Fórmula 1: Episódio com Oscar Piastri faz Alpine considerar continuidade da Academia
O episódio que a Alpine viveu com o Oscar Piastri recentemente, parece ter feito tremido toda a estrutura francesa, chegando ao ponto de colocarem em causa a continuidade do programa de jovens pilotos. A academia Alpine é uma estrutura que apoia jovens pilotos, um programa visto como valioso para a equipa de Fórmula 1, mas a verdade é que a aposta ainda não deu qualquer fruto para os franceses. Piastri, um dos jovens pilotos com mais quilómetros em monolugares de F1 e muito bem preparado para a competição vai ser pilotos da McLaren no próximo ano e Zhou Guanyu formou-se na Academia, mas entrou na F1 pela mão de Frédéric Vasseur e da Alfa Romeo nesta temporada.
Laurent Rossi, CEO da Alpine, admitiu que a decisão da Comissão de Reconhecimento de Contratos (CRC) da FIA em reconhecer apenas o contrato do piloto com a McLaren colocou em perigo quem investe no mercado de pilotos jovens.
“O problema que cria é que torna o mercado demasiado fluido. Isso põe em perigo os intervenientes que nele investem. Se decidir que vou poupar dinheiro todos os anos, ao não investir em pilotos, e depois apenas os contrato com o dinheiro que poupei, é uma proposta diferente. Não tenho a certeza, portanto, de querer continuar a treinar esses pilotos, ou terei de os blindar com um contrato que poderá não ser apelativo para eles”, explicou Rossi, citado pela publicação The Race
Além de Piastri, que continua a cumprir funções na equipa até ao final do ano, a Alpine tem dois pilotos da Academia na Fórmula 2 – Jack Doohan e Olli Caldwell – e viu Victor Martins ser coroado campeão na Fórmula 3, além do piloto brasileiro Caio Collet. Estão ainda vários pilotos ligados à equipa como “afiliados da Alpine”.
“Agora, estamos realmente a pensar se [continuamos] ou não para além do atual lote de pilotos que temos e com quem vamos honrar até ao fim as nossas obrigações, uma vez que temos planos plurianuais com eles. Questionamo-nos se vamos aceitar novos pilotos, porque o faríamos?”, acrescentou o responsável da Alpine.
O que se passou com Piastri deve servir para reflexão, mas não é motivo para acabar com a academia. O que a Alpine precisa, é fazer melhor os contratos, sem brechas por onde os pilotos possam fugir, mas também não os deixar pendurados com falsas promessas.
Acho um piadao estas equipas virem chorar como se fossem a parte fraca da equação e não os pilotos. Podem manter um piloto realmente bom indefinidamente no limbo enquanto este vê oportunidades a passar ao lado, e quando este, legalmente retoma aproveita a oportunidade da sua vida, que deveria ter surgido um ano antes, é o mauzão que não respeitou a pequena Renault. Que desfaçatez. Sim, se é para estas palhaçadas e brincar às equipas, acabem com isso. Ou como alguém disse, registrem os contratos de formação do CRC, mas depois não fica fácil rescindir só porque sim (coisa que… Ler mais »
Óbvio! Com razão, ou sem ela, este é o desfecho esperado para todas as academias: ou se tornam muito mais rígidas, ou acabam.