Fórmula 1: Binotto admite Ferrari SF1000 de ‘conceito defeituoso’
Mattia Binotto admite que o ‘conceito’ do Ferrari deste ano pode ser defeituoso e aqui está à partida parte do que pode ser o problema, já que Mattia Binotto, embora seja oficialmente só o chefe de equipa, fez também papel de Diretor Técnico, precisamente quando este projeto do SF1000 nasceu. A equipa foi buscar Laurent Mekies para Diretor Desportivo enquanto no papel de Diretor Técnico está Simone Resta, que trabalha com Binotto, mas a duplicação de funções manteve-se durante alguma tempo. Binotto substituiu Maurizio Arrivabene no início de 2019, mas não foi substituído de imediato nas funções de diretor técnico. Só em junho desse ano (2019), pelo menos no papel. Provavelmente, o SF1000 já estava a ser pensado bem antes, numa altura em que Binotto era chefe de Equipa e diretor técnico ao mesmo tempo.
O Tuttosport, um dos principais jornais desportivos de Itália, recorda que os dois pilotos (ndr, Leclerc bateu em Vettel que não teve culpa nenhuma) destruíram todo o trabalho dos engenheiros no fim de semana passado, e por isso só na Hungria será possível perceber se o trabalho feito tem validade. O problema é que a Ferrari não parece estar à procurar de 1, 2 ou três décimos, mas sim cerca de um segundo por volta: “desde a morte de Sergio Marchionne, a Scuderia parece estar desorientada”, acrescentou o Tuttosport.
Gerhard Berger acha que “o problema é muito profundo. Duvido que consigam encontrar uma solução a curto prazo. Eu disse no início que esta estrutura nunca poderá funcionar. Não culpo em nada o Mattia, mas quando se olha para a Red Bull, têm Helmut Marko, Christian Horner, Adrian Newey. O mesmo com a Mercedes (ndr, que tem Diretor Executivo, Toto Wolff, Diretor Técnico, James Allison; Diretor Equipa, Andy Cowell; Chefe Operações, Rob Thomas; Diretor Tecnologia, Mike Elliot, Diretor Performance, Mark Ellis e Diretor Engenharia, Aldo Costa).
Contudo, os dois principais problemas que amplificam tudo o resto, são simples: o carro nasceu mal (parece claro), e pelos vistos o motor já não é o que era. Tudo somado, veja-se onde está a Ferrari. Há dois anos, com 10 corridas, Vettel liderava o campeonato.
Mattia Binotto disse à La Gazzetta dello Sport: “Como sair disto não é trivial. Temos de compreender a origem do problema a fim de progredir. Pode ser um problema de conceito que está subjacente ao projeto, por isso o mais importante neste momento é estar aberto e analisar tudo de todos os pontos de vista”. Resumindo, a Ferrari está completamente perdida.
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Ninguém diria…
Há aqui um leitor que diz que não senhor, que o Ferrari deste ano é um desenvolvimento do ano anterior e que o motor é que é mau. E há outro que entende que o Sergio Marchionne não tem nada a ver, porque – cito de memória – não foi ele (Marchionne) quem conduziu e desenhou os carros. E também li por aqui que o Vettel destruiu a Ferrari, até foi por causa dele que despediram o Maurizio Arrivederci. Por isso, meu caro, vai ver que este artigo vai apanhar muita gente de surpresa…
Nesse caso o meu caro não tem nada a temer. A sua Ferrari em dois tempos reverte para o conceito do ano passado que já conhece bem e as poles e vitórias vão surigr em catadupa.
