FIA quer mais dinheiro da Fórmula1: “Liberty Media está enriquecer com um produto nosso”
A polémica entre a FIA e a Liberty Media já vem de longe, e historicamente as relações entre o Promotor da F1 e a federação sempre foram complicadas. Nos tempos de Bernie Ecclestone, especialmente, pois o ‘velho lobo’ não dava grandes hipóteses à FIA. As coisas mudaram um pouco quando entrou em cena a Liberty Media, mas a distribuição de receitas é sempre um tópico quente entre a FIA e a Liberty Media.
A FIA argumenta que 80% do seu orçamento vem da F1, mas que recebe uma fatia muito pequena das receitas do desporto.
Por outro lado, a Liberty Media afirma que já investe muito na F1 e que precisa de manter a maior parte das receitas para reinvestimento no desporto, de modo a garantir o seu futuro.
Como se sabe, os regulamentos da F1 são responsabilidade da FIA, mas a Liberty Media, como detentora dos direitos comerciais da F1, gostaria de ter mais influência na criação das regras, para garantir que a F1 seja um produto comercialmente mais atraente.
A FIA, por outro lado, defende que a sua independência como entidade reguladora é fundamental para garantir a segurança e a justiça do desporto.
Há também um choque de personalidades. Mohammed Ben Sulayem, o atual presidente da FIA, é conhecido por ser um líder franco e assertivo, mas na verdade não é bem visto por muita gente, e Greg Maffei, CEO da Liberty Media é conhecido por ser um negociador duro. As diferenças de personalidade entre os dois líderes podem ter contribuído para a escalada da tensão entre as duas entidades e há quem argumente que a falta de comunicação clara e transparente entre a FIA e a Liberty Media tem contribuído para a situação de impasse.
A polémica entre a FIA e a Liberty Media é um problema complexo com várias causas. As duas entidades precisam de encontrar uma forma de trabalhar juntas de forma mais eficaz para o bem da F1.
Contudo, sendo o problema, essencialmente, dinheiro, a questão nunca será fácil…
Claramente as negociações para o novo Acordo da Concórdia, que rege a F1, serão difíceis. A FIA quer uma fatia maior do bolo das receitas da F1, e alega que a Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da F1, está ganhar imenso dinheiro à custa da F1.
As receitas da F1 ultrapassaram os 3,2 bilhões de dólares anuais pela primeira vez, a Liberty Media está a tentar resistir às demandas da FIA, que alega precisar de mais dinheiro para se manter solvente.
Claramente as negociações para o novo Acordo da Concórdia serão tensas e o resultado dessas negociações terá um impacto significativo no futuro da F1.
O atual Acordo da Concórdia que liga a FIA, a Formula One Management e as equipas – foi assinado em 2021 e vigorará até ao final de 2025.
“Quando chegámos à FIA, estavam a perder 30 milhões de euros por ano”, disse Manuel Avino, um dos vice-presidentes de Ben Sulayem e diretor da Federação Espanhola de Automobilismo (RFEdeA).
Isso teria levado a FIA à falência absoluta em quatro anos e é por isso que eles tiveram que mudar muitas coisas. Vivemos muitos anos em que o presidente ou a anterior equipa dirigente fugiu do confronto com muitos promotores e de muitas situações, disse à Soy Motor.
“Por vezes, temos de nos posicionar fora da zona de conforto e reclamar os nossos direitos e isso às vezes deixa o promotor ou, neste caso, a Liberty Media desconfortável”, disse Avino.
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