Fórmula 1 2026: mais curtos, estreitos e leves…menos 50 Kg
Os monolugares de Fórmula 1 de 2026 vão ser mais curtos, estreitos e leves com a FIA a apontar para uma redução de 50 kg no peso. O detalhe não está totalmente definido, mas as linhas-mestras sim.
Há muito que os mais atentos observadores do fenómenos da f1 dizem que os carros são demasiado grandes, pesados, o que naturalmente os torna menos maleáveis e ágeis, a lei da física assim o determina, ainda que como bem sabemos, os atuais não deixam de ser espetaculares.
Sem dúvida que os monolugares atuais são exagerados nas suas dimensões, e esse foi um ponto dos que mais se alterou na F1: no início dos anos 60 um monolugar de F1 pesava 450 Kg, um valor que foi sempre subindo ao longo do tempo. O aumento do peso dos carros foi uma constante durante os anos 60 e 70 e apenas nos anos 80 vimos uma tendência contrária. Mas desde os anos 90 que o peso dos carros tem subido de forma imparável. Sem em 1993 o peso mínimo era de 500 kg, em 2008, 595 kg, em 2013 642 kg, em 2019, chegou aos 740 Kg e agora estamos nos 798 Kg. Como é óbvio, muito disto tem a ver com a segurança dos monolugares mas pelos vistos os próximos, de 2026, vão pode ter menos 50 Kg e provavelmente maior segurança que os atuais. É assim que evolui a tecnologia.
Com o aumento de peso os monolugares foram ganhando em alguns aspetos, mas perdendo noutros, como a agilidade que quase sempre caracterizou um F1. Continuam a bater recordes, mas hoje em dia pensa-se muito mais no espetáculo e o que é feito nos carros tem sempre isso em atenção.
Carros mais pequenos, ágeis e leves também serão potencialmente melhores em termos aerodinâmicos, podem ser ainda mais rápidos em reta, podendo isso refletir-se no número de ultrapassagens, o que é fundamental para o espetáculo.
A FIA trabalha num esboço de regulamentos de chassis para a próxima era de 2026, e em declarações ao Motorsport.com, o diretor de monolugares da FIA, Nikolas Tombazis, disse que a principal mudança será no tamanho do carro: “Com as dimensões das rodas, que serão mais estreitas, mais a asa traseira e o carro em geral, pretendemos reduzir o peso dos carros em cerca de 50 kg”, começou por dizer, acrescentando que com isso teremos monolugares mais pequenos, curtos e estreitos, deixando claro que tudo isto está ainda a ser discutido.
O sistema híbrido vai ganhar ‘potência’ de modo a que os registos por volta se mantenham semelhantes.
A FIA trabalha ainda para compreender como a aerodinâmica e a recuperação e a gestão da energia terão de ser feitas, e o reflexo que isso terá nas ultrapassagens. Há simulações a ser feitas e Tombazis diz que “alterando estes parâmetros encontrámos soluções que parecem funcionar adequadamente.”
Vamos ver o que sai dali, sendo certo que as equipas têm alertado a FIA para várias preocupações, e ainda bem que isso sucede, já que as equipas da F1 têm 10 vezes mais pessoas a trabalhar nos seus carros que a FIA, e isso ainda se multiplica por 10 equipas. O que significa que são muito mais cabeças pensantes e podem estar a ver algo que os homens da FIA nunca iriam descortinar. Vamos ver como tudo isto termina…