FIA: Concorda com as penalizações aplicadas por uso de palavrões? Sondagem

A FIA adotou uma postura rígida contra palavrões transmitidos na TV, e Adrien Fourmaux foi a primeira vítima, multado em 10.000 euros por usar um termo impróprio numa entrevista após a Power Stage. Se voltar a fazê-lo nos próximos 12 meses, serão 20.000 euros.
O órgão federativo não parece estar para brincadeiras com a nova regra, numa luta que vem de 2024. O atual campeão de Fórmula 1, Max Verstappen, foi punido por usar linguagem ofensiva durante a conferência de imprensa antes do Grande Prémio de Singapura. O incidente ocorreu quando Verstappen descreveu a afinação do seu carro no Grande Prémio do Azerbaijão como “fod….”. Depois de analisarem o áudio e ouvirem Verstappen e os representantes da Red Bull, os comissários de pista consideraram a sua linguagem inadequada para fóruns públicos, violando as normas da FIA.
Seguiu-se mais um momento tenso entre os pilotos e a FIA, que avançou com uma nova regra. A FIA atualizou o Código Desportivo Internacional para 2025, introduzindo sanções mais rigorosas para a má conduta dos pilotos. O novo regulamento especifica punições para infrações como causar danos morais à FIA, incitar violência ou ódio, conduta incorreta (linguagem ofensiva ou abusiva, agressão ou incitamento) e declarações que violem as regras de neutralidade. As multas podem ir de 10 a 30 mil euros, com a F1 a ter penas quatro vezes mais pesadas, além de suspensões e dedução de pontos, para reincidências.
A FIA parece estar num braço de ferro com os pilotos, impondo regras rígidas conforme a vontade do seu líder. Será que o uso de palavrões tem sido tão grave ao ponto de aplicar multas pesadas aos pilotos? Como se pode pedir a um piloto que, no caso de Fourmaux, acabou de fazer uma Power Stage, cheio de adrenalina, tenha um discurso ponderado?
Com esta regra, podemos caminhar para o fim da comunicação entre pilotos e o público. Quem poderá apontar o dedo a um piloto que passe a fazer “serviços mínimos” na comunicação para evitar erros? Max Verstappen já deu esse exemplo quando deixou de falar nas conferências de imprensa.
Ninguém defende o uso exagerado de vernáculo, mas o ano começar assim, vai fazer com que muitos pilotos se calem ou digam o estritamente necessário. E se já muitos adeptos se queixam da “falta de sal” dos pilotos da atualidade, o tempero pode ficar ainda pior com estas medidas tão restritivas.
No entanto, pode haver quem concorde com esta medida, que garante um discurso livre de expressões potencialmente ofensivas. Pode haver quem apoie a medida e que esteja apenas focado no que os pilotos fazem em pista. É uma visão tão legítima como outra qualquer.
Por isso, queremos saber o que os nossos leitores acham desta medida. Faz sentido? Beneficia o espetáculo? Diga-nos a sua opinião.
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Não gosto de ouvir palavrões, em especial quando usados em conversas normais do dia a dia, mas há ocasiões em que a irritação é mais forte do que a educação e, então, é desculpável o palavrão, por isso votei “não”.
Acho que é uma questão que não se responde apenas com um sim ou não! Acho que se consegue expressar o que pretendemos sem o seu uso, mas claro que em certas circunstâncias, como num final de troço com muita adrenalina e as coisas não terem corrido bem, poderá ser desculpável. Até mostra o lado humano sem filtros. Também acho que os Ralis precisam urgentemente de coisas muito mais importantes do que esta questão da linguagem, e o valor das multas é sem cabimento Andar numa ligação sem uma roda , que dava direito a desclassificação, e dizer um f***-**,… Ler mais »
Concordo sim, era dar-lhes umas boas palmadas no traseiro e mandá-los ficar no canto das boxes durante a corrida! lol Agora mais sério, os senhores da FIA deviam deixar-se de merdas!
Entrando na brincadeira: em vez de palmadas, eu punha-lhes pimenta na língua.
Atendendo às circunstâncias, adrenalina ao máximo, a resposta é só uma: NÃO!
Não é apenas o uso de palavrões, são as opiniões, podem ser consideradas insultuosas ou políticas pela FIA. Como dizer que estão a perder a liberdade de expressão, ou que a FIA quer enriquecer à conta dos pilotos. Acham que os mecânicos das equipas são “escuteiros” e falam sem palavrões, no meio desse ambiente é fácil a qualquer um deixar sair um palavrão, basta dizer “M€rd@” ou “f@sg@ss€”. O Fourmaux foi a primeira vítima da FIA, já está com uma pena suspensa, não basta ter tido um acidente e ter passado frio a cavar no gelo.
Não, apenas nas conferências de imprensa. MBS está claramente numa missão suicida na FIA. Fê-lo enquanto piloto, e quer fazer o mesmo enquanto presidente.
Eu votei que sim por vários motivos mas para começar por uma questão de principio.
Na presença de um microfone, (por mais que compreenda o uso de palavrões…) tem que se ter presente, digamos, a responsabilidade de protagonista num desporto “oficial”, especialmente diante patrocinadores e fãs.
Não estou de acordo com suspensões e dedução de pontos… e acho que eventuais multas deviam reverter a favor de instituições de caridade locais!