Félix da Costa contra cockpits fechados

Por a 14 Fevereiro 2016 18:38

António Félix da Costa acredita que a Fórmula 1 está a cometer um erro ao perseguir a ideia dos cockpits fechados como uma medida de segurança para os monolugares. A competição prepara-se para dar um primeiro passo nesse sentido a partir de 2017, com a introdução de uma estrutura que tem como objetivo evitar que os pilotos sofram colisões na cabeça, o resultado de conversações entre as equipas e a Associação de Pilotos de Fórmula 1. Mas o português acredita que, enquanto piloto, o desporto motorizado tem de ter sempre uma componente de perigo.

“É ótimo que tudo seja muito mais seguro hoje. Quase não existem mortes e isso é um grande passo. Mas como piloto penso que tem de existir sempre um elemento de perigo. Sei que pode não ser correto dizê-lo, mas as corridas de monolugares são muito perigosas e é por isso que temos apenas 20 pilotos numa categoria, ao invés de 100 000. E temos que mantê-las desta forma”.

Félix da Costa disse ainda que, caso o sistema vá avante, as outras categorias de fórmulas abertas irão acabar por seguir o exemplo da Fórmula 1. “A Fórmula 1 serve de modelo para os outros campeonatos. Tudo o que a F1 fizer em três, quatro ou cinco anos será introduzido nas outras competições de monolugares. Os cockpits fechados são mais seguros? Sim. Mas há quantos anos é que a Fórmula 1 tem carros abertos? Gostaria de ter vivido nos anos 80 oun 90. Tudo era mais simples, não havia muita política. Havia um piloto, um carro e seguíamos em frente”.

Lucas di Grassi, por outro lado, que correu pela Virgin em 2010, acredita que os cockpits fechados seriam uma solução positiva. “Idealmente seriam tão fechados como acontece nos protótipos de endurance. É a melhor solução para a aerodinâmica e a segurança dos pilotos”.

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Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
8 anos atrás

Concordo com o AFC, por exemplo. Esta ideia de cockpit fechado acredito que não evitaria a morte de Jules Bianchi, pela natureza do impacto, indo contra uma esquina de uma grua, mesmo com aquela protecção, duvido mesmo que ele ficasse muito melhor do que o que ficou. O erro foi a grua ter entrado, numa curva com aquaplaning… Não se o cockpit era fechado ou aberto. Por exemplo, esta ideia que querem introduzir também não evitaria o Massa levar com o parafuso como levou… Se querem fechar, fechem a sério, não andem com meias medidas. Mas eu estoua ver que… Ler mais »

João Paulo
João Paulo
8 anos atrás

Tal e qual! Está na hora de acabar com estas mariquíces! Se querem acabar com os carros abertos, acabem de uma vez por todas com os Open Wheels, e vamos para os carros com rodas tapadas. Se quiserem acabar de uma vez por todas com os problemas relacionados com projecção de destroços, acabem com as corridas de automóveis de uma vez por todas, e os “pilotos” que se dediquem á Play Staytion. Se não têm Col*ões, fiquem-se pelas consolas. Este “puto” subiu mesmo muito na minha consideração… Oh, se subiu! Provavelmente, vou passar para as motos. Esses, ainda não falaram… Ler mais »

João Paulo
João Paulo
8 anos atrás

No dia em que os Single seaters forem fechados, eu viro-me para os Sport prótotipos se estes não se tornarem lentos. Depois ainda tenho os ralis, e quando não tiver mais corridas motorizadas com 4 rodas dignas desse nome, tenho sempre a Serra de Sintra para mim ás 3 da manhã! VIVA!

anotheruser
anotheruser
8 anos atrás

Querer uma F1 com zero risco é irrealista e vai contra a sua natureza e essência. É pretender um desporto que atrai pelo risco e perigo que encerra, mas tirando-lhe isso. Além de que a estrutura em questão está a ser introduzida “a quente”, como reacção ao passado recente. É até um comportamento pouco pensado, uma vez que a estrutura em questão seria perfeitamente inútil na maioria dos grandes acidentes recentes da F1. Em alguns deles até iria atrapalhar a saída do piloto. Talvez tivesse feito a diferença no acidente do Justin Wilson. Ou talvez haja necessidade de garantir que… Ler mais »

trackback
8 anos atrás

[…] Félix da Costa contra cockpits fechados […]

Paulo
Paulo
8 anos atrás

Não concordo.

Ponto 1: não é o perigo que limita o acesso à fórmula-1 ou qualquer outro desporto motorizado. É o dinheiro e depois o talento.

Ponto 2: A outras forma de criar “perigo” sem necessáriamente colocar em risco a vida dos pilotos.

Pinto 3: geralmente os pilotos não tem medo da lesão, mas sim do abandono. Portanto, acho que é por aí..

Mário
Mário
Reply to  Paulo
8 anos atrás

Eu acho que um pilar à frente da cara dos pilotos, só vai aumentar o risco de acidentes, devido à redução da visibilidade.

Ice77
Ice77
8 anos atrás

Força António Félix da Costa! A maior parte dos teus companheiros de profissão são uns cagões de primeira, têm medo até quando passa um esquilo no meio da pista (se calhar têm mais medo que o próprio esquilo, lol).

A década de 1950 não é a minha favorita no que diz à F1, mas uma coisa é certa: Corriam com o pé no fundo sem medo de nada, morriam pilotos todos os anos mas nem isso os parava.

Pity
Pity
8 anos atrás

Concordo com o AFC e discordo de si. Acho que você queria dizer “cagarolas” (medricas) e não “cagões” (vaidosos, exibicionistas), mas eu acho que eles são, pura e simplesmente, conscientes e humanos. Todos sabem os riscos que correm, mas continuam, pois a paixão pelo que fazem, supera tudo. Isso não invalida que lutem sempre por melhores condições. Aliás os padrões de segurança, já alcançados, são notáveis. Acho que ninguém gosta de ver pilotos a morrer, mas todos sabemos que o risco zero nunca vai existir. Quanto aos cockpits fechados, não me conformo com a ideia. Seria preferível estudarem uma forma… Ler mais »

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