GP Belgica: afinal a vantagem Ferrari está… na gasolina!
Foram dezenas as teorias sobre a vantagem da Ferrari sobre a Mercedes em termos de motores, sendo isso comprovado com os dados de GPS apurados graças à ajuda da FIA e da FOM. A luta entre as duas formações continua a queimar pestanas aos engenheiros e recursos à Mercedes e à Ferrari, estando em utilização novas versões das respetivas unidades de potência para as duas formações.
São as derradeiras evoluções de duas mecânicas fabulosas, sendo a partir de aqui necessário trabalhar em outras áreas. Quais? Gasolina e lubrificantes.
Sendo certo que em Spa é necessário andar mais cinco segundos de pé no fundo que no ano passado – e o recorde absoluto de Sebastien Vettel na Q2 deixa isso claro – e que a Mercedes trouxe para Spa um motor que lhe oferece mais 0,25 segundos por volta, o que poderá fazer a Ferrari?
As suspeitas andaram pelas baterias, pela descarga elétrica da potência, do armazenamento, enfim, tudo se falou e especulou, mas, na realidade, o segredo parece estar em outro lado. Podem perguntar: mas como é que isso é possível, se o regulamento obriga que equipa oficial e clientes usufruam do mesmo nível de desenvolvimento de gasolina e lubrificante? Bom, o regulamento de 151 páginas é omisso caso os clientes abdiquem de utilizar as especificações do fornecedor de motor. Ora, a Haas F1 e a Sauber Alfa Romeo fizeram saber que o preço dos lubrificantes e combustíveis utilizados pela Ferrari e colocados á disposição dos clientes, é demasiado elevado para os seus orçamentos.
Podem sorrir, mas é esta a justificação, sustentada pelo facto da Shell, fornecedor da Ferrari, ter encontrado um aditivo que faz maravilhas aos motores, mas a produção das moléculas que fazem parte desse componente do combustível custa uma verdadeira fortuna e não é feita em grandes quantidades, sendo apenas suficiente para os dois Ferrari.
Ora, perante este cenário, a Ferrari fez a sua parte e falando com as equipas clientes, sensibilizou-as para o facto do combustível ser muito caro e escasso. A Haas F1 e a Sauber compreenderam e declinaram a utilização desse combustível a preço de ouro, que a Ferrari usa desde o GP de Espanha. E pelo visto é aqui que reside o segredo da Ferrari e isso pode ser comprovado por este facto: a evolução 3 da unidade de potência da Ferrari foi estreada pela Haas F1 e pela Sauber Alfa Romeo na Hungria, mas sem a utilização do combustível especial. A diferença não foi sensível – mesmo que ambas as equipas tenham sentido progressos – mas a Ferrari validou a fiabilidade desta evolução e por isso a está a usar em Spa, com tão bons resultados, pois não fosse a chuva e a “pole position” não escaparia a um piloto da Ferrari.
Renault não usa evolução do motor
A Renault tem uma evolução C do seu motor, mas tem receio de a usar devido a problema de fiabilidade, por isso mesmo, mudaram de motores ara Spa, mas não para unidades da nova geração, estando esses disponíveis para todos os clientes, mas com utilização desaconselhada, deixando a responsabilidade de utilização a cada equipa. A RedBull só em Monza poderá usar a versão C, a McLaren irá usar também em Monza, enquanto a Renault não utilizará as novas evoluções.
A mudança é maior no motor de combustão interna e por isso há alguns problemas de fiabilidade que deixam desconfiados os homens da Renault. A McLaren vai usar, sem dúvida, pois se as coisas não estão fáceis, potência extra será sempre bem-vinda, mesmo que a fiabilidade não seja perfeita. Na RedBull Daniel Ricciardo deverá penalizar em Monza trocando o motor, sendo escolhida essa corrida em detrimento de Singapura, por a RedBull considerar que na pista italiana será mais fácil recuperar posições. Inalterada continuará a opção de usar a antiga unidade MGU-K e não a mais recente versão. Christian Horner explicou que “o novo MGU-K é um pesadelo! Para o montar teríamos de alterar uma série de coisas.”
No caso da Honda, ainda não se sabe quando é que o motor versão 3 será estreado, sendo certo que a casa japonesa está cada vez mais entusiasmada com o trabalho que está a fazer. E Helmut Marko continua a fazer de “cheerleader” ao dizer, já em Spa, que “o novo motor é um belo passo em frente!”
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