Gordon Murray: Dos mísseis à Fórmula 1
Gordon Murray nasceu em Durban e, apesar de ser filho de um mecânico, nada fazia prever que viesse a tornar-se num dos mais carismáticos projetistas da F1. Cresceu naquela cidade sul-africana, onde o interesse pelo desporto motorizado se começou a impor muito cedo.
Durante os seus anos na escola técnica, construiu e desenhou os seus próprios carros – quer o chassis, quer o motor. A razão era simples: não tinha dinheiro para importar carros já construídos.
Em 1966 e 1967, pilotou estas máquinas, mas com tantos acidentes que decidiu parar antes que fosse tarde demais. Em 1969, tomou consciência de que na África do Sul pouco poderia evoluir e rumou à Grã-Bretanha, de barco, ansioso por entrar para a Lotus.
Mas, curiosamente, foi como desenhador de mísseis que garantiu o seu primeiro emprego na ilha. E foi por acaso que, um dia, conheceu Ron Tauranac que, impressionado pela visão quase lunática do jovem génio de cabelo desgrenhado e vagamente parecido com um “hippie”, lhe deu um emprego como desenhador na Brabham. Nesta equipa, entretanto comprada por Bernie Ecclestone, depressa passou a assessor de Ralph Bellamy, antes de ser designado responsável pela conceção do BT42, que foi pilotado em 1973 por Reutemann e Wilson Fittipaldi. A Brabham
terminou em 4º no “ranking” do campeonato desse ano e, a partir daí, Gordon Murray passou a ser um dos mais desejados técnicos de Fórmula 1. Trabalhou sempre na Brabham, até que a morte de Elio de Angelis o deixou tão abalado que decidiu abandonar a F1. Na McLaren, como desenhador-chefe, Murray foi responsável pelo carro de estrada, que venceu as 24 Horas de Le Mans à primeira tentativa, em 1995.
Tinha ideias muito esquisitas e que raramente funcionavam.Isto na Brabham que eram carros talvez bonitos,mas complicadissimos…quando podiam ser simples.Na minha modesta opinião está a milhas dum,Chappman, ou dum Newey .
Wrong