GP Austrália F1: Fernando Alonso penalizado pelo incidente com Russell
O Colégio de Comissários Desportivos considerou que Fernando Alonso conduziu de forma “potencialmente perigosa” no episódio que resultou no acidente de George Russell na fase final da corrida do GP da Austrália, impondo uma sanção ao piloto espanhol. Alonso recebeu uma penalização por ‘Drive Through’, convertida na forma de 20 segundos adicionados ao seu tempo final, passando o espanhol a ser o oitavo classificado, caindo duas posições na classificação oficial da prova australiana.
Segundo o comunicado da decisão, “Alonso explicou aos comissários que tencionava abordar a curva 6 de forma diferente, levantando o acelerador mais cedo e com menos velocidade na curva, para conseguir uma melhor saída”. Esta manobra, do ponto de vista de Russell, como explicou aos comissários “foi errática, apanhou-o de surpresa e fez com que ele se aproximasse da curva a uma velocidade invulgarmente rápida e, com a consequente redução da força descendente no vértice da curva, perdeu o controlo e bateu à saída da curva”.
Apesar de não ter havido “qualquer contacto entre os carros”, os dados recolhidos pelos comissários mostram que “Alonso levantou o pé um pouco mais de 100 metros antes do que alguma vez tinha feito ao entrar nessa curva durante a corrida. Também travou muito ligeiramente num ponto em que não costumava travar (embora a quantidade de travagem tenha sido tão pequena que não foi a principal razão para o carro abrandar) e reduziu a mudança de velocidade num ponto em que nunca costumava reduzir. De seguida, aumentou a mudança de velocidade novamente e acelerou até à curva antes de levantar novamente para fazer a curva”.
Pode ainda ler-se no documento, que “Alonso explicou que, embora o seu plano fosse abrandar mais cedo, enganou-se um pouco e teve de tomar medidas adicionais para voltar a ganhar velocidade”. Os comissários “concentraram-se apenas na redação do regulamento, que diz: ‘Em nenhum momento um carro pode ser conduzido desnecessariamente devagar, de forma errática ou de uma forma que possa ser considerada potencialmente perigosa para outros condutores ou qualquer outra pessoa.’ (Art. 33.4) Especificamente, neste caso, os comissários desportivos não consideraram as consequências do acidente. Além disso, os comissários consideraram que não dispunham de informações suficientes para determinar se a manobra de Alonso tinha a intenção de causar problemas a Russell ou se, como ele declarou aos comissários, estava simplesmente a tentar obter uma saída melhor. Deveria Alonso ter o direito de tentar uma abordagem diferente à curva? – Sim. Deveria Alonso ser responsável pelo ar sujo que, em última análise, causou o incidente? – Não. No entanto, ele optou por fazer algo, com intenção, que foi extraordinário, ou seja, levantar, travar, reduzir a mudança de velocidade e todos os outros elementos da manobra mais de 100 m mais cedo do que anteriormente, e muito mais do que o necessário para simplesmente abrandar mais cedo para a curva? – sim”.
Assim sendo, “na opinião dos comissários, ao fazer isso, conduziu de uma forma que era, no mínimo, “potencialmente perigosa”, dada a natureza de alta velocidade daquele ponto da pista. Esta época, as diretrizes de penalização da FIA para a Fórmula 1, incluindo para esta infração, foram redefinidas e aumentadas para uma penalização de base de 10s. Para além disso, quando existe alguma circunstância agravante, consideramos uma penalização de Drive Through. Neste caso, consideramos que o facto de Alonso ter optado afirmativamente por realizar uma manobra invulgar neste momento é uma circunstância agravante, ao contrário de um simples erro”.
Ao mesmo tempo que a penalização foi convertida em 20 segundos adicionados ao tempo final do piloto espanhol da Aston Martin, foram ainda somados três pontos de penalização à sua licença.
