F1: Verstappen na sua pior fase na F1

Por a 17 Abril 2018 12:35

A Red Bull tem o privilégio de ter dois grande pilotos na sua equipa. Ricciardo e Verstappen são o sonho de qualquer estrutura,  com irreverência, talento puro, velocidade e uma capacidade fora do comum para “jogar ao ataque”. Ricciardo, com 28 anos, é já mais experiente e sabe esperar pelos momentos certos para desferir o seu golpe (travar mais tarde que os outros). Verstappen já tem quatro anos de F1 e a forma tão rápida como evoluiu não fazia esperar que estivesse a passar por uma fase tão negativa como neste arranque de 2018.

Quando Verstappen chegou à F1 trazia consigo o peso de ser já considerado um dos maiores talentos do automobilismo. Diz quem o viu nos karts que a sua qualidade não dava margem para dúvidas e que era realmente um predestinado. A ascensão meteórica à F1 não agradou a todos, muito menos depois de a Red Bull lhe ter escancarado a porta para o Grande Circo, com um hype raramente visto. O vídeo em que deixa ir o seu Toro Rosso contra um muro numa demonstração deixou toda a gente a pensar que era mais um jovem apanhado na pouco saudável tendência de fazer os miúdos passar para a F1 sem fazer as categorias todas de iniciação. Mas uma vez chegado à F1, foi conquistando o seu espaço. A qualidade evidenciada era clara como água e os erros de Kvyat foram a desculpa ideal para  colocar Max na Red Bull e assim segurar o prodígio. A tudo isto Max respondeu com boas exibições, sem acusar em demasia a responsabilidade. Colocou Ricciardo em sentido e obrigou-o a aplicar-se mais,. Verstappen encantou cada vez mais fãs de F1 e a sua exibição à chuva,  no Brasil convenceu até os mais cépticos.

O ano passado foi recheado em falhas mecânicas e quando o carro resolveu cooperar, mostrou qualidade como é seu hábito. Mas 2018 está a ser atípico para o holandês. Começou com uma prova pouco conseguida na Austrália, com vários erros (tendo a atenuante de o carro estar longe da afinação ideal), No Bahrein fez aquilo que sempre faz… viu uma abertura e arriscou mas deu-se mal pois Hamilton não lhe facilitou a vida e o toque com a asa do Mercedes originou um furo e por consequência disso a desistência. Agora na China voltou a pecar por ser demasiado precipitado. Na tentativa de ultrapassagem a Hamilton, que levou a sua saída de pista e permitiu a Ricciardo passar para a frente, poderia perfeitamente ter doseado o esforço e esperado por uma oportunidade mais clara. Perdeu ali a hipótese de vencer a corrida. Mas o pior estava para vir com a manobra mal calculada a Vettel. Uma travagem tardia que arruinou a corrida do alemão e levou o colégio de comissários a atribuir 10 seg. de penalização.  No final da corrida levou um puxão de orelhas de Helmut Marko, teve uma conversa séria com Vettel e enfrentou os media assumindo a culpa.

Esta é provavelmente a sua pior fase na F1. Em pista tem-se mostrado algo intranquilo e tem cometido vários erros que não são habituais nele. Esta intranquilidade  surge numa fase estranha, pois já tem contrato firmado com a Red Bull e mesmo que não tivesse, não faltariam equipas de topo a querer recebe-lo. O que se passa ao certo com Max só ele o poderá dizer. Muitos defendem quem deve mudar o seu estilo mas isso iria contra a própria essência do piloto e a F1 precisa de mais pilotos como Verstappen para animar as provas. Tem apenas de medir melhor as suas manobras e tem do outro lado da sua garagem o melhor exemplo para aprender.

Deve ser apenas um período menos bom, pelo qual todos os atletas de alta competição passam, em que as coisas simplesmente não saem bem. Um período onde ser vai medir a força mental e a maturidade de Verstappen. Afinal a F1 é muito mais do que talento ao volante e a parte mental é de extrema importância. É outro teste às capacidades de Max. A primeira corrida limpa e o primeiro bom resultado farão por certo  desaparecer algumas nuvens que agora pairam sobre ele.

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