Fórmula 1: vai haver surpresas nos designs ou muito maior ‘convergência’?

Por a 5 Fevereiro 2024 09:09

Arrancam hoje as apresentações dos novos Fórmula 1 e embora não se espere nada de muito radical em qualquer uma das 10 equipas, há sempre novidades, pois se há algo que se faz na F1 é a permanente procura pela melhoria, depois de um ano em que foram identificando áreas menos ‘produtivas’.

Nesse contexto, e quando as regras básicas da F1 não sofrem alterações significativas entre temporadas, as equipas continuam a concentrar-se em diversas áreas para melhorar seu desempenho como é o caso da aerodinâmica: a análise dos dados resultantes do túnel de vento e simulações computacionais é constante na procura de soluções mais eficazes.

O peso e o equilíbrio dos carros é fundamental para garantir que o carro atinja a massa mínima estabelecida pelo regulamento. E com isto, também o equilíbrio, pois uma coisa é tão importante quanto a outra.

A transmissão e a suspensão sofrem menos alterações, mas é constante o trabalho para aprimorar a transmissão de potência do motor até as rodas e a absorção de impactos por meio da suspensão.

Obter maior tração e reduzir a amortecimento são sempre grandes objetivos.

As regras das unidades motrizes são estáveis, mas os fabricantes de motores procuram sempre pequenas melhorias ou inovações para aumentar a potência e economia de combustível.

Além disso, os sistemas de recuperação de energia também recebem atenção para otimizar a utilização da energia produzida pelo motor.

A eletrónica e o software têm papel cada vez mais importante no desenvolvimento de um F1 e as equipas investem em algoritmos avançados para analisar dados de telemetria e melhorar a comunicação entre componentes do veículo.

Agora, como o arranque das apresentações, um dos pontos que suscita mais curiosidade é a altura ao solo, pois o efeito de solo gerado pelos túneis venturi no piso do carro é o principal gerador de downforce.

Boa parte do segredo do Red Bull RB19 esteve aqui. A Red Bull não se limitou a ter os túneis venturi à altura mínima, pois em teoria seria a forma mais eficaz de gerar downforce. A Red Bull trabalhou muito o piso e conseguiu um ‘trade off’ que lhe deu imensa vantagem, e este é um ponto que todas as equipas terão olhado durante o ano de 2023 e o inverno na construção dos seus carros.

Os sidepods, ou flancos do carro são outra área a ver, pois interagem com o resto e o que se espera é que a maioria, se não todos, vão seguir o que viram da Red Bull. A Ferrari desenvolveu um conceito totalmente diferente, vamos ver como surge este ano.

A forma do chassis será outro ponto a ver, a Red Bull tinha um chassis em V muito mais que as outras nove equipas, no ano passado viram-se diferenças na posição do pilotos, pequenas, mas existiram.

O facto de os carros terem configurações de suspensão pushrod ou pullrod é outra das decisões de design mais óbvias a detetar quando se vê pela primeira vez um novo carro de F1.

Como sempre, os regulamentos da F1 são muito detalhados, mas ainda assim há sempre quem opte por caminhos diferentes, e vistos em detalhe, os carros são totalmente (ou quase) diferentes uns dos outros.

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