“…GoebbelsWalker…” just ici aprés midi
Esse “barrete” do Marchionne eu posso enfiar. É engraçado é você lembrar-se de uma coisa que eu disse a um forista que era um tal de MVM, forista esse que desapareceu pouco antes de você aparecer por aqui… Mas numa coisa parece que estamos de acordo, a culpa não pode ser atribuída a nenhum piloto se a Ferrari este ano ficar em 3º, 4º, ou até 5º lugar nos construtores. Afinal, não são os pilotos que desenham os carros! Por isso, para mim a Ferrari mesmo se tiver o pior resultado dos últimos 20 anos, não posso atribuir como culpado… Ler mais »
Não faço ideia se foi o senhor ou outra pessoa qualquer quem escreveu aquilo, não me lembro do comentário a que você respondeu nem vou embarcar na psicose que grassa por aqui quanto aos nicks e contas duplicadas (porque senão teria de falar daqueles que alguém usa para tentar provocar o leitor frenando_afondo). O que me lembro é que na altura memorizei esse dito por o ter considerado muito grosseiro, insensível e de uma ignorância completa. Sinceramente, fiquei chocado, porque Sergio Marchionne era uma pessoa admirável e a sua falta fez-se sentir quase de imediato, como foi universalmente reconhecido –… Ler mais »
Não se lembra mas “citava de memória”…ok. Quanto aos nicks confesso que achei graça você escrever que o dito leitor é que é o provocado. Essa memória está mesmo muito má! Quanto ao assunto em si, vejo que fugiu da minha pergunta. No entanto, eu respondo a sua. É claro que a morte de Marchionne afectou a Ferrari. Mas isso não pode agora ser a desculpa para todos os males da equipa. O Enzo Ferrari também morreu e a equipa continuou. Agora também gostava que respondesse a minha pergunta: Pode a culpa do insucesso da Ferrari ser atribuído apenas a… Ler mais »
Já percebi onde quer chegar. Consigo as discussões vão sempre, de uma maneira ou de outra, dar ao Alonso, não é verdade? Quer que eu diga o que penso sobre esse assunto? Se nem o Alonso nem o Vettel conseguiram ser campeões com a Ferrari, o problema não está certamente nos pilotos. O que é certo é que, com o Alonso, os Ferrari eram «carroças» com as quais ele discutiu títulos até ao fim; mas, com o Vettel, eram foguetões que ele não soube aproveitar por ser aselha. Ambas as premissas são demasiado asininas para que eu as subscreva, e… Ler mais »
Lidar com factos para si sempre foi muito complicado. De si, lembro-me de muitos factos alternativos, de mentiras absurdas criadas ao longo dos tempos ao abrigo de “nicks” incontáveis, que foram desaparecendo porque a sua credibilidade estava e continua no lixo. Afinal, estamos a falar de um palhaço, que insinuou que o próprio Autosport atribuía votos negativos aos seus comentários. Mas se eu sou o “burro” vou fazer algo que há algum tempo pedi ao Autosport para fazer. Vou elaborar uma lista especialmente para si, com os erros que o seu querido Vettel cometeu em corrida enquanto piloto da Ferrari,… Ler mais »
@ no-brain, não se meta nas conversas dos adultos!!! Raios, que criancinha impertinente!
A sua resposta faz jus à parte do “ficou sem capacidade de argumentação”. Em terra de “no-brains” você é rei, felizmente nem todos por aqui o são.
Tal como as premissas de que, em 2014, Alonso “afundou” a Ferrari e foi o responsável pela má época da equipa, e agora é tudo culpa da “estrutura” e nenhuma de Vettel, também são tão, ou mais asininas, que as premissas que você referiu.
Mas também fico contente por ver que também se desviou deste tipo de argumentação.
Cumprimentos
As mudanças no motor, supostamente imposta pela FIA, que estão a fazer efeito desde o GP USA do ano passado, quanto a mim estão a ditar o vexame a que a Ferrari está a passar. Muito provavelmente o carro foi projectado para uma potência, que a UP agora não tem. De quem é a responsabilidade? Normalmente deveria ser do ou dos chefes. Uma coisa é certa com o Binotto ou com outro italiano não vamos lá. Ponham os olhos na Mclaren, contrataram um alemão com capacidade já demonstrada e os resultados estão a aparecer.
O Toto Wolff não é alemão.
O chassis até pode ser péssimo, incapaz de fazer uma curva! Mas depois de cinco, ou seis temporadas a lidar com este tipo de motores,surgir no início da época com menos 40 a 45cv é um feito daqueles que simplesmente não dá para explicar. Não dá para explicar, mas também não dá para escamotear. Para além de terem beneficiado de um motor ilegal durante tempo indefinido, assim que lhes foi descoberta a careca, plano B nem vê-lo…
Há muitas formas de se “escrever torto…por linhas direitas”. A “doença” deste ano está relacionada com o ” excesso de vitaminas” do ano passado e anteriores ! Ingénuos mas não tanto !
O que deveria ser motivo de discussão…é como a Ferrari só com “truques” sequer chega perto dos níveis de potencia dos Mercedes. Com outra liderança na equipa, há muito que deveriam solicitar a instalação de mais sensores nos Mercedes. Poderíamos também ter “súbitas” surpresas.
A razão da Ferrari não exigir mais sensores nos motores é precisamente porque sabem que seriam apanhados nas batotices que andavam a fazer. Apenas alguém muito ingénuo ou nada imparcial é que não ficou admirado com a evolução dos cavalinhos rampantes no ano passado. A FIA já fez inúmeras alterações nos regulamentos desde 2014 e a Mercedes sempre se manteve a força dominante. Não entendo a razão de lhe ser tão difícil reconhecer mérito á equipa Mercedes. Isso já chega a ser um comportamento mesquinho e embirrante mais de acordo com o comportamento de um adepto de futebol português do… Ler mais »
Claro…tiveram o “mérito” de ter acesso antecipadamente aos regulamentos técnicos para as unidades motrizes. Só com isso levam no mínimo uma temporada de avanço aos rivais. Agora voltaram a dominar a velocidade em recta novamente…e tudo caladinho…até a FIA.
