Na quarta corrida da temporada de Fórmula 1 de 2025, a gestão dos pneus será fortemente influenciada pela temperatura, especialmente no circuito de Sakhir, no Bahrein. Tal como em Suzuka, as equipas utilizarão os compostos mais duros da Pirelli – C1 (duro), C2 (médio) e C3 (macio) – mas devido às caraterísticas únicas da pista e às temperaturas mais elevadas previstas, as equipas necessitarão de uma abordagem diferente da utilizada no Japão.

Felizmente, as equipas têm uma base sólida graças aos testes de pré-época realizados em Sakhir no final de fevereiro, o único teste oficial permitido ao abrigo dos regulamentos de 2025. Ao longo de 24 horas de testes, os pilotos completaram quase 3.900 voltas – mais de 21.000 quilómetros – com o pneu C3 a fazer a maior parte do trabalho. Durante os testes, as condições climatéricas foram invulgarmente frias e ventosas, pelo que o fim de semana de corrida, mais quente, irá colocar novos desafios.

Com base nos dados dos testes, a Pirelli ajustou as pressões mínimas de partida dos pneus: agora 23 psi para os dianteiros e 21 psi para os traseiros. Trata-se de aumentos em comparação com a corrida de 2024 e o teste de fevereiro, com o objetivo de otimizar o desempenho e a segurança em condições mais quentes.

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