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Isto é uma vergonha, o Russel despista-se sozinho. Entretanto na F3 o Tsolov abalroou violentamente e de propósito outro piloto e não fui suspenso por uma série de GP.
Dou-lhe toda a razão quanto ao Tsolov. Três lugares na grelha foi muito pouco para o que ele fez, mas as várias fórmulas têm comissários diferentes…. Eu tê-lo-ia desclassificado.
Quanto ao Russell x Alonso, a minha opinião está logo abaixo.
O comissário não era o Herbert?O mesmo que disse que o Alonso se devia reformar, em 2016? Acho esta penalização, no minímo, ridícula. Fico a pensar que um comissário Inglês defende um piloto Inglês, apesar do erro deste.
Não vou defender nem atacar o Herbert porque não sou capaz de ler o pensamento alheio, mas vários pilotos comissários já disseram que não são eles que decidem, dão apenas a sua opinião, os outros três é que decidem.
Faz muito bem em não atacar o Herbert. No episódio a que alguem aludiu, ele limitou-se a confrontar o Alonso com os boatos que circulavam acerca da sua «reforma» (o que é muito diferente da versão distorcida que aparece acima); como sabemos, levou como resposta qualquer coisa como «eu sou duplo campeão do mundo, e tu?». E a penalização do Alonso foi inteiramente justificada. Também me pareceu, inicialmente, que o Russell se tinha despistado sozinho, mas ao rever os destaques no YouTube percebi que foi vítima de uma manobra manhosa do Alonso.
Errado, Herbert comentou o acidente de Alonso na Austrália, creio que em 2016, e o Herbert disse…“The things he says, the things that have happened on track, his qualifying pace, and that error in Australia, to me they say it is time for him to hang up his helmet.”…e, meses depois, Alonso deu a resposta…Alonso: “I’m not going to retire.”
Herbert: “You’re not retiring?”
Alonso: “No, I’m a World Champion. You ended up as a commentator because you weren’t Champion.”
O Alonso foi sempre um exemplo de modéstia e humildade…
Quanto à correcção, só me posso regozijar por haver quem preserve o rigor histórico de momentos tão importantes da história universal.
Parece que vou ter de rever a corrida porque, na altura, pareceu-me exagero do Russell, tanto que lhe chamei burro, até porque não era a primeira vez que ele se estampava na última volta. Sem estas declarações do Alonso, eu não lhe atribuiria qualquer culpa, assim…
Fantástico. Conseguir fazer F1 e motoGP na mesma prova não é para todos.
Ah não gostaram, cambada de mal dispostos sem humor? Então vai lá mais uma: ontem o AS perguntou se o companheiro de russel conseguiria dar a volta à atual situação. Pois bem, o britânico mais novo da equipa já lhe ensinou a dar meia volta, resta só o mais experiente ver como se fez e conseguir fazer a volta completa.
Não sejam tão sérios, aceitem brincadeiras mesmo que sejam usando o alvo da vossa paixão.
Mais uma penalização de difícil entendimento. Hoje a fórmula1 já não é para “homens”
a pedido do bebé chorão e do seu mentor Tótó…as deliberações dos comissários são aberrantes na forma e no conteúdo…. então não são corridas ? o Alonso e bem, fez valer a sua experiencia … então não são corridas ??? muito gostava de ver este franganito a correr numa oval como o Alonso correu…. tinha de levar fraldas….
Não. O Alonso não fez valer apenas a sua experiência, fez valer, também, a sua matreirice. E não foi a pedido de ninguém, foram os comissários por sua alta recriação que decidiram chamar os pilotos e, depois de analisarem a telemetria, decidiram. Nem sempre o que os nossos olhos vêem é toda a realidade. Aliás, este tipo de manobra do Alonso já tem barbas. A primeira vez que a executou foi contra o Coulthard, só que na altura, teve a desculpa da sua falta de experiência Ser uma corrida não quer dizer que valha tudo e o Alonso já provou,… Ler mais »