Fórmula 1: 5 Histórias do paddock

Por a 8 Março 2024 14:10

O ‘caso Horner’ foi o centro da conversa no paddock de Sakhir, tendo diversas ramificações que poderão ter um impacto forte na Red Bull, mas também a Alpine esteve debaixo de foco,

Newey e a Toyota

O ‘Caso Horner’ é o tema central no paddock nos dias que correm e tem diversas ramificações. Outrora um apoiante do inglês, presentemente, Adrian Newey parece estar de costas voltadas com o chefe de equipa da Red Bull e a permanência deste na equipa poderá levar à saída do ‘mago da aerodinâmica.

Segundos os rumores que circulavam em Sakhir, Newey poderá sair da formação de Milton Keynes para rumar à Toyota, onde faria o próximo Hypercar do construtor nipónico. Mas não ficaria por aí.

A Toyota poderá estar interessada em comprar a Sauber à Audi, cujo projeto de Fórmula 1 continua sob as nuvens das dúvidas, para entrar na categoria máxima do desporto automóvel em 2026, contando com Newey como o seu diretor técnico, o que daria garantias de competitividade a médio prazo.

Wolff aproveita o caso

Com Horner na berlinda são muitas as peças que se movimentam no paddock e se tentam aproveitar da situação. É claro que os Verstappens estão no campo oposto do inglês na guerra civil que se vive no seio da Red Bull e Jos já fez saber que quer Horner fora da equipa, sendo claro que ou o inglês sai ou sai o seu filho.

Por isso, o ex-piloto neerlandês fez questão de ser visto em conversa com Toto Wolff no paddock de Sakhir, com quem não falava desde o Grande Prémio de Abu Dhabi de 2021, para além de ter jantado com o chefe de equipa da Mercedes no restaurante de um hotel onde estavam hospedadas figuras proeminentes da Fórmula 1.

Num momento em que a equipa que dirige tem um lugar vago para 2025, o austríaco não coloca de parte contratar Max Verstappen e, para além disso, ao ser visto com Jos está a enfraquecer Horner e a própria Red Bull, o que no momento atual é algo que convém à Mercedes.

Horner tentou comprar a Red Bull Technology

Segundo os boatos que correm, a guerra no seio da Red Bull deve-se à vontade de Christian Horner em ter o controlo completo da Red Bull Technology Group sem interferência da Red Bull GmbH.

Segundo algumas informações, o inglês terá tentado, sem sucesso, comprar a empresa no ano passado com o apoio de alguns investidores do seu país.

Apesar da tentativa infrutífera, a ideia não morreu e Horner terá convencido Chalerm Yoovidhya, que detém 51% das ações da Red Bull GmbH, a fazer um ‘spin-off’ do braço técnico da equipa de Fórmula 1.

O tailandês, filho do sócio de Dietrich Mateschitz, detém a parte maioritária da companhia de bebidas energéticas, tendo a força para que esta movimentação aconteça, ao passo que o braço austríaco da empresa gostaria de se ver livre de Horner e ter uma liderança corporativa.

Para já, o inglês parece ter vantagem.

Os jogos de espelhos no paddock

A evidência de que há uma guerra de poder no seio da Red Bull não podia ter sido mais evidente no paddock de Sakhir. Para além das conversas públicas entre Jos Verstappen e Toto Wolff foi ainda possível perceber como algumas peças deste conflito se movimentaram.

Depois da fuga de supostas mensagens entre Christian Horner e a funcionária da equipa que se queixou do comportamento do seu patrão, Geri Haliwell, apareceu no paddock vestida em branco virginal em sinal de apoio do seu marido, com quem entrou no recinto de mão dada. No entanto, ainda antes de ter aparecido em Sakhir, correram rumores de que a ex-Spice teria expulsado Horner da quinta onde os dois vivem, ou viviam. Curioso, também, foram os grupos que se formaram aquando da cerimónia do pódio, que celebrou uma dobradinha da Red Bull liderada por Max Verstappen.

Horner rodeou-se da sua esposa e da comitiva tailandesa, onde pontificava Chalerm Yoovidhya, ao passo que Dr. Helmut Marko e Adrian Newey ficaram juntos, sendo a atitude do inglês bastante significativa, uma vez que o austríaco é visto como uma força oposta a Horner.

Por seu lado, Jos Verstappen preferiu a companhia de Raymond Vermeulen, o empresário de Max e que, segundo alguns rumores, terá tido uma reunião com Horner na passada segunda-feira.

Continua a sangria na Alpine

A Alpine começou a temporada como a equipa que tem o pior carro da grelha de partida, o que é alarmante, uma vez que esta é uma estrutura oficial de um grande construtor.

Parece que, desde que Fernando Alonso saiu da formação do construtor gaulês, esta se desintegrou com despedimentos e demissões que culminaram na saída de Bob Bell já depois do Grande Prémio do Bahrein e a poucos dias do início do evento da Arábia Saudita.

A equipa está sem direção, apesar de mais uma restruturação e correm rumores de apontam para que a Andretti Global a possa adquirir, mantendo as unidades de potência da Renault.

Luca de Meo não é um homem paciente e, neste momento, a equipa de Fórmula 1 do grupo francês é mais um embaraço que outra coisa

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