GP Abu Dhabi F1: Notas AutoSport (Parte II)

Por a 27 Novembro 2018 15:17

Continuação da avaliação aos pilotos e equipas no GP de Abu Dhabi

 

Force India: Sétimo posto é enganador

Quem acompanhou a época sabe que a Force India passou por uma situação delicada. Apesar disso mostrou o costume… inteligência, eficiência e competitividade. O total de pontos conquistados quase que dava para chegar à Renault, mas ainda assim conseguiram mostrar que tem uma excelente base para o futuro. Pérez voltou a mostrar o seu lado bom e o seu lado mau… se na corrida voltou a estar em grande com um excelente ritmo e uma boa gestão, não evitou que o seu colega de equipa voltasse a fazer melhor que ele na qualificação. É claramente o calcanhar de Aquiles do mexicano, já desde os tempos da McLaren. Mas ao domingo, quando os pontos são distribuídos, raramente falha, e a prova disso é que ficou apenas a sete pontos do sétimo lugar de Hulkenberg. Esteban Ocon teve uma despedida amarga. Uma fuga de óleo acabou com a corrida do francês que estava encaminhado para mais uma boa colheita de pontos. Tem claramente qualidade para ser um dos nomes importantes da F1 e este ano sabático é injusto e vem na pior altura. Mas Ocon já mostrou a sua qualidade. Esperemos que seja apenas um contratempo.

Sérgio Pérez: Nota 7

Esteban Ocon: Nota 7

Force India: Nota 7

 

Haas: Um bom fim de 2018

A equipa americana, a par da Sauber, foi aquela que mais evoluiu este ano. Uma dupla de pilotos com qualidade e um chassis que foi competitivo na maioria das pistas do calendário, permitiram que ainda tivessem uma ligeira esperança de chegar ao quarto lugar. Acabaram em quinto, o que é um passo gigante comparativamente aos anos anteriores e tendo em conta a juventude da equipa. Romain Grosjean deveria receber o “prémio resiliência” desta época. Depois de um arranque desastroso, conseguiu recompor-se e voltou ao nível habitual, que é muito bom. O início da corrida ficou marcado pelo toque a Hulkenberg, sem culpa e mesmo a estratégia delineada pela equipa não foi a melhor, mas Grosjean conseguiu os pontos que a equipa poderia ter alcançado neste fim de semana. É muitas vezes subvalorizado, o que é algo injusto. Kevin Magnussen fez a sua melhor época na F1. Ficou à frente do seu colega de equipa, mas desiludiu nas últimas provas. Magnussen tem talento e este ano mostrou um pouco mais do que pode fazer, mas esta última parte da época terá de ser retificada. O arranque da corrida não foi o melhor, mas conseguiu recuperar com uma paragem tardia e um último esforço que deu o 10º posto. Foi bom mas pode dar muito mais.

 

Romain Grosjean: Nota 7

Kevin Magnussen: Nota 7

Haas: Nota 7

 

McLaren: Obrigado Fernando!

Foi este o sentimento dominante neste fim de semana. De agradecimento a um dos maiores talentos da sua geração, completamente desaproveitado pela McLaren que apesar do sexto lugar (graças ao talento e garra do espanhol) teve prestações fracas. Um chassi péssimo, dos piores que talvez tenham saído de Woking, que só Alonso poderia espremer de forma a dar um não merecido sexto lugar. A equipa percebeu tarde os problemas do carro e quando percebeu, não valia a pena apostar nesta época. Alonso merecia um carro para lutar por vitórias, mas a McLaren nunca lhe deu essa hipótese na sua segunda passagem. Sai com o respeito e admiração da maioria… talvez regresse para tentar o tri, que certamente merecia já estar no seu CV. Vandoorne continuou na senda das boas exibições. voltou a ficar atrás de Alonso e na qualificação não conseguiu ficar à frente do seu colega de equipa durante o ano todo, mas teve manobras interessantes durante a prova. O Vandoorne das últimas duas corridas merecia uma oportunidade de voltar a tentar mostrar o seu verdadeiro talento. O Vandoorne das outras 19 corridas não mostrou o suficiente para ficar na F1.

Fernando Alonso: nota 8

Stoffel Vandoorne: Nota 7

McLaren: Nota 4

 

Toro Rosso: Fim da linha para ambos os pilotos

Pierre Gasly voltou a ser vítima do motor Honda que cedeu a meio da corrida. Continuam as dúvidas em torno do motor nipónico que para o ano equipará os Red Bull. O fim de semana nem começou bem para o francês que viu Hartley levar a melhor na qualificação, mas na corrida uma excelente recuperação colocava-o na rota dos pontos até que o seu motor resolveu acabar com o seu esforço. Uma boa época de Gasly que certamente irá dar-se bem na Red Bull. Brendon Hartley teve o azar do seu lado quando foi obrigado a vir para as boxes mais cedo por ter apanhado os detritos do incidente entre Hulkenberg e Grosjean. Tentou chegar aos pontos, mas não teve andamento para isso. Mostrou algo mais nas últimas corridas, mas não o suficiente para convencer os responsáveis da Toro Rosso, que escolheram o jovem Alexander Albon. Hartley é bom piloto, mas não mostrou capacidade para singrar na F1. Franz Tost disse que por esta altura estaria na frente da McLaren… a sua equipa acabou em oitavo lugar e não conseguiu superar a McLaren, apesar da segunda metade vergonhosa da equipa britânica. Mais um ano ao nível que a Toro Rosso habituou… positivo, mas pouco.

Brendon Hartley: Nota 6

Pierre Gasly; Nota 6

Toro Rosso: Nota 5

 

Williams: Finalmente acaba 2018

Um ano horrível com um dos piores carros feitos pela equipa. Uma época à semelhança da McLaren… um carro péssimo que demorou a mostrar quais eram as falhas e quando estas foram encontradas já era tarde. Lance Stroll acabou em 13º e já tem o destino traçado para a Force India. Na qualificação ficou atrás do seu colega de equipa, mas na corrida compensou e fez o que lhe era possível com o material à disposição com mais um excelente arranque. Sergey Sirotkin acabou em último na corrida e no campeonato e talvez por isso dê o lugar a Kubica. O russo afirmou que foi a sua corrida mais difícil do ano, ele que tem muitas por onde escolher. O seu carro teimou em dar problemas de sobreaquecimento o que fez da corrida do russo um pesadelo. Sai provavelmente rumo a outros campeonatos e sai da F1 com um registo pouco positivo, mas com prestações positivas. Será difícil dizer que tem a qualidade necessária para ficar no topo do desporto motorizado, mais ainda com o nível que a F1 irá apresentar em 2019, mas tem certamente talento para ser feliz noutras paragens.

Lance Stroll: Nota 6

Sergey Sirotkin: Nota 5

Williams: Nota 3

 

 

 

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