GP Bélgica F1, Romain Grosjean: “Na primeira volta ficamos enjoados, como se fosse uma montanha russa”

Por a 25 Agosto 2017 11:49

Pergunta e resposta com Romain Grosjean…

Spa é considerada uma pista para pilotos. Porquê?

“É uma pista fantástica. Tem curvas de altíssima velocidade e há muitas curvas, de tipos diferentes, algumas de alta velocidade, outras de baixa – no geral, há muita diversidade. Oferece-nos uma boa sensação.”

Spa tem retas e curvas de alta velocidade combinada com uma secção sinuosa, sobretudo entre as curvas 8 e 15. Como se afina o carro para poder enfrentar os diferentes aspectos da pista? É necessário sacrificar uma secção para ganhar vantagem noutras?

“Existem sempre abordagens a Spa diversas. Ou somos rápidos nos sectores 1 e 3, que são os sectores de alta velocidade, ou somos rápidos no segundo, que tem mais curvas. Ambas funcionam bem, portanto, depende da forma como queremos abordar a corrida.”

Podes descrever a sensação de quem está dentro do carro quando passas por Eau Rouge e Radillon? É possível realizar a zona a fundo?

“Na primeira volta que a fazemos depressa, ficamos enjoados, como se estivéssemos numa montanha russa, dado que sobe e desce. Começamos a pensar, será que vou fazer isto na corrida? Mas depois de o fazermos uma vez a fundo, tudo fica bem e passamos a tirar prazer das forças G.”

É importante entrar no Eau Rouge no ar limpo, para assegurar que tens o máximo possível de apoio aerodinâmico?

“É certamente uma curva onde não queremos cometer qualquer erro. Na qualificação, fazê-lo no ar limpo é muito importante. Por outro lado, se conseguirmos entrar no cone de aspiração de outro carro, ganhamos uma vantagem enorme a caminho da Curva 5. Existe alguma discussão sobre a validade de cada uma destas duas abordagens.”

O teu pódio mais recente foi alcançado no Grande Prémio da Bélgica do ano passado. Arrancaste de nono e recuperaste até terceiro, terminando no encalço da dupla da Mercedes, Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Como foi que ganhaste tantas posições?

“O ano passado tínhamos um bom carro na Bélgica. Qualifiquei-me em quarto, mas arranquei de nono devido a uma penalização por ter trocado a caixa de velocidades. Tínhamos uma boa estratégia, tomámos decisões nos momentos certos, aquando do Safety-Car. Consegui ultrapassar alguns carros e cheguei ao pódio. Honestamente, foi um daqueles fins-de-semana em que tudo corre de acordo com o planeado.”

Antes do Grande Prémio da Bélgica do ano passado, o teu último pódio tinha sido alcançado no Grande Prémio dos Estados Unidos da América, em Austin, Texas. Foi satisfatório regressar ao pódio, sobretudo, depois de uma temporada de 2014 em que terminaste apenas duas vezes nos pontos?

“Foi fantástico para todos os rapazes e para mim. Tivemos um fim-de-semana perfeito. Foi um sentimento muito bom para todos os envolvidos. Penso que foi algo de semelhante ao que todos sentiram quando marcámos os primeiros pontos para a Haas no início da temporada.”

Depois de uma temporada de 2014 difícil, uma corrida como a de Spa de 2015 demonstrou que, com determinação e trabalho árduo, os pódios são possíveis?

“Se eu aparecesse numa corrida sem pensar que era o melhor, de que era possível vencer, seria melhor ficar em casa com os meus filhos. Quero sempre chegar ao pódio. Tento sempre ganhar a corrida. É claro que depende muito do carro, mas na verdade, nunca se desiste e damos sempre o nosso melhor. Essa é a mentalidade que temos que ter.”

Tens momentos especiais ou marcos que tenhas vivido em Spa nas fórmulas de promoção?

“Venci lá o título da GP2 Series, em 2011. Esse foi um ano fantástico.”

Qual é a tua zona preferida de Spa?

“Não sou capaz de escolher apenas uma zona e apontá-la como a minha preferida. Todo o circuito é muito bom.”

Descreve uma volta a Spa.

“Começamos com o gancho de La Source. É uma curva de baixa velocidade. Temos que ter uma boa saída para irmos no máximo em Eau Rouge e depois temos a Curva 5, a primeira direita-esquerda. Normalmente é feita em quarta velocidade. A Curva 7 é muito divertida. É uma curva de alta velocidade a descer. Depois temos a Curva 8, que tem uma travagem complicada. Temos que estar bem posicionados na saída para prepararmos a Curva 9. Depois descemos bastante, novamente, para uma dupla esquerda, Curvas 10 e 11 – é a curva mais rápida do circuito. Depois temos a segunda direita-esquerda, mas mais rápida que as Curvas 5 e 6. A direita seguinte é muito importante para a recta da parte de trás do circuito, que é muito longa. Depois chegamos à Paragem do Autocarro, onde temos uma travagem muito forte. Temos uma curva de baixíssima velocidade, sendo a tracção na saída muito difícil. É muito complicado. Se tudo for bem feito, conseguimos efectuar uma boa volta.”

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1 Comentário
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Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
7 anos atrás

Lá está o queixinhas. xD

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