F1 tem que fazer ‘brutalidade’ de testes à Covid-19 para poder correr
A Fórmula 1 planeia regressar às corridas no início de julho mas o plano a que irá ser obrigado decorrente desta pandemia de coronavírus pode afigurar-se demasiado caro, mesmo para uma disciplina ‘rica’ como a F1. A ideia passa por testar cerca de 1000 pessoas antes dos fins de semana de corrida, mas a F1 terá do fazer no sistema privado de saúde, para não sobrecarregar o público, e isso envolverá um enorme custo, difícil de suportar nesta altura.
A F1 conta iniciar a temporada na Áustria, mas sujeita a muitas restrições, sendo que o governo austríaco está à espera da apresentação de um plano por parte da disciplina, plano esse que será analisado e só depois disso será dada, ou não, autorização para a realização de duas semanas seguidas de corridas no Red Bull Ring.
No meio de tudo isto os organizadores contam ainda realizar até 18 corridas, começando com a referida prova dupla que terá arranque a 5 de julho. Segue-se outras duas corridas em Silverstone, também à porta fechada, mas ainda assim a caravana da F1 envolve um grande número de pessoas, que terá de testar negativo para o vírus para poder juntar-se à ‘festa’.
De acordo com Stuart Pringle, director-geral do circuito de Silverstone: “A F1 já nos falou da necessidade de implementar um regime de testes pois essa é condição para levar o campeonato em frente devido às suas viagens globais. Isso parece ser uma necessidade absoluta e não será simples nem barato. A F1 considera que tem de ficar claro que todos os presentes no paddock tiveram testes negativos”.
Como se percebe, a F1 terá de pagar para realizar os testes, pois os governos exigirão provas de que o pessoal das corridas testa negativo antes de permitir a sua entrada. A Áustria já colocou essa imposição, e acrescenta que os testes não devem ter mais de quatro dias.
Como se percebe, esta escala será extensa. Espera-se que as equipas de F1 continuem a levar cerca de 80 pessoas, o que significa 800 em toda a grelha. Depois, há muito mais gente necessária para se deslocar a uma prova, que também terá de ser testada, desde o pessoal da TV, F1, logística, ou seja, não deverá andar muito longe das 2000 (habitualmente a caravana da F1 ronda entre as 3000 e 4000 pessoas) a não ser que sejam feitos cortes absolutamente drásticos.
Portanto, por tudo isto não é seguro que a Fórmula 1 arranque, pois ainda há muitas pedras no caminho até que exista luz verde: “não é um dado adquirido”, diz o homem forte de Silverstone que acrescenta: “Estou confiante que pode resultar, mas são eles que têm de tomar a decisão” disse Stuart Pringle.
Tal como a Áustria e Grã-Bretanha, também o Grande Prémio da Hungria, previsto para 2 de agosto, decorrerá à porta fechada pois a Hungria proibiu recentemente a realização de eventos para mais de 500 pessoas até 15 de agosto. Mesmo sem os adeptos, a F1 ultrapassaria esse número, devido ao pessoal envolvido, mas a corrida está a ser classificada como um evento exclusivamente de radiodifusão, e por isso foi autorizado.
No meio de todas as condicionantes o calendário ainda está a ser ultimado, havendo ainda muita coisa em cima da mesa e também mutia especulação. Fala-se do Hockenheimring, na Alemanha, Imola, em Itália, isto depois de se saber que Spa-Francorchamps e Monza dificilmente constarão no calendário. Resta aguardar pelas decisões oficiais, sendo que Chase Carey nunca deve ter trabalhado tanto na vida quanto nos últimos dois meses…
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A solução é serem mais flexíveis nisso dos testes ao alegado vírus. Há que haver uma coisa simples que se chama bom senso.
Acho que sim, é preciso bom senso, muito bom senso mesmo. É por isso que os testes são imprescindíveis. Já viu o que seria um elemento duma equipa estar infectado, e infectar toda a equipa?
Por tudo a zeros é quase impossivel. Há muitas maneiras,soluções e filosofias de encarar este “problema”.
Por exemplo?
Para tudo existem várias opções. Mas isso ultrapassa o âmbito desta tertúlia motorizada.
Pois, pois… passar da teoria à prática é difícil 🙂 O meu caro tem tanto a ideia sobre outras soluções como eu, ou seja, zero, a diferença é que eu acredito nas soluções existentes.
Exacto e esse bom senso é distanciamento social, usar máscara, lavar sempre as mãos e fazer muitos testes para saber quem está infectado.
Se o seu problema é não acreditar no “suposto vírus”, então aconselho-o a ir a uma ala de um Hospital onde tratam pacientes com Covid-19 e ser voluntário lá. Depois pode ser que veja o “suposto vírus” com outros olhos.
Demasiado caro? Se cada teste custar 200 € (e já é um preço exagerado) e forem as normais 4000 pessoas, são 800.000 €. Mas com valores razoáveis de 100 € o teste e 2000 pessoas, são 200.000 €. Tendo em conta os valores da F1, isso são trocos. Muitos pilotos ganham bem mais que isso por corrida.
Nao me parece que este ano haja Formula 1 ou qualquer outro desporto a competir.
Não acho que testar seja assim tão caro, falando de F1… Basta tirar uma parte dos salários dos pilotos ou dos chefes de equipa e há dinheiro de sobra para fazer os testes.