GP Áustria F1: Notas AutoSport

Por a 2 Julho 2018 18:36

Uma corrida de loucos, com um resultado inesperado e muito drama à mistura. Red Bull Ring serviu-nos uma das melhores provas deste ano  e Verstappen foi o homem que mais sorriu no final com a primeira vitória do ano. A Ferrari fez a  melhor operação do fim de semana e a Mercedes perdeu em toda a linha.

 

Red Bull: Verstappen mandão, aproveitou as falhas alheias

As primeiras impressões que chegaram da Áustria foram algo mornas, no que ao desempenho da Red Bull dizia respeito, numa pista onde a sorte andou sempre afastada. À imagem de outros GP, os “Bull´s” mostraram que podiam ser ameaça em corrida mas na qualificação voltaram a não ter argumentos. A desistência de Bottas e o erro estratégico da Mercedes abriu-lhe as portas da vitória e Max aproveitou com uma exibição de maturidade e calma, algo que nem sempre se viu por parte do #33. Talvez uma das prestações mais equilibradas do holandês, que conquistou a quarta vitória da carreira, mesmo tendo de gerir com pinças os pneus que ameaçavam degradar-se rapidamente. Ricciardo teve um fim de semana pouco exuberante com o bate boca na qualificação, uma paragem extra por ter ficado “sem pneus” durante a corrida e uma falha no escape do carro. Verstappen tem ficado por cima nas últimas corridas e está agora apenas a 3 pontos do australiano. Fica na retina mais uma excelente ultrapassagem.

Max Verstappen : Nota 9

Daniel Ricciardo: Nota 7

Red Bull: Nota 9

 

Ferrari: de regresso à liderança

A dupla desistência da Mercedes foi um doce inesperado para a Scuderia que viu os flechas de prata encostarem mais cedo do que o previsto na corrida. Kimi foi um dos destaques, com uma excelente largada, que ia estragando na curva 3, mas manteve-se sempre perto da luta pelo pódio e foi o piloto que melhor conseguiu gerir as borrachas. Um dos melhores fins de semana do finlandês (outra vez no centro das atenções devido à sua situação contratual) que, embora sem resposta para o domínio de Vettel na qualificação, mantém argumentos fortes em corrida, embora não tão fortes como antigamente. Para Vettel foi novamente uma corrida de recuperação, depois da penalização por atrapalhar Sainz na qualificação. Evidenciou o superior andamento do Ferrari e beneficiou da boa estratégia da Ferrari ( tal como a Red Bull) para galgar posições. Se lhe dissessem antes do arranque que ia terminar em terceiro talvez tivesse sorrido com a ideia, mas  Vettel conseguiu um improvável pódio e mais que isso… o regresso à liderança (por apenas um ponto).

Kimi Raikkonen: Nota 8

Sebastian Vettel: Nota 8

Ferrari: Nota 9

 

Haas: Austrália vingada

Era assim que o filme deste ano deveria ter começado para a Haas. Na Austrália, viram ambos os carros lutarem pelo top 5 e ficarem sem rodas a meio da corrida, mas na Áustria a história acabou melhor. Grosjean fez a melhor exibição do ano e marcou os primeiros pontos de 2018. Uma gestão de pneus irrepreensível e um andamento forte, tal como Magnussen, que esteve  a um nível muito similar. A estratégia não o favoreceu tanto (não parou no VSC tal como Grosjean), mas fez o suficiente para ir buscar o quinto posto. Excelente prestação da Haas, que depois de uma fase menos positiva regressa de forma fulgurante aos bons resultados.

Romain Grosjean: Nota 9

Kevin Magnussen: Nota 9

Haas: Nota 9

 

Force India: Excelente recuperação

O resultado da qualificação não augurava nada de bom para a Force, mas uma equipa determinada e dois excelentes pilotos conseguem sempre um pouco mais do que se espera. Perez fez uma recuperação muito boa e até sonhou com um lugar no top 5, mas não teve andamento para chegar a Magnussen. Ocon facilitou a tarefa do mexicano e, com ordens da equipa, abriu a porta a Checo, na condição de regressar ao sexto posto, caso o ataque do seu colega de equipa ser revelasse infrutífero. Assim aconteceu, todos cumpriram a sua parte do “contrato” e o francês acabou no sexto posto. Excelente prestação de ambos e mais uma prova de que compensa pagar um pouco mais pela peça que fica entre o volante e o banco do carro.

