GP da Hungria de F1: Estará a Mercedes mesmo de volta?

Por a 31 Julho 2022 10:55

A Mercedes tem sido a equipa com mais altos e baixos em termos de performance esta época, tanto demonstram um ritmo muito mau como, a seguir, voltam aos lugares de pódio.

A Mercedes oscila entre “depressão e a exuberância” durante uma época desafiante com o seu difícil de compreender W13, diz o chefe de equipa da Mercedes,Toto Wolff.

Ontem, a Mercedes colocou o W13 de George Russell no lugar mais alto da qualificação, tendo o jovem piloto britânico arrecadado a sua primeira pole position da carreira.O facto de ter vindo uma semana após o melhor resultado da Mercedes, em Paul Ricard, onde Hamilton e Russell terminaram ambos no pódio faz muitos acreditar que a Mercedes está finalmente de volta ao topo, pronta para ‘lutar’ com RedBull e Ferrari.

Porém, Wolff afirma que nada está a ser tomado como garantido mesmo com uma primeira pole position da temporada: “Não é que não façamos ideia porque é que o carro tem sido rápido. Tínhamos indicações durante a época onde acreditávamos que iria desbloquear o potencial do carro, e não o fez. Por isso, aqui temos outra direção, foi muito rápido no cronómetro”, acrescenta o austríaco.

“Mas eu não quero ter outra falsa expetativa e chegamos à conclusão de que amanhã e em Spa não colheram os benefícios que esperávamos ter. Nesse aspecto, vamos esperar e ver para onde isto vai”, diz Wolff.

O Mercedes está mais próximo da Ferrari e da Red Bull em ritmo de corrida, mas ainda longe de conseguir fazer frente a ambas as equipas.

Russell pode vencer se a Mercedes tiver um bom desempenho de corrida na Hungria, uma vez que as características da pista a tornam tão difícil de ultrapassar.

O que a Mercedes não pode permitir é que o padrão que tem sido de alguma forma constante esta época, com mau desempenho em qualificação e bom em corrida, se inverta.

“É um dos dias em que contra todas as tendências da época em que temos sido realmente maus na qualificação, mas com um bom desempenho no domingo, conseguimos realmente desbloquear algum potencial no carro”, acrescenta Toto Wolff.

“E se conseguirmos provar que o nosso ritmo de corrida não sofreu, então ver-nos-ia de novo numa posição sólida”.

É importante relembrar que a Mercedes teve uma sexta-feira de treinos livres para esquecer, concluindo que o circuito Hungaroring não favorecia as características do seu carro, o que tornou a pole de Russell ainda mais surpreendente. Agora é preciso capitalizar a pole de Russell com um bom resultado na última corrida antes da grande paragem de verão.

Eduardo Moreira

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