Fórmula 1: Pirelli vai alargar possibilidades estratégicas com as suas escolhas de pneus

Depois dos testes em Abu Dhabi, a marca italiana que fornece os pneus à F1 está satisfeita com o trabalho efetuado até agora. Os novos compostos são ligeiramente mais macios que os usados este ano, e foram incluídos mais dois compostos, um ainda mais macio e outro ainda mais duro. Tecnicamente serão apenas seis compostos a serem usados na próxima época e o composto mais duro será apenas usado se os carros apresentarem um nível de agressividade nos pneus maior que o esperado. Os pneus duros de 2017, eram tão duros que nem em Silverstone conseguiram aquecer de forma ideal, de tal forma que foram abandonados para o resto da época.

Recorde-se que as equipas ficaram algo desapontadas com os pneus apresentados este ano (2017) pela Pirelli que, na maior parte das vezes, se apresentaram bastante duráveis e pouco macios, o que levou a poucas paragens nas boxes e consequente incógnita ditada por diferentes estratégias.

Depois das equipas terem apontado o dedo por terem feito pneus que se degradavam com demasiada facilidade no passado, este ano a Pirelli não quis correr riscos e jogou pelo seguro.

Este ano as equipas fizeram um total de 533 paragens nas boxes, uma média de 27 paragens por corridas (1.5 por piloto). A Pirelli pretende mudar este cenário e dar mais liberdade às equipas que poderão optar por duas vias no desenho dos seus carros: carros muito rápidos, mas exigentes com os pneus, ou carro mais brandos com as borrachas para explorar os compostos mais macios no final das corridas. Claro que podem também, como quase sempre sucede… optarem pelo compromisso.

Os pneus Hiper-macios que foram testados depois da última prova do ano mostraram-se um segundo por volta mais rápido que os ultra-macios e foram até elogiados por Hamilton, que os considerou um dos melhores compostos apresentados pela marca italiana. Os outros compostos, ao contrário do previsto, não apresentaram muitas variações ao nível do abaixamento de tempos, mas é algo que não preocupa a Pirelli que tem agora um leque de escolhas alargado para oferecer as equipas a melhor combinação para os fins de semana.

Será a Pirelli a fazer a escolha de compostos como aconteceu este ano, mas Mario Isola deu a garantia que a equipa irá ter sempre em conta a vontade de fazer prevalecer uma estratégia de duas paragens como a mais rápida. A Pirelli espera assim contribui para mais variedade nas corridas e os tempos poderão continuar a baixar em 2018.

Em 2017 a Pirelli forneceu 38788 pneus, dos quais 12920 foram realmente usados. Os tempos baixaram em média 2.4 segundos em qualificação e 2.6 em corrida. Espera-se mais velocidade na próxima época.