GP Áustria – Mercedes ou Ferrari, quem ganha?

Por a 29 Junho 2018 20:24

O RedBull Ring é uma pista curta, com poucas curvas e por isso mesmo tende a diminuir as diferenças entre pilotos. Não tem travagens muito longas e grande parte do tempo os pilotos andam com o acelerador a fundo, pelo que todos os detalhes fazem a diferença na luta pela vitória.

Sabendo que a pista austríaca exige muito do motor e, também, do chassis, devido aos muitos corretores elevados que mastigam pneus e suspensões, sendo imperativo ter um carro equilibrado e com grande tração á saídas das curvas, fica claro que a vitória cairá no colo de um dos pilotos da Mercedes, com grande probabilidade do sortudo ser Lewis Hamilton.

As suas sessões de treinos livres de sexta feira deixaram os dois Mercedes, sempre, a encimar as tabelas de tempos, tendo Hamilton e Bottas entrado, alegremente, no segundo 64, estando cada vez mais perto de conseguirem o número redondo de 60 segundos para cumprir os 4318 metros de perímetro da pista desenhada nas encostas de Spielberg.

Curiosamente, Hamilton foi o mais rápido na sessão da manhã com os pneus ultramacios, mas acabou por fazer o melhor tempo do dia com 1m04,579s ao volante de um Mercedes equipado com pneus macios novos!

Analisando os tempos feitos pelos mais rápidos – que usaram os três tipos de pneus disponíveis (macios, supermacios e ultramacios) – percebe-se que as diferenças entre as três misturas são curtas e que não existe um “delta” consistente que permita decidir de forma clara qual a estratégia a seguir. Esta ausência de clarificação obrigou as equipas a estarem muito tempo em pista na busca da melhor estratégia. Contas feitas, os pilotos cumpriram nas duas sessões livres nada menos que 6540 quilómetros, bem acima do habitual.

A maior utilização foi dos pneus ultramacios com 3426 quilómetros e 42 jogos de pneus utilizados – nas escolhas dos pilotos, estes são os pneus em maioria – seguindo-se os supermacios (1972 quilómetros com 24 jogos gastos) e só depois os macios com 1142 quilómetros feitos com 14 jogos, sendo que muitos pilotos só escolheram um jogo de pneus macios para este Grande Prémio.

Sendo surpreendente o ritmo que Lewis Hamilton exibiu com os pneus macios, a verdade é que tudo leva a crer que os pilotos mais rápidos vão começar a corrida com os pneus supermacios, terminando com os ultramacios. Tudo porque estes últimos não mostraram dramática quebra de ritmo (Vettel consegui andar mais de 21 voltas com um jogo destes) e os primeiros aguentam, sem problema, um longo período em pista. E como referi, não havendo um delta preciso de diferença entre as várias misturas, a Mercedes tem, na manga, a possibilidade de largar com supermacios e acabar com os macios. Isto porque Hamilton, por exemplo, tem três jogos de pneus macios e não se mostrou nada satisfeito com os ultramacios que provocaram enorme subviragem. Aliás, o piloto britânico foi claro quando no rádio disse “estes pneus não são bons…”

Claro que há outras possibilidades em termos de estratégia, mas depois dos treinos livres ficou evidente a superioridade da Mercedes que, ainda por cima, estreou um pacote de alterações ao carro que Lewis Hamilton já elogiou e que acabará por dar a vitória à equipa alemã com o inglês no topo mais alto do pódio.

Esta é a minha conclusão, analisando os tempos feitos nas duas sessões. Para a corrida ficou claro que a Ferrari tem um bom ritmo, mas se não conseguir colocar, pelo menos, Vettel na primeira fila da grelha, dificilmente será possível bater os Mercedes.

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