F1: Toto Wolff considera que outros pilotos “provavelmente” seriam desclassificados em Austin
Apesar da Mercedes estar embaraçada pela desqualificação de Lewis Hamilton no final do Grande Prémio dos EUA, além de uma certa frustração pelo que aconteceu, como disse James Allison a meio desta semana, Toto Wolff garante que voltariam a cometer essa imprudência, uma vez que tudo se deveu ao piso do traçado de Austin e ao facto de ter sido uma prova com formato Sprint, em que os carros entram em parque fechado logo na sexta-feira, sem possibilidade de alterar a sua afinação. E sublinhou que, após conversas tidas dentro do paddock, mais equipas poderiam ser desclassificadas caso os seus carros fossem alvo de análise pela FIA.
Em declarações à Sky no México, Toto Wolff esclareceu que “o problema com as corridas Sprint é que o carro entra em parque fechado e não dá para alterar a afinação. No sábado pensamos que poderia estar no limite, talvez com um pouco de margem, mas tínhamos um novo fundo e mais ‘downforce’. Na corrida Sprint provavelmente não fizemos tantas voltas sem o DRS, o que significou que o fundo não tocou tantas vezes no asfalto”.
Wolff lembrou que a equipa poderia ter alterado a configuração, infringindo as regras de parque fechado como aconteceu com a Haas e Aston Martin, mas isso apenas aconteceu porque esses monolugares não tiveram o desempenho esperado e “esse não era o nosso caso”, acrescentando que “faria o mesmo de novo e aceitaria a desclassificação”, uma vez que preferia a consequência de lutar “pela vitória na corrida e ver um bom desempenho, do que um terceiro lugar 25 segundos atrás”.
O responsável máximo da Mercedes explicou que “recebemos esse feedback das outras equipas. Os pilotos, é claro, conversam entre si, e também conversamos a nível da gestão. Acho que muitas, muitas equipas provavelmente estavam abaixo dos nove milímetros [limite do desgaste excessivo da prancha no fundo de cada carro]”, voltando a apontar que o problema foi “absolutamente específico daquela pista” e “também por causa do fim de semana de Sprint”, concluiu.
Recordamos que FIA defendeu o seu processo de verificações técnicas, após as muitas dúvidas levantadas com a desqualificação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc no final do Grande Prémio dos EUA. Foram verificados os desgastes da prancha no fundo de quatro monolugares e em dois deles verificaram-se infrações, ou seja metade dos analisados. Isso levantou a dúvida de quantos poderiam estar nas mesmas condições do Mercedes W14 do britânico e do Ferrari SF-23 do monegasco.
James Allison voltou a se sentir envergonhado, decerto.
Dificilmente outros não estariam nas mesmas condições. Precisamente pela grande dificuldade das equipas em prever o efetivo desgaste, as regras do parc ferme vão ser alteradas para os fins de semana sprint em 2024.
Já desde sexta-feira que os carros analisados estavam “marcados” para serem inspecionados. Devido aquela diretiva de “segurança” que se criou, no ano anterior, após as dores nas costas de um dos pilotos desqualificados do último fim de semana, foram aplicados sensores que mediam as oscilações verticais. Estes 4 eram os carros que na sexta-feira mais presença de oscilações verticais tinham. Dois deles fizeram stints longos com depósito cheio, os pneus ultrapassaram o fim de vida começando a perder ar. Logicamente que assim ainda mais baixo circularam, do que aquilo que já estava com o compromisso de afinação que fizeram para… Ler mais »
Felizmente a FIA a diretiva de “segurança” após várias queixas de vários pilotos, não apenas do seu “amigo” Hamilton. É evidente que foi uma tempestade perfeita, mas o que é referido é que provavelmente havia mais carros a não cumprir o limite mínimo. Quando há falhas, sejam elas dos pilotos, das equipas ou da FIA, é importante que se corrijam, a bem do desporto e do espetáculo. Esperemos que alterem mesmo a regra do parc ferme para que as equipas possam levar os carros ao limite sem desclassificações.
Aqui está uma indicação crucial: a alteração da regra do Parc fermé, nos fins de semana com sprint+race.
Mas pense-se, uma estrutura como a FIA, com corpos técnicos especializados, experts e acessores especiais, não prevê determinados quadros de corrida e não adequa os regulamentos e regras antecipadamente e com lógica, actuando só depois de haver celeumas e prejuizos!?
Volto a dizer, que parecem uma associação amadora de corridas de carrinhos de rolamentos dos ‘Amigos do Só Desce’!!!
Uma lástima luxuosa da Place de la Concorde.
A pista de Austin, terá imperterivelmente de ver o seu piso revisto e melhorado, para não ser anacrónico e poder receber a competição automóvel mais relevante do panorama motorsports.
Se não será só mesmo a pista de ‘Morris’…
Logo na sexta Max referiu que alguns troços deveriam ser repavimentados devido aos ressaltos que provocavam. Já hamilton referiu que gosta deste tipo de circuitos porque mostram caracter. Ficamos todos a perceber que Baku tem imenso caracter e que algumas pessoas não têm nenhum.
Fazer uma pista em terreno pantanoso e, ainda por cima, arranjarem um relevo artificial, deu no que deu. A Dorna já está a ameaçar deixar de lá ir, se não resolverem o problema em definitivo. a F1, não tarda nada, faz o mesmo, o que é uma pena, pois gosto bastante do traçado.