Não é nada “truques”, é mesmo batota. O Hamilton é que foi politicamente correto em 2018 e falou apenas em “truques”, mas o ano passado, o Max, que não é própriamente conhecido por ser politicamente correto, falou à boca cheia em batota. E eu acho que ele tem razão. Não vale apena estarmos com paninhos quentes. Foi mesmo batota, forte e feia. O Rogerito não se questiona, como é que por exemplo a Honda, que em 2016 ainda rebentava mais motores do que as chaminés que rebentavam na Grã-Bretanha no início da revolução industrial, tem agora um motor bem mais… Ler mais »
O grande problema da Ferrari é o Binotto estar no papel errado. É óbvio que é difícil ser um bom Diretor Técnico e um bom Chefe de Equipa em simultâneo. Ou se faz bem uma coisa ou a outra, as 2 em simultâneo parece-me difícil.
Pelo que se lê do artigo não fez bem nenhuma delas. Mas nesta altura em que tudo corre mal, é preciso encontrar o “treinador” para a chicotada psicológica. A estrutura da Ferrari é pesada e lenta a reagir ou aceitar mudanças. No caso da Mclaren ou RedBull temos equipas pequenas sem ligação a casas-mãe (que dificultam o processo de decisão) e com excelentes gestores de equipa (A. Seidl e C. Horner). A Mercedes apesar do peso do nome parece dar mais liberdade ao Director da equipa (T. Wolf) o que talvez explique a situação. A Ferrari têm os dois problemas… Ler mais »
JLA, está mal informado. o Binotto é coordenador técnico, tendo descentralizado as suas funçoes em 5 homens para dirigir a scuderia: o Simone Resta, como diz no texto, mas apenas no chassis, o Mekies /Dir. Desportivo, o Enrico Cardile/aerodinamica ,o Enrico Gualtieri/PU, e o Matteo Togninalli (Chefe dos engenheiros de pista). O Cowell já nao está na Mercedes, e o Costa, que o Toto foi roubar à Ferrari, também não (já agora aqui a informaçao de que está ligado à Dallara). Prognóstico como dito no outro post: Pinguim Todt ao comando, o filho TP, o filho do filho, piloto, e… Ler mais »
Já vos estou a preparar um tutorial de como fazeis para editar os comentários. Esperai sentados.
É quase imperceptível e pode passar facilmente despercebido, mas se passar o cursor por baixo do texto do comentário, do lado direito, vai-lhe aparecer uma pequena roda dentada e a legenda «Editar».
Mais areiazinha para os olhos. Mais cortinas de fumo.
Em Maranello julgam que todos comemos gelados com a testa.
Quando é que perdem os pontos conquistados ilegalmente em 2018 e 2019?
Na minha opinião a UP não estaria ilegal, se assim fosse teriam sido desclassificados e penalizados, no entanto estariam numa zona “cinzenta” do regulamento e a FIA terá “aconselhado a retirar o que quer que fosse. Este é um procedimento comum da FIA, lembram-se das famosas jantes e acessórios de Mercedes em Monza que permitiram controlar a temperatura dos pneus traseiros? A diferença é que os alemães usaram-nas com discrição e no exacto momento em que mais precisavam, sabendo de antemão que provavelmente teriam de as deixar de usar. Nessa altura a FIA demorava cerca de 2 a 3 provas… Ler mais »
Zona cinzenta?! interferir com o sensor de fluxo de combustível da FIA é uma zona cinzenta?! declarar menos combustível do que aquele que verdadeiramente colocava no carro e usar esse excedente de combustível com a ajuda de uma intereferência eletrónica no sensor de fluxo de combustível da FIA, para ultrapassar o limite máximo de 100 kg/h e assim ganhar cavalos e mais cavalos, é uma zona cinzenta?!
Alguém se recorda qual foi a punição que o Redbull de Daniel Ricciardo sofreu em 2014 na Austrália, após ter em corrida ultrapassado o limite regulamentar de 100kg/hora de combustível?
Uma novidade… o ano passado era o “conceito errado”… este ano é o “conceito defeituoso”… lol
O Binotto tem condições iguais (ou melhores) que o Toto… a diferença entre o SF1000 e o W11 espelha as competências de ambos…
A sério, é um conceito defeituoso? Nah, impossível.