F1: Williams com teste longe do ideal mas com sinais encorajadores

Os problemas da Williams foram muito falados durante a

semana passada e o atraso na chegada a Barcelona foi o culminar dos problemas

que afectaram a equipa durante as últimas semanas. Na segunda semana a equipa

conseguiu fazer muitos quilómetros e apresentou uma fiabilidade muito

interessante, mas os problemas continuaram.

Robert Kubica não estava feliz no final do último dia, e

considerou que o tempo em pista foi um desperdício:

“Perdemos mais um dia hoje”, disse Kubica. “Claro que fizemos algumas voltas, mas o estado do carro estava longe do ideal. Tivemos alguns problemas. Infelizmente, o carro não era representativo do que deveria ser, e isso teve um grande impacto no teste, e no programa de corrida de hoje. Todas as informações eram de certa forma enganadoras e também foi difícil obter qualquer informação para a Austrália.”

Kubica disse que os problemas do último dia resultaram da falta de peças de substituição, que resultaram do atraso inicial do FW42.

“É claro que acho que enfrentamos um grande atraso, e alguns dos problemas de hoje são consequência de estarmos a trabalhar contra o relógio “, disse ele. “Se tivemos dificuldades em ter o carro em pista na semana anterior, é normal que haja dificuldades em trazer peças de substituição. E infelizmente hoje eram necessárias peças, que não pudemos substituir. No final, fizemos o máximo, mas esse máximo não é suficiente, porque no final o carro estava longe do ideal.”

Já Paddy Lowe, explicou a mudança de planos no último dia. O responsável técnico da equipa mostrou-se encorajado com o progresso feito pela equipa ao longo da semana e as melhorias feitas no novo chassis:

“O stint longo da tarde, infelizmente, foi interrompido porque várias partes críticas da carroçaria chegaram a um estado de degradação elevado, e não estávamos a aprender nada de útil do carro. Então decidimos mudar e testar outros procedimentos de corrida (largadas, pit stops etc.).”

“A nossa fiabilidade foi incrivelmente alta, apesar dos atrasos. Até hoje estávamos no caminho certo para completar a distância pretendida e usar todos os conjuntos de pneus disponíveis. Mas hoje o carro ficou demasiado “cansado” para continuar. No interesse de salvar os recursos para as corridas importantes na Austrália, sentimos que era certo mudar o plano.”

“O Robert, em particular, tem muita experiência com o carro do ano passado, em comparação com George”, disse Lowe. “Ele teceu alguns comentários muito encorajadores sobre as qualidades do carro. Ele sente que demos um grande passo à frente em termos de plataforma, com um carro que é muito mais fácil de guiar e com uma boa base para desenvolver. Já conseguimos fazer uma gestão melhor dos pneus e controlar o equilíbrio e o ritmo, algo que não podíamos fazer no ano passado. Isso é muito encorajador.”