Faltam 38 dias para os motores da F1 se ligarem…

Estamos em contagem decrescente para o início de uma nova temporada do Campeonato do Mundo de Fórmula 1. Depois de 21 triunfos no ano passado, a Red Bull é o alvo a ‘abater’ por todas as restantes equipas, assim como o é Max Verstappen, agora tricampeão do mundo, para os restantes 19 pilotos da grelha.

Com pouco mais de um mês para o início dos testes no Barém, que antecedem o primeiro Grande Prémio do ano no mesmo circuito de Sakhir, convém recordar todos os dados da temporada de 2024, aquela que tem o maior calendário da história da Fórmula 1, com 24 Grandes Prémios e seis corridas Sprint.

Calendário 2024:

A época de Fórmula 1 de 2024 vai ter 24 corridas, arrancando com Grandes Prémios consecutivos no Barém e Arábia Saudita e termina com três corridas seguidas em Las Vegas, Catar e Abu Dhabi no final de novembro e início de dezembro.

Tendo em conta que o Ramadão muçulmano começa no domingo, 10 de março, a corrida da Arábia Saudita será ao sábado. Entre as mudanças mais significativas estão o facto da corrida do Japão ser em abril, seguindo-se a China, que regressa após uma ausência imposta pela covid-19, desde 2019.

O aumento do número de corridas por ano, apesar de agradar a muitos fãs, não é uma solução que se anteveja fácil do ponto de vista do bem-estar e da logísticas das equipas, levantando algumas questões junto de pilotos.

Depois de um começo no Médio Oriente e Ásia a F1 vai a Miami, EUA, rumando depois à Europa para as corridas europeias, com o GP do Canadá pelo meio. Espanha/Áustria/Grã-Bretanha formam a primeira jornada tripla da época entre o final de junho e início de julho. Após a pausa de verão, os grandes prémios europeus completam-se com a dupla jornada de Zandvoort e Monza. Segue-se o Azerbaijão, Singapura, e logo de seguida outra tripla, Estados Unidos, México e Brasil antes de mais um intervalo de três semanas para a série final de corridas que começa com Las Vegas, que também é ao sábado, e as duas últimas já em dezembro.

Este calendário tem um lado positivo. Consegue colocar pausas significativas entre períodos exigentes, especialmente na segunda metade do ano. No entanto, continua a ter problemas como a jornada dupla Azerbaijão – Singapura, uma viagem de doze horas. O Canadá continua teimosamente na ronda europeia, o que complica a vida, apesar de não estar em inserido em jornadas duplas ou triplas.

AQUI, pode ler sobre as datas limites dos contratos entre a Fórmula 1 e cada um dos circuitos que recebem as provas em 2024.

Corridas Sprint:

Ainda sem confirmação oficial do que poderá alterar-se em 2024 nos fins de semana de Fórmula 1 com formato Sprint, é conhecido o calendário das seis corridas agendadas. Enquanto o GP da China e de Miami se estreia a receber a corrida de sábado, Áustria e Brasil vão acolher pela terceira vez as corridas Sprint, com Austin e o Catar a regressarem pelo segundo ano. Os eventos F1 Sprint confirmados para 2024 são:

Antes dos testes no Barém, de 21 a 23 de fevereiro, as equipas vão apresentar os seus projetos para 2024, esperando-se alterações de fundo em alguns dos monolugares, como os da Ferrari e da Mercedes.

Apenas quatro equipas confirmaram as suas datas dos eventos para a revelação dos seus carros, mas nas próximas semanas deveremos ficar a par das restantes.

Pelotão sem alterações

Sem qualquer alteração entre os 20 pilotos que terminaram a temporada passada e os que vão disputar a próxima. E um sinal claro do domínio da Red Bull e de Max Verstappen, é o facto de seis dos 20 pilotos do pelotão estarem entre 50 pilotos com mais provas realizadas no mundial sem vencerem em qualquer delas. A lista somou mais um nome em relação ao que se verificou à entrada da temporada de 2023, contando também com Yuki Tsunoda.

Entre os 20 pilotos da grelha da Fórmula 1, 14 terminam contrato com as suas equipas no final da temporada deste ano, esperando-se que durante os próximos meses o mercado esteja muito ativo, até para preparar a temporada de 2026, data de início de um novo ciclo regulamentar e muitas novidades na competição mundial.

Todos os 20 pilotos pontuaram, depois dos dois últimos estreantes da Fórmula 1, Oscar Piastri e Logan Sargeant, terem somado os seus primeiros pontos em 2024.

Pilotos de reserva

Nas últimas temporadas, uma ou mais equipas, têm vindo a precisar de utilizar os seus pilotos de reserva, mostrando a importância de ter na estruturas pilotos capazes de entrar para um monolugar de Fórmula 1 e estarem o melhor preparados. Muitos deles conhecem bem o carro, mas de testes em simulador, faltando tempo em pista, algo que hoje em dia é difícil dar.

Para 2024, Liam Lawson – muito importante para a AlphaTauri no ano passado – terá em exclusivo o papel de piloto de reserva da Red Bull e AlphaTauri, enquanto Jake Dennis também cumpre funções em simulador ao mesmo tempo que compete na Fórmula E.

A McLaren tem em Patricio O’Ward o seu piloto de reserva, assim como Ryo Hirakawa. Enquanto isso, a Aston Martin volta a apostar no campeão da Fórmula 2 de 2022, o brasileiro Felipe Drugovich.

Também campeão da Fórmula 2, desta feita na temporada passada, Théo Pourchaire mantém-se de reserva na Sauber, caso seja preciso substituir Valtteri Bottas ou Zhou Guanyu.

Em 2020, Mick Schumacher alcançou o título na categoria júnior que antecede a Fórmula 1, conseguindo subir à competição mundial em 2021 pela Haas, mas no final de 2022 ficou sem o lugar de piloto principal na equipa norte-americana. Manteve-se por perto em 2023, mas como piloto de reserva da Mercedes, função que manterá este ano, apesar de iniciar um novo percurso na resistência, na equipa oficial da Alpine no Campeonato do Mundo de Resistência da FIA, na classe Hypercar.