Fórmula 1, Christian Horner: Porsche tem “ADN diferente”
Depois do anúncio oficial da Porsche que dava conta do fim das negociações entre a marca e a Red Bull, Christian Horner explicou em Monza a razão para que o negócio tenha falhado.
Nas primeiras declarações após ao anúncio dos germânicos, Horner salientou ao Motorsport.com que a sua estrutura nunca esteve dependente do envolvimento de qualquer construtor de automóveis.
“O nosso compromisso foi de passarmos a ser fabricantes de unidades motopropulsoras há um ano e meio, ou pouco mais do que isso. Investimos maciçamente em instalações e pessoas e o primeiro motor da Red Bull foi ligado há aproximadamente um mês”, explicou o responsável da Red Bull. “Portanto, é um novo capítulo tremendamente excitante para a Red Bull, e nunca esteve condicionado ou dependente de um envolvimento de um terceiro ou de um construtor de automóveis. Isso nunca foi um pré-requisito”.
Durante as negociações, percebeu-se que “estrategicamente” as partes não estavam alinhadas, segundo Horner, que adiantou ainda que o negócio não fracassou por questões financeiras, visto nunca ter existido uma “discussão financeira”.
A falta de acordo resultou da crença da equipa que a sua capacidade de reagir rapidamente às exigências da competição pudesse ser comprometida por uma abordagem diferente da Porsche. “O ADN é bastante diferente. Durante o processo de discussão tornou-se claro que havia um não-alinhamento estratégico. A Red Bull demonstrou do que é capaz na Fórmula 1. E obviamente, como equipa independente e agora fabricante de motores, estamos ansiosos por ir competir contra os construtores oficiais com o unidade motopropulsor, bem como com o chassis”.
Horner garante que a Red Bull está comprometida a 100% com a sua divisão de unidades motrizes e pronta para enfrentar sozinhos os adversários. “Seremos a única equipa para além da Ferrari, a ter motor e chassis [produzidos] todos no mesmo campus debaixo do mesmo teto. Acreditamos que para a competitividade a longo prazo da equipa, é a coisa certa a fazer. E, claro, há outras oportunidades que se apresentam”, garantiu o responsável da Red Bull.
Pois…
Que novidade…
A VW nunca quis entrar com 2 marcas… foi uma forma de ganhar poder negocial…
Segundo li, a Porsche queria gradualmente ir adquirindo a Red Bull. Numa primeira fase 50% da empresa e depois se as coisas corressem bem a totalidade da companhia, aí sim com o nome Porsche. Mas para tal exigia algumas mudanças que a Red Bull nunca aceitou. Não sei até que ponto a VW influenciou a negociação, mas a Porsche sempre foi independente destas acções dentro do grupo. A Porsche nunca aceitará entrar sozinha no circo da F1. Não vejo outra equipa a abrir as portas a uma junção de forças.