Fórmula 1 refuta números que referem declínio das suas redes sociais
Há dias, veio a público um estudo da Buzz Radar, uma empresa que analisa dados e padrões de redes sociais, revelando que a popularidade da F1 teria caído a pique este ano, assegurando que as menções à F1 nas redes sociais diminuíram 70,2% nos primeiros meses do ano, face ao mesmo período de 2022, com uma descida de 46,29% nos novos seguidores e de 64,10% no alcance social, mas a Fórmula 1 já veio negar esses dados.
O Buzz Radar tinha concluído que a F1 cresceu 80% entre 2016 e 2022, sendo mesmo o desporto que mais cresceu nesse período, e que os dados sugerem agora que até 50% dos novos fãs conquistados podem deixar de seguir a F1 até ao final de 2024, adiantando ainda que as menções nas redes sociais caíram 70%, houve uma redução de 46% de novos seguidores e uma queda do alcance global das redes sociais de 64%.
Contudo, a Fórmula 1 refuta tudo isto e forneceu estatísticas sobre as redes sociais, anunciando que os números que possui relativos ao crescimento dos canais oficiais da F1 é 4 milhões e não os 500.000 mencionados pelo Buzz Radar, acrescenta que só a Liga espanhola de futebol teve uma taxa de crescimento de seguidores maior que a F1, revelou ainda que o que denomina de participações ativas, como gostos, comentários e partilhas, aumentaram 4%.
Não sabemos onde está a razão, sabemos que o Buzz Radar é uma empresa de análise de dados reputada, que trabalha com grandes marcas, eventos e emissoras de todo o mundo obtendo informações a partir dos seus dados, tendo já ganhado vários prémios internacionais pelo trabalho realizado. Não nos parece que tornasse público um estudo desta estirpe se não estivesse segura dos dados que publicou. Já do lado da F1, os números do estudo do Buzz Radar, a ser verdadeiros, são muito maus.
Do nosso lado, o que podemos dizer é que, tendo um website a funcionar desde abril de 2001, e sendo a F1 o principal motor da informação do site, os números sofrem sempre na direta proporcionalidade ao interesse da competição. Sabemos exatamente onde estão os picos, independentemente do crescimento.
Recordamos bem que em 2003 o tráfego deu um forte pulo e a isso não foi acaso o facto de Michael Schumacher e Kimi Raikkonen lutarem até à última prova pelo título, em 2005 novo grande pulo com a ida de Tiago Monteiro para a F1, em 2006 a luta Alonso Schumacher entusiasmou, 2007 nem se fala, com três pilotos a chegarem à derradeira corrida com hipóteses de ser campeões.
Em 2008, a ‘escala’ rebentou com o GP do Brasil, todos se lembram, do ‘quase’ título de Felipe Massa, e primeiro título de Lewis Hamilton, 2009 a surpresa Brawn GP, em 2010 o primeiro título de Vettel depois de grande luta com Alonso, lembram-se de Abu Dhabi e de Vitaly Petrov?
Claramente, apesar do tráfego ter aumentado em 2011, não foi o que podia ter sido, porque Vettel quase não teve adversários, mas em 2012 o crescimento foi fantástico, também porque sete pilotos diferentes venceram as primeiras sete corridas e só na oitava Alonso ‘bisou’.
Depois vieram anos ‘chatos’, 2014, como mudou muito na F1, houve interesse, que foi esmorecendo até 2016, onde voltou a haver novo grande pico de crescimento. Foi o ano da luta Nico Rosberg/Lewis Hamilton. Depois, apesar do tráfego continuar sempre a crescer, um novo grande pico só sucedeu em 2021, por motivos óbvios, pelo que não é absolutamente nada de admirar que o domínio da Red Bull e de Verstappen se esteja a fazer notar nos números.
É que há um fator muito importante: há uma década o efeito das redes sociais não é o mesmo que nos tempos que correm, os adeptos mudam, os mais jovens cresceram, os mais velhos vão desaparecendo, e o interesse das novas gerações é muito mais dinâmico. Quando algo não lhes agrada, facilmente partem para outra, e essa pode ser uma explicação. Seja como for, o interesse de uma competição é e será sempre diretamente proporcional aos números que consegue fazer gerar.
Embora nunca seja, também, a única explicação…
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São os chamados adeptos netflix a ganharam noção que este desporto não é para eles
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Um cortejo de carnaval, só é bom visto uma vez, depois perde o interesse, e este carnaval em particular, já parece uma novela mexicana dobrada em Mandarim a ser transmitida para muitas pessoas que nunca estiveram perto de um carro de Formula 1, sem analise critica para repararem que estão a seguir em manada…
Para começo de conversa: demasiados GPs e aberração dos GPs a fingir (as Sprint).
É tão simples, fãs ganhos pelas redes sociais e Netflix, interessam-se quando há luta no primeiro lugar, quando isso não acontece não querem saber disto para nada, sendo que 2021 foi um ano ‘unicórnio’, sendo que irá piorar à medida que Verstappen domine cada vez mais