Esteban Ocon: Nota 8

Sergio Pérez: Nota 8

Force India: Nota 8

 

McLaren: Mais um “milagre” para Alonso

A McLaren é cada vez mais a sombra da equipa que já foi.  A desorganização e a falta de competitividade é quase confrangedora e desta vez o espanhol saiu para a pista das boxes, com uma asa “nova” (na verdade foi uma versão de 2017 que foi usada). Sem peças novas para colocar, a equipa voltou a uma asa antiga, mas para Alonso isso não é problema. Aproveitou o VSC e geriu os pneus de forma fabulosa e acabou em oitavo, num carro que dificilmente dava para mais. Vandoorne desistiu com problemas no seu monolugar mas foi novamente mais um em pista sem nada acrescentar

Fernando Alonso: Nota 9

Stoffel Vandoorne: Nota 6

McLaren: Nota 5

 

Sauber: Quem diria!

Quem diria que a Sauber, à nona prova, tivesse 16 pontos! Quem diria que que em nove corridas conseguisse pontuar por 6 vezes! Quem diria que a pouco menos de metade da época conseguissem ter prestações superiores à Williams e Toro Rosso! A Sauber é a grande surpresa desta época e Leclerc o grande obreiro. Dos 16 pontos de 2018, 13 são da sua responsabilidade. Mais uma prova imaculada do jovem que, cada vez mais, convence os fãs e os responsáveis da Scuderia. Ericsson começou com uma estratégia diferente (macios no primeiro stint) e conseguiu alcançar rapidamente Leclerc no final da corrida. Ainda tentou chegar a Alonso mas não conseguiu e cedeu o lugar que tinha sido de Leclerc voltas antes (estratégia igual à Force India). Ambos nos pontos, os pilotos da Sauber têm motivos para sorrir.

Charles Leclerc: Nota 8

Marcus Ericsson: Nota 8

Sauber: Nota 8

 

Toro Rosso: Mais um fim de semana sem pontos

Gasly teve a “corrida mais difícil” da sua vida, nas sua palavras. Um toque com Vandoorne que acabou com as pretensões ao top10, com um carro que se tornou um pesadelo de guiar e mesmo assim conquistou o 11º posto. Deixa-nos a pensar o que poderia ter sido com um carro em condições. Já Hartley…começam a faltar argumentos para justificar a diferença de andamento para o seu colega de equipa. O sonho da F1 torna-se de novo num pesadelo.

Pierre Gasly: Nota 6

Brendon Hartley: Nota 4

Toro Rosso: Nota 5

 

Renault: Mau dia para os franceses

Depois de um fim de semana positivo, Red Bull Ring não trouxe boas notícias para os homens de amarelo. O turbo de Hulkenberg cedeu e obrigou o piloto a nova desistência e Sainz não conseguiu fazer durar os pneus como queria, tendo de lutar com um carro longe do ideal até ao final. Para esquecer.

Carlos Sainz: Nota 6

Nico Hulkenberg:  Nota 5

Renault: Nota 4

 

Williams: …

Nem com 6 desistências se conseguiram aproximar dos pontos. Apontar o dedo aos pilotos é injusto pois é impossível mostrar qualquer tipo de potencial com estas condições

Sergey Sirotkin: Nota 6

Lance Stroll: Nota 5

Williams: Nota 3

 

Mercedes: Um pesadelo nas montanhas

Estava escrito que a Mercedes não iria vencer na Áustria, Parece que tudo aconteceu para que tal não sucedesse, desde a falha hidráulica no carro de Bottas, à falha na estratégia que roubaria a vitória a Hamilton (grande atitude de James Vowles em assumir o erro publicamente) até a falha  no carro do #44 (problemas na pressão do combustível no sistema). Um fim de semana negro para a equipa. Bottas continua com uma dose de azar enorme e depois de perder o primeiro lugar na largada (finalmente conseguiu ser o mais rápido, depois de ter ficado duas vezes muito perto), recuperou até ao segundo posto logo na primeira volta, mas não teve hipótese de fazer mais nada. Hamilton estava a controlar o tanto quanto podia a prova, mas os pneus não estavam a facilitar a vida. Não ter aproveitado o VSC para trocar de pneus foi um erro, que foi minimizado pela falha técnica. Um fim de semana negro em que perderam a liderança na tabela dos construtores.

Lewis Hamilton: nota 8

Valtteri Bottas: Nota 7

Mercedes: Nota 4

 

Segue-se Silverstone, naquela que é a terceira corrida em três fins de semana consecutivos

 

 

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