GP Bélgica F1: Impossível parar Verstappen
Max Verstappen entrou para o fim-de-semana do Grande Prémio da Bélgica com uma penalização de cinco lugares na grelha de partida, mas nem por um momento alguém duvidou da sua vitória, que acabou por se verificar de forma esmagadora.
O neerlandês montava em Spa-Francorchamps a sua quinta caixa de velocidades, o que lhe valia o castigo já mencionado.
No entanto, a majestosa pista desenhada na floresta das Ardenas prometia ser o local ideal para que o pudesse fazer, uma vez que, com dois sectores – primeiro e terceiro – de alta velocidade e um de composto por curvas de alta, assentava que nem uma luva ao Red Bull RB19 Honda e ao estilo de pilotagem de Verstappen.
Com o melhor tempo numa qualificação que foi iniciada com a pista molhada, mas que exigiu a montagem de slicks na Q3, o Bicampeão Mundial assegurou o melhor tempo da sessão, o que lhe garantia o sexto posto da grelha de partida.
No sábado, dia de Sprint, Verstappen assegurou a melhor posição para a partida e, depois de um surpreendente Oscar Piastri ter passado pelo comando, venceu sem grandes dificuldades a prova de cem quilómetros, deixando o piloto da McLaren a mais de seis segundos.
O domínio era de tal forma, que a grande questão para o Grande Prémio era saber quantas voltas demoraria a Verstappen chegar ao comando, sobretudo, se a chuva desse algum descanso a pilotos e equipas, uma vez que, com a pista molhada, o desafio para o neerlandês poderia ser mais difícil.
Aquando do início da corrida de domingo, o Sol brilhava em Spa-Francorchamps, deixando antever uma prova com a pista seca, ainda que estivesse prevista alguma chuva a meio, mas sem que fosse suficientemente intensa para montar pneus intermédios.
Não que tenha precisado de grande ajuda, mas tudo corria de feição ao Bicampeão Mundial.
No arranque, consciente de que tinha um carro demasiado competitivo para os seus rivais, Verstappen assumiu uma postura defensiva, deixando Carlos Sainz e Oscar Piastri envolverem-se num toque que terminou imediatamente com a corrida do australiano e, na prática, acabou também com a do espanhol.
No final da primeira volta, o piloto da Red Bull tinha apenas pela frente o seu colega de equipa, que passara Charles Leclerc na subida até Les Combes, o monegasco da Ferrari e Lewis Hamilton.
Levou sete voltas a Verstappen ver-se livre dos seus adversários das outras equipas, estando a três segundos de Sergio Pérez, quando chegou a segundo.
Apesar de mais rápido, o neerlandês não esmagou o seu colega de equipa nas voltas seguintes, talvez porque foi obrigado a usar os seus pneus para ganhar posições, ao passo que o mexicano, no ar fresco, pode preservá-los de uma forma mais efectiva.
Numa corrida em que a diferença entre uma ou duas paragens era quase neutra, Pérez poderia estar com uma ligeira vantagem face ao seu colega de equipa, porém, Hamilton estava em dificuldades com os pneus traseiros macios do seu Mercedes e parou na décima segunda volta, obrigando os três primeiros a fazer o mesmo.
Qualquer vantagem que Pérez poderia ter face a Verstappen era anulada. Para além disso, o mexicano parecia não conseguir tirar o melhor partido dos pneus médios, que tinham substituído os macios.
O líder do Campeonato de Pilotos, por seu lado, voava, só na volta de saída das boxes ganhou um segundo ao seu colega de equipa, e três voltas depois de ter trocado os pneus, suplantou Pérez, lançando-se para a sua oitava vitória consecutiva, décima da temporada.
Se o triunfo era mais ou menos esperado, mesmo com Pérez a arrancar de segundo, o mais impressionante foi a facilidade com que Verstappen conseguiu abrir uma vantagem de mais de vinte e dois segundos sem sequer estar a atacar, o que lhe permitiria realizar uma paragem nas boxes sem perder o comando, caso fosse necessário, ou se a Red Bull lhe permitisse trocar de pneus para perseguir a melhor volta da corrida.
A forma como foi esmagado pelo seu colega de equipa seguramente que deixou mazelas no mexicano que teve uma performance muito mais enquadrada com a de Leclerc que com a de Verstappen.
O monegasco da Ferrari chegou mesmo a ter Pérez no seu horizonte, mas na ponta final o seu foco foi poupar gasolina, tendo visto a sua desvantagem para o piloto da Red Bull crescer de quatro segundos para quase dez quando cruzou a linha de meta em terceiro.
Ainda assim, Leclerc teve um carro capaz de gerir melhor os pneus que Hamilton que nunca conseguiu ser uma verdadeira ameaça ao piloto da ‘Scuderia’, acabando no final para o admitir ao entrar nas boxes para montar pneus frescos e assinar a volta mais rápida da corrida, o que conseguiu, contentando-se com o quarto posto.
Mas o que fica para história foi a prestação magistral de Verstappen, que ao longo do Grande Prémio da Bélgica o grande momento que teve foi quando o seu carro lhe fugiu no Raidillon, para lá de algumas discussões com o seu engenheiro de pista. Com a forma actual do neerlandês dificilmente alguém o conseguirá bater até ao final da temporada em circunstâncias normais.
Foto: Dan Mullan/Getty Images/Red Bull Content Pool
Isto já mete noj……!!!! não comecem a utilizar o “BoP”, não, e isto vai contimuar a ser uma palhaçada!!!!
Qual bop, qual quê! Isto é F1, não é o WTCC. Não se pode castrar quem fez melhor trabalho.