Fórmula 1, A fiabilidade continua a ser o grande problema da Alfa Romeo

A Alfa Romeo foi uma das boas novidades de 2022, quando no início da época se mostrou competitiva, com um carro capaz de ‘lutar’ pelo estatuto de ‘melhor dos outros’, depois de na temporada passada ter terminado na nona posição da tabela de construtores, apenas à frente da Haas.

Porém, à medida que a atual época foi avançando, os resultados foram caindo a pique muito devido a graves problemas de fiabilidade que afetam sistematicamente os Alfa Romeo, quer de Valtteri Bottas, quer de Guanyu Zhou.

A equipa está atualmente em sexto lugar no Campeonato dos Construtores com 51 pontos, 30 a mais do que o total de pontos contabilizados nas últimas duas épocas, em conjunto.

Valtteri Bottas tem feito exatamente o que se esperava dele desde que se mudou da Mercedes, cumprindo o seu novo papel de líder de equipa com a típica solidez, enquanto que Guanyu Zhou demonstra ser uma boa adição para a Fórmula 1.

No entanto, oito abandonos distribuídos entre os dois pilotos em 13 corridas (apenas um foi devido a causas não relacionadas com problemas de fiabilidade – o brutal acidente de Zhou em Silverstone) arrebatam com qualquer esperança de lutar consistentemente por pontos.

Não só se verificam avarias, como também falhas, principalmente na embraiagem. Em várias ocasiões, vimos a dupla da Alfa Romeo perder vários lugares no arranque devido a problemas na embraiagem, que têm comprometido o resultado final nas últimas corridas.

Os primeiros problemas ocorreram nos testes de pré-época quando Bottas admitiu que tinham existido “bastantes problemas” tanto em Barcelona, como no Bahrein, e voltou a usar a mesma frase após a dupla desistência no Grande Prémio da Grã-Bretanha.

“[A fiabilidade] é certamente a principal prioridade para nós neste momento”, disse o finlandês. “Parece que temos bastantes problemas, por isso precisamos realmente de resolvê-los porque o ritmo da corrida foi bom e eu estava a fazer bons progressos”.

Após outra desistência de Bottas no Grande Prémio da Hungria (o único piloto que não viu a bandeira de xadrez no Hungaroring), o piloto finlandês voltou a referir: “Não somos suficientemente consistentes e precisamos de continuar a trabalhar nesse sentido, e guardar grande atenção para isso”.

O C42 é um carro com bom desempenho, tem uma unidade motriz bastante competitiva e uma dupla de pilotos muito competentes e é realmente pena ver que não conseguem alcançar melhores resultados, conquistar mais pontos, devido a problemas de fiabilidade que não param de cair.

A equipa é a que totaliza mais desistências em toda a grelha durante esta época.