GP Canadá F1, Esteban Ocon critica ordens de equipa: “Não fez sentido”
Esteban Ocon terminou o Grande Prémio do Canadá insatisfeito como a Alpine geriu as ordens de equipa, apesar da equipa ter garantido os pontos com ambos os carros.
Ocon, que estava em oitavo lugar, não conseguiu manter a sua posição face a Daniel Ricciardo nas últimas voltas. A Alpine deu instruções ao piloto para deixar passar Pierre Gasly, para que este pudesse tentar apanhar e ultrapassar Ricciardo.
Inicialmente, Ocon ignorou a ordem da equipa, mas acabou por se afastar entre as curvas 7 e 8 na penúltima volta para deixar passar o seu companheiro de equipa. No entanto, Gasly já tinha perdido dois segundos e seguia muito atrás de Ricciardo, tornando improvável a sua recuperação e uma melhor posição para a Alpine.
Ocon disse ter ficado insatisfeito com o desenrolar das últimas voltas e sentiu que Gasly deveria ter devolvido a posição quando ficou claro que não podia passar Ricciardo. Ocon acredita que merecia terminar à frente de Gasly, dadas as circunstâncias.
“Estou feliz pela equipa, por conseguir pontuar com os dois carros, mas a ordem devia ser invertida”, afirmou Ocon no final da prova canadiana. “Recebi as instruções para deixar o Pierre passar […] para apanhar o Daniel, que estava dois segundos e meio à frente e demasiado rápido para nós. Portanto, a decisão não fez sentido, mas fiz a minha parte do trabalho, sendo um jogador de equipa, e sempre respeitei as instruções que me foram dadas.”
Ocon sublinhou que sempre cumpriu as ordens de equipa e “nunca” fez “nada de diferente” na carreira, no entanto, no Canadá, fez a sua “parte do trabalho, não a equipa hoje. E isso é muito triste.”
Questionado sobre se suspeitava que a ordem foi dada porque não estará na equipa em 2025, Ocon realçou que prefere “dar o benefício da dúvida.”
Em comunicado, no final da corrida em Montreal, Bruno Famin esclareceu que “de um modo geral, o resultado da equipa foi positivo, com dupla pontuação, a primeira da época, pelo que a equipa está de parabéns por uma corrida muito bem executada”. O responsável da Alpine acrescentou que “sabíamos que, ao entrar na corrida, seria crucial tomar as decisões certas no momento certo e a equipa teve um bom desempenho operacional hoje, tanto na estratégia como nas paragens nas boxes. Conseguimos garantir três pontos importantes para a equipa e subir uma posição no Campeonato de Construtores.”
Foto: Philippe Nanchino/ MPSA
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Ocon tem razão num ponto: Gasly deveria ter devolvido a posição mas…se Ocon tivesse cedido na hora que recebeu a ordem, será que Gasly não teria atacado Ricciardo? Fica a dúvida.
Concordo totalmente com a sua análise.
O Ocon acabou por pagar o preço do adiamento da troca de posição.
Ele adiou para dificultar o sucesso do Gasly e a Alpine percebeu e quis fazer “justiça”.
Mais uma vez o Ocon a revelar a sua postura.
Ele adiou porque quis que o seu “engenheiro” ( Peckett) lhe confirmasse a restituição da posição. Mas este deu-lhe uma resposta equívoca , “é sobre isso que estou a trabalhar”. Não obstante, o Ocon acabou por deixar o Gasly passar. E no fim, deram-lhe a “facada nas costas” , dando a ordem para manter as posições e com a conversa que começaram a corrida atrás e quase sem esperança de fazer alguma coisa. Basta aceder ao team radio do piloto.