F1, Testes do Bahrein: Red Bull RB20 ainda melhor face à concorrência?
Sendo verdade que a Ferrari liderou a tabela de tempos nos dois últimos dias de testes de pré-temporada no Bahrein, foi a Red Bull que deu que falar depois de ter completado mais um dia de testes que não deixou dúvidas aos seus rivais de que continua a ser a equipa a bater em 2024. A única coisa que permanece em dúvida é a escala desta diferença, que pode ser mais ténue este ano e com isso abrir portas a alguma alteração face ao que se viu no ano passado. Tal como sucedeu com a maioria das equipas, a Red Bull concentrou-se fortemente em séries longas de voltas de modo a compreender melhor o seu RB20 – que é um monolugar bem diferente do seu antecessor – e os resultados foram positivos, com Max Verstappen a dizer que o “desempenho do carro era muito forte”. Por outro lado, a Red Bull já explicou também que, sabendo que as equipas adversárias iriam fazer monolugares muito parecidos com o que foi feito pela Red Bull em 2022 e 2023, preferiram não dar sequência ao que tinham, mas sim fazer algo totalmente novo, porque se simplesmente melhorassem o conceito do que já tinham o potencial seria sempre menos do que se arriscassem algo novo.
E pelo que já se viu arriscaram bem…
Sergio Perez estava igualmente satisfeito, com o mexicano a dizer que tem uma sensação “muito positiva” – com o seu feedback a sugerir que foi capaz de se sentir confortável com o carro e que se adaptou à medida que foram ajustando as configurações – duas coisas que teve dificuldades em fazer de forma consistente no ano passado.
Naturalmente, a Red Bull tentou minimizar a sua impressionante exibição no último dia – quando Verstappen e Perez dividiram a pilotagem – mas o sentimento esmagador no paddock é que estão uma classe acima.
E os dados confirmam-no. Os números sugerem que a Red Bull tem uma vantagem de 0,2s por volta sobre a Mercedes e a Ferrari nas séries longas, com base no que se viu ontem em pista, e têm a mesma vantagem sobre a Ferrari numa única volta de qualificação.
FOTO MPSA/Phillippe Nanchino
Dentro de uma semana saberemos onde está cada equipa, até lá são só palpites. Ninguém sabe que quantidade de combustível ou modos de motor cada equipa utilizou, ou o que esteve, realmente, a testar.
A maioria quase só usou pneus C3, os mais macios para o Bahrein, mal usaram os C2 e C1, pelo que ponho algumas reticências à simulação de corrida aqui apresentada, e prefiro esperar pelo próximo